fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
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universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s versando sobre temas relativos ao método e à formalizaçãodo conhecimento. Corrente típica <strong>de</strong> períodos <strong>de</strong> crise, o ceticismo <strong>da</strong>Renascença voltava-se contra os avanços metodológicos alcançados pelas"autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s" <strong>da</strong> Ciência e <strong>da</strong> Filosofia, fossem elas Aristóteles ou osnominalistas. O primeiro dos céticos mais notáveis foi Erasmo Desidério,dos Países Baixos, e, os últimos, Charron e o português FranciscoSanchez. Este último pregava um "exame direto <strong>da</strong>s coisas", semsubmetê-las a mo<strong>de</strong>los ou <strong>teoria</strong>s cria<strong>da</strong>s por outrem.De Descartes o cepticismo conheceu, no século XVII, crítica tãocontun<strong>de</strong>nte e feroz que não mais teve condições <strong>de</strong> se soerguer. Veremospouco mais à frente como isso se <strong>de</strong>u.Antes, porém, surgia na Inglaterra o empirismo <strong>de</strong> Francis Bacon(1561 - 1626), fruto do <strong>de</strong>senvolvimento científico <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Oxford. Étambém nessa época que se inscreve a existência do físico italiano GalileuGalilei (1564 - 1642). Ambos, Bacon e Galilei, são peças fun<strong>da</strong>mentaispara a compreensão <strong>da</strong> proposta her<strong>da</strong><strong>da</strong> do nominalismo <strong>de</strong> aliança entrea experiência sensível e a linguagem formaliza<strong>da</strong> <strong>da</strong> Ciência.Galileu Galilei <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u e <strong>de</strong>senvolveu a <strong>teoria</strong> heliocentrista <strong>de</strong>Nicolau Copérnico (1473 - 1543). É consi<strong>de</strong>rado o fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> mo<strong>de</strong>rnaCiência <strong>da</strong> Natureza. Professava que "a investigação natural não consistianuma simples recopilação dos <strong>da</strong>dos sensíveis, mas numa or<strong>de</strong>nação<strong>de</strong>les pela razão matemática" (VITA, 1968: p. 48). Dizia GALILEI que "olivro <strong>da</strong> Natureza está escrito em língua matemática e suas letras sãotriângulos, círculos figuras geométricas, <strong>de</strong> maneira que sem elas não sepo<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r uma única palavra" (APUD VITA, 1968: p. 48).O intuito cartesiano <strong>de</strong> resgatar o i<strong>de</strong>al pitagórico <strong>da</strong> "essênciamatemática <strong>da</strong> Natureza" é seguido em Galilei, que, ao instaurar umavisão explicitamente matemática, quantitativa <strong>da</strong> Natureza, prossegue apreocupação nominalista com a formalização do raciocínio e amatematização do conhecimento científico. Galileu, aliás, po<strong>de</strong> serconsi<strong>de</strong>rado o responsável pela concretização dos dois elementos maisvaliosos do nominalismo: a visão <strong>da</strong> natureza e o método <strong>da</strong> física. Omo<strong>de</strong>lo galileano <strong>de</strong> Ciência será tomado por Kant como parâmetro, na__151__