12.07.2015 Views

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

indicação do conteúdo, mas não o próprio conteúdo ... O entendimentoformal <strong>de</strong>ixa aos outros o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> cumprir essa tarefa, que é aprincipal. (HEGEL, 1991: p.s 215-216)O formalismo postula que a mera possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> representar-sealgo <strong>de</strong> modo diferente é o bastante para refutar uma representação.Atribui todo valor ao universal “nessa forma <strong>da</strong> inefetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>”. Afirma auniversali<strong>da</strong><strong>de</strong> unilateral e, portanto, abstrata, como ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira. Masna<strong>da</strong> que seja unilateral po<strong>de</strong> ser ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, pois o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro é o total, enão quaisquer partes ou aspectos particulares. Como afirma HEGEL namais célebre passagem <strong>da</strong> “Fenomenologia do Espírito”, “O ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro é oTodo. Mas o todo é somente a essência que atinge a completu<strong>de</strong> por meio<strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento. Deve-se dizer do Absoluto ... que é o que naver<strong>da</strong><strong>de</strong> é apenas no seu fim. Nisto consiste sua Natureza: ser ... sujeitoou <strong>de</strong>vir-<strong>de</strong>-si-mesmo” (1991, p. 199).Portanto, não existe na<strong>da</strong> semelhante a uma coisa-em-siincognoscível, pois, como alerta o próprio Hegel na “Ciência <strong>da</strong> Lógica”, oHomem não po<strong>de</strong> estar fora <strong>da</strong> natureza <strong>da</strong>s coisas.“A substância é sempre em si mesma sujeito, (e) po<strong>de</strong>-se dizer que todoconteúdo é sua própria reflexão em si. O subsistir ou a substância doexistir do conteúdo é a igual<strong>da</strong><strong>de</strong> consigo mesmo. Com efeito, sua<strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> consigo seria a sua dissolução. Mas a igual<strong>da</strong><strong>de</strong> consigo é apura abstração, e a pura abstração é o pensar ... É aqui que secompreen<strong>de</strong> que o ser é pensar” (HEGEL, 1991: p. 216).Aqui insinua-se já um dos mais fun<strong>da</strong>mentais aspectos do obra <strong>de</strong>Hegel: o <strong>de</strong> que não existe, como em Kant, qualquer indissolúvelcontradição entre sujeito e objeto, pois ambos se unificam na Idéia. Aoposição sujeito/objeto não passa, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> sua aparência diversa,contraditória, mas em essência plena, una. Em Hegel, como em Platão eAristóteles, as condições do conhecimento são condições <strong>de</strong> existência <strong>da</strong>própria reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, conteúdo que se notorizou na célebre máxima “o real éracional, e o racional é real”.A Filosofia sempre buscou o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro na substância, na matériaem si mesma, como coisa aparta<strong>da</strong> do sujeito. Para HEGEL, ao contrário,“tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r e exprimir o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro não como substância,mas, exatamente na mesma medi<strong>da</strong>, como sujeito” (1991, p. 198). Essa__183__

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!