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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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De fato, essa revolução <strong>de</strong> princípios, aludi<strong>da</strong> por Engels, atravessou<strong>de</strong> parte a parte a Ciência do século XX, e estaríamos redon<strong>da</strong>menteenganados caso pensássemos que tal transformação está completa. AHistória, ciência-mestra ao lado <strong>da</strong> Filosofia, confere-nos a respeito dissomaior largura <strong>de</strong> entendimento. Ela <strong>de</strong>monstra, <strong>de</strong> modo absolutamenteinequívoco, que a crise do período renascentista, na qual gestavam-senovas visões <strong>de</strong> mundo, não durou anos e nem mesmo déca<strong>da</strong>s, masséculos inteiros.Nesse período eram revolvi<strong>da</strong>s estruturas profun<strong>da</strong>s do pensamento,e dois caminhos abriam-se: o do ceticismo/agnosticismo e o <strong>da</strong> crençainabalável (às vezes ingenuamente otimista) nas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s doconhecimento. Coisa semelhante parece ocorrer hoje.Nessa perspectiva, a Teoria <strong>da</strong> Informação, enquanto objeto <strong>de</strong>análise epistemológica, tem recebido interpretações varia<strong>da</strong>s, no mais <strong>da</strong>svezes contraditórias. De fato, como tudo, ela é produto <strong>da</strong> mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>seu tempo, sendo assim suscetível a interpretações <strong>de</strong> cunho agnóstico,mas também a visões contrárias, <strong>da</strong>do que guar<strong>da</strong> elementos <strong>da</strong>mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> contraditória <strong>de</strong> seu tempo.Como vimos no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> nosso percurso, a noção <strong>de</strong> informaçãoleva ao limite a reflexão gnoseológica ao forçá-la a pensar a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> sem existência empírica, a qual, não obstante, é inegávelque conhecemos, na medi<strong>da</strong> em que somos capazes <strong>de</strong> formular leis queprescrevem seu comportamento.Para muitos, porém, a informação não passa <strong>de</strong> abstraçãoheurística, sendo suas leis na<strong>da</strong> mais que <strong>de</strong>terminações subjetivas,impostas pelo próprio pensamento. Dentro <strong>de</strong>ssa tendência, há os quevêem no princípio <strong>da</strong> razão <strong>de</strong> transmissão limitações genuínas relativasao conhecimento. Na tendência oposta, alguns autores, na tentativa <strong>de</strong><strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, afirmam-na como uma espécie <strong>de</strong>“substância”, sem muitas vezes se <strong>da</strong>rem conta dos contrasensos geradospor esse noção na História <strong>da</strong> Filosofia. A nosso ver ambas as tendênciasconstituem-se nos lados <strong>de</strong> uma mesma moe<strong>da</strong>, pois, como vimos__214__

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