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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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simples negativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. O fim atualizado é portanto, ao mesmo tempo,movimento e resultado do <strong>de</strong>vir <strong>de</strong>senvolvido. Já o começo, na medi<strong>da</strong>em que se atualiza, é um comportar-se negativo com seu fim.Do exposto acima po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r que o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro em Hegelnão é mera correspondência entre sujeito e objeto (até porque em seupensamento não há essa dicotomia, já que tudo é i<strong>de</strong>al). Mais que isso, over<strong>da</strong><strong>de</strong>iro é ele próprio sujeito, é a Idéia (<strong>de</strong> caráter objetivo, nãosubjetivo) concebi<strong>da</strong> em seu eterno <strong>de</strong>vir. Ou seja: a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> no seu<strong>de</strong>senvolvimento é sujeito <strong>de</strong> si própria, pois engendra-se a si própria.Essas concepções <strong>de</strong> Hegel são <strong>de</strong>senvolvimentos necessários <strong>de</strong> seupanlogismo, isto é, do fato <strong>de</strong> que a Lógica não tem, em seu sistema, osentido que tradicionalmente lhe é atribuído na História <strong>da</strong> Filosofia (o <strong>de</strong>“forma” do pensamento). A Lógica possui aqui caráter ontológico (poistudo é Idéia), confundindo-se com o próprio movimento do real e doracional – que são idênticos.LÊNIN afirma que Hegel viu no movimento dos conceitos omovimento <strong>da</strong> própria reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.Conceitos que habitualmente parecem mortos, Hegel analisa-os e mostraque neles existe movimento. Finito? Significa que se move para o fim!Algo? Significa não aquilo que é outro. Ser em geral? In<strong>de</strong>termini<strong>da</strong><strong>de</strong> talque Ser = Não-ser. Flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> omnilateral, universal, dos conceitos,flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> que vai até à i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos contrários. Esta flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,aplica<strong>da</strong> subjetivamente, é igual a ecletismo e sofística ... Aplica<strong>da</strong>objetivamente, isto é, refletindo a omnilaterali<strong>da</strong><strong>de</strong> do processo material esua uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, é dialética, é o reflexo correto do <strong>de</strong>senvolvimento eterno domundo. (1989, p. 109)O movimento do conceito, em Hegel, dá-se do conceito puramenteformal ao juízo; <strong>de</strong>ste à proposição; <strong>de</strong>sta ao silogismo, e vai <strong>da</strong>í àtransformação plena <strong>da</strong> subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do conceito em objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. ParaHegel tudo resume-se nesse movimento, isto é, tudo é um silogismo, umuniversal que se enca<strong>de</strong>ia com a singulari<strong>da</strong><strong>de</strong> através <strong>da</strong> particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>.LÊNIN <strong>de</strong>senvolve disso uma interpretação materialista ao afirmar quePara Hegel, o agir, a prática, é um silogismo lógico ... E isto é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>!Naturalmente, não no sentido <strong>de</strong> que a figura <strong>da</strong> lógica tem o seu ‘ser-__186__

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