12.07.2015 Views

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

azão pura, em última instância, na confirmação ou refutação <strong>de</strong> algo porum experimento.Porém, esse apego à experiência coloca em relação à Metafísica umestranho problema: como positivá-la, se não po<strong>de</strong>mos ultrapassar osestreitos limites <strong>da</strong> experiência – o que, paradoxalmente, é justamente afinali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Metafísica? Kant soluciona essa contradição afirmando quenossos conhecimentos são conhecimentos dos fenômenos, não <strong>da</strong> coisaem-si(nômeno). Isso quer dizer que são conhecimentos <strong>da</strong>s coisas comose manifestam ou aparecem, e não como efetivamente são em essência.Para o autor <strong>da</strong> “Crítica”, o que nos impele a ultrapassar os limites<strong>da</strong> experiência fenomênica é o incondicionado.Quando se admite que o nosso conhecimento <strong>da</strong> experiência se guie pelosobjetos como coisas em si mesmas, ocorre que o incondicionado <strong>de</strong>maneira alguma po<strong>de</strong> ser pensado sem contradição; se contrariamente ...se admite que ... estes objetos, como fenômenos, muito antes se guiempelo nosso modo <strong>de</strong> representação, ocorre que a contradição <strong>de</strong>saparece; eque, conseqüentemente, o incondicionado tem que ser encontrado não emcoisas na medi<strong>da</strong> em que as conhecemos (nos são <strong>da</strong><strong>da</strong>s), mas sim nelasna medi<strong>da</strong> em que não as conhecemos, como coisas em si mesmas. (KANT,1991: p. 15)A essência <strong>da</strong> obra crítica kantiana consiste, portanto, na imposição<strong>da</strong> duali<strong>da</strong><strong>de</strong> fenômeno/coisa-em-si, sendo o princípio <strong>de</strong> causali<strong>da</strong><strong>de</strong>eficiente apenas nas coisas enquanto fenômenos, pois a coisa-em-si seriaincondiciona<strong>da</strong>, absoluta, livre, enquanto que a coisa para nós <strong>da</strong><strong>da</strong> é aocontrário <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>.Já no início <strong>da</strong> “Crítica <strong>da</strong> Razão Pura” Kant <strong>de</strong>ixa anteverclaramente o caráter dualista <strong>de</strong> seu pensamento. Para ele, “segundo otempo” todo conhecimento começa com a experiência, nenhumarepresentação po<strong>de</strong> jamais precedê-la. Os objetos estimulam os sentidos,que produzem por si só as primeiras representações, pondo oentendimento (razão) em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> diante do chamamento a comparar,conectar ou separar essas primeiras representações.Logo após isso, porém, KANT já parece remar em sentido contrário:“Embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por__167__

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!