fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
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a negação vazia, não é a negação gratuita, não é a ... vacilação, dúvi<strong>da</strong>cética ... mas a negação como momento <strong>da</strong> conexão, como momento do<strong>de</strong>senvolvimento, como retenção do positivo, isto é, ... sem qualquerecletismo” (LÊNIN, 1989: p. 203).De fato, o pensar dialético põe o vir-a-ser como o conteúdo, oconceito e o existir lógico <strong>da</strong> coisa. O saber dialético é, então, “a astúciaque, parecendo subtrair-se à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, vê como a <strong>de</strong>termini<strong>da</strong><strong>de</strong> e suavi<strong>da</strong> concreta, justamente quando julgam perseguir sua própriaconservação e seu interesse particular, realizam o inverso e constituemum agir que se dissolve e se faz momento do todo” (HEGEL, 1991: p. 217).Já o pensar anti-dialético, metafísico, “faz <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> lei sua,<strong>de</strong>ixa o conteúdo contraditório que tem perante si cair na esfera <strong>da</strong>representação, no espaço e no tempo, on<strong>de</strong> o contraditório é mantido fora<strong>de</strong>-sinum um-ao-lado-do-outro e num a-seguir-um-ao-outro, e, assim,aparece perante a consciência sem o contato recíproco” (HEGEL APUDLÊNIN, 1989: p. 204). Não é que o formalismo não conceba <strong>de</strong> nenhummodo a contradição. Ele até chega a pensá-la, “só que <strong>de</strong>svia logo o olhar<strong>de</strong>la e ... transita <strong>de</strong>la apenas para a negação abstrata” (HEGEL APUDLÊNIN, 1989: p. 205).Da afirmação acima po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r a força que possui ain<strong>da</strong>hoje o princípio aristotélico <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, o qual põe <strong>de</strong> lado to<strong>da</strong> anegativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. No pensamento dialético, ao contrário, a negativi<strong>da</strong><strong>de</strong>é a fonte mais interior <strong>de</strong> to<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, do automovimento vivo eespiritual, a alma dialética que todo o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro tem em si próprio,através <strong>da</strong> qual somente ele é um ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro; pois somente sobre estasubjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> repousa o superar <strong>da</strong> oposição entre conceito e reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e auni<strong>da</strong><strong>de</strong> que é a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>. – O segundo negativo, a negação <strong>da</strong> negação, aoqual chegamos, é aquele superar <strong>da</strong> contradição; ... é o momento maisinterior, mais objetivo ... pelo qual há um sujeito ... livre. (HEGEL APUDLÊNIN, 1989: p. 205)A profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> crítica <strong>de</strong> Hegel ao agnosticismo <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong>Oxford só é comparável à rotun<strong>da</strong> crítica <strong>de</strong> Descartes ao ceticismorenascentista. De fato, com Hegel o conhecimento é recolocado nos trilhos__193__