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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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portanto, não como disciplinas ‘neutras’, mas como manifestaçõesparticulares, finitas e relativas <strong>da</strong> racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> humana como um todo. Aessência <strong>de</strong>ssa racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> é a transformação constante do mundo; <strong>da</strong>íporque as diversas ciências particulares trazem fortes impactos para aorganização social e para a constituição <strong>de</strong> novas visões <strong>de</strong> mundo. Não,porém, no sentido do “<strong>de</strong>terminismo tecnológico”, idéia correntesegundo a qual o avanço <strong>da</strong> tecnologia teria “fugido ao controle” doHomem, subordinando qualquer tentativa <strong>de</strong> transformação social ousa<strong>da</strong>e conseqüente. O “<strong>de</strong>terminismo tecnológico” – pilar <strong>de</strong> sustentação dodiscurso “globalizante” – supõe que a tecnologia é algo como uma “forçaoculta” que subleva o Homem, quando, ao contrário, é a racionali<strong>da</strong><strong>de</strong>humana que <strong>de</strong>ve subordinar a seus fins o avanço tecnológico.O materialismo renascentista já conhecia o método histórico <strong>de</strong> Vicoe, mesmo, a tría<strong>de</strong> dialética do escolástico Nicolau <strong>de</strong> Cusa. Portanto, omaterialismo mo<strong>de</strong>rno não é a primeira mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> histórica a se<strong>de</strong>senvolver. Porém, é certamente a mais profun<strong>da</strong> e conseqüente <strong>da</strong>si<strong>de</strong>ologias materialistas já <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s.Assim como o materialismo antigo (<strong>de</strong> cunho metafísico) –firmemente assentado no princípio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> – tornou-se sensocomum, o materialismo histórico (<strong>de</strong> cunho dialético), também estáfa<strong>da</strong>do a, com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> Ciência e o progresso social, tornar-seum dia uma concepção <strong>de</strong> uso comum. Quando isso acontecer, ahumani<strong>da</strong><strong>de</strong> estará muni<strong>da</strong> com as ferramentas i<strong>de</strong>ológicas <strong>de</strong> base paraa construção <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em constante auto-superação, pois todo equalquer resultado <strong>da</strong> razão será tornado inútil se o consi<strong>de</strong>rarmosabsoluto.É possível perceber o materialismo mo<strong>de</strong>rno irrompendo por entre aCiência do século XX. Já no século passado afirmava ENGELS: “As leiseternas <strong>da</strong> Natureza se transformam, ca<strong>da</strong> vez mais, em leis históricas”(1979: p. 184). O gran<strong>de</strong> pensador alemão dizia ain<strong>da</strong>: “A concepçãometafísica tornou-se impossível, na Ciência <strong>da</strong> Natureza, <strong>de</strong>vido ao próprio<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta” (1979: p. 201).__213__

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