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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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antinômica para aqueles cujo raciocínio está impregnado pelo princípio <strong>de</strong>i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>.Wicken esclarece que juntar enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s pequenas em gran<strong>de</strong>s geraentropia através <strong>da</strong> conversão <strong>de</strong> energia potencial em calor. A dissipaçãoentrópica surge, com isso, como a força dirigente <strong>da</strong> tendência associativado Universo. Ela coman<strong>da</strong> o processo <strong>de</strong> estruturação evolucionária, que éa própria tendência para o crescimento <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> organizacional,ou <strong>da</strong> informação presente no Universo.Logo, ambas as tendências (associativas e dissociativas) formam umpar: estruturação e complexificação provêem meios para a dissipaçãoentrópica, enquanto que a dissipação <strong>de</strong> entropia fornece o sentidofun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> todo processo integrativo. De fato, enquanto o Universoestá constantemente ‘<strong>de</strong>scendo a la<strong>de</strong>ira’ no sentido <strong>de</strong> esgotar potencialtermodinâmico, está também ‘subindo a la<strong>de</strong>ira’ no sentido <strong>de</strong> construirestrutura. Uma coisa só po<strong>de</strong> ocorrer às custas <strong>da</strong> outra.Portanto, não po<strong>de</strong> existir contradição, como parece sugerirBrillouin, entre o aumento <strong>da</strong> organização (vital ou social) e a 2 a Lei, pois,em certos contextos, o aumento <strong>da</strong> entropia é o próprio aumento <strong>da</strong>organização.Conforme esclarece Denbigh, o conceito <strong>de</strong> organização tem osignificado <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>, e não o <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento, o qual lhe é opostoem sentido. É o or<strong>de</strong>namento, e não a organização, o conceito que estárelacionado inversamente à entropia. Denbigh, porém, chama atençãopara o fato <strong>de</strong> que ‘<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>namento’ <strong>de</strong>ve ser entendido em sentido maisamplo que o meramente configuracional. A organização seria, nessa visão,uma espécie <strong>de</strong> ‘or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> alto nível’, isto é, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m num patamarqualitativo superior.Partindo dos conceitos sugeridos por Denbigh, J. WICKEN (1987: p.43) esclarece que há dois sentidos em que os elementos <strong>de</strong> um sistemafísico po<strong>de</strong>m ser arranjados <strong>de</strong> modo não-casual. Um <strong>de</strong>les é <strong>de</strong> acordocom os padrões internos ou propensões estatísticas; o outro, <strong>de</strong> acordocom consi<strong>de</strong>rações funcionais. A primeira expressa or<strong>de</strong>m; a segun<strong>da</strong>,organização e informação funcional. A or<strong>de</strong>m biológica é, assim, tanto__108__

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