12.07.2015 Views

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

procedimento até certo ponto polêmico na história <strong>da</strong> Matemática. JáG.W.F. HEGEL acentuava que o cálculo infinitesimal, <strong>de</strong>scoberto porLeibniz, goza largamente <strong>de</strong> incompletu<strong>de</strong>. “Até o dia <strong>de</strong> hoje, ... aMatemática ... não po<strong>de</strong> ... justificar, por si própria, <strong>de</strong> um modomatemático, as operações que repousam sobre aquela transição (asoperações <strong>de</strong> limitação) ... porque elas não são <strong>de</strong> natureza matemática”(APUD LÊNIN, 1989: p. 189). Já para ENGELS o cálculo infinitesimal“tornou possível, pela primeira vez, que a Ciência representasse,matematicamente, processos e não apenas estados” (1979: p. 191).A respeito <strong>da</strong>s “operações” referi<strong>da</strong>s acima por Hegel, SHANNONafirma que “A <strong>teoria</strong> matemática <strong>da</strong> comunicação po<strong>de</strong> ser formula<strong>da</strong> <strong>de</strong>maneira rigorosa e axiomatiza<strong>da</strong> (para) ambos os casos, distintos econtínuos. Ao focalizarmos por esse ângulo, as liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s ocasionais ...relativas aos processos limitativos po<strong>de</strong>m ser justifica<strong>da</strong>s” (1975: p. 87).Mas <strong>de</strong>ixemos as consi<strong>de</strong>rações epistemológicas para mais tar<strong>de</strong>,limitando-nos aqui primeiramente à mera <strong>de</strong>scrição matemática dos sinaiscontínuos.Um sinal contínuo po<strong>de</strong> ser representado por uma linha cominfinitos pontos (caso do violino). Po<strong>de</strong> parecer que esse sinal possui umaquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> infinita <strong>de</strong> informação (já que uma linha contém infinitospontos). Isso em certa medi<strong>da</strong> é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas essa é uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>completamente <strong>de</strong>stituí<strong>da</strong> <strong>de</strong> valor prático. O fato é que o valor do sinalcontínuo mu<strong>da</strong> gra<strong>da</strong>tivamente no tempo, <strong>de</strong> forma que po<strong>de</strong>mos dizercom relativa precisão o valor do sinal a partir <strong>de</strong> seu comportamentoimediatamente prece<strong>de</strong>nte (<strong>de</strong>pendência seqüencial). É essa “mu<strong>da</strong>nça”que torna tratável matematicamente o objeto contínuo, através <strong>da</strong>discretização <strong>da</strong>s “uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s” mínimas <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça.Po<strong>de</strong>-se objetar, conforme salienta EDWARDS (1971: p.118), quesinais contínuos só se tornam tratáveis através do “artifício” matemático<strong>de</strong> discretizá-los a partir <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> seu comportamento no tempo. Oproblema é que não po<strong>de</strong>mos fugir disso, pois qualquer instrumento <strong>de</strong>medi<strong>da</strong> possui a mesma limitação, <strong>de</strong> modo que “nossos sinais só po<strong>de</strong>m__55__

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!