fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
) A Idéia-fora-<strong>de</strong>-si (gran<strong>de</strong> antítese), exterioriza<strong>da</strong>. A Natureza. Nodomínio <strong>de</strong>sta, a Idéia <strong>de</strong>senvolve-se também em três momentos dialéticos<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as formas ínfimas do mundo físico até as formas mais perfeitas <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> orgânica.c)A Idéia-para-si (gran<strong>de</strong> síntese). O Espírito. Nesta fase a natureza,tendo esgotado a sua fecundi<strong>da</strong><strong>de</strong>, volta-se para si, tomando consciência<strong>de</strong> si no Espírito.Os três momentos dialéticos do <strong>de</strong>senvolvimento do Espírito são osseguintes: o Espírito subjetivo (o indivíduo) - que compreen<strong>de</strong> os trêsgraus dialéticos <strong>da</strong> consciência, <strong>da</strong> autoconsciência e <strong>da</strong> Razão; o Espíritoobjetivo (a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>) - on<strong>de</strong> temos os graus dialéticos do Direito, <strong>da</strong>Etici<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> Morali<strong>da</strong><strong>de</strong>, e, por fim, o Espírito absoluto (Deus), que se<strong>de</strong>senvolve nos graus <strong>da</strong> Arte, <strong>da</strong> Religião e <strong>da</strong> Filosofia.O instrumental teórico elaborado por Hegel para tentar vencer eexplicar as dilacerações <strong>de</strong> seu tempo – e em particular os rumoscontraditórios <strong>da</strong> Revolução Francesa – foi o método dialético,fun<strong>da</strong>mentado nas seguintes idéias principais: a) a idéia <strong>de</strong> contradiçãoou negação; b) a idéia <strong>de</strong> movimento como um atributo inseparável <strong>da</strong>matéria e do Espírito; c) a idéia <strong>de</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> orgânica, e, por fim, d) aidéia heraclítica <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos opostos. Exemplificando <strong>de</strong> formatípica seu método dialético, Hegel afirma:Po<strong>de</strong>-se salientar ... que uma assim chama<strong>da</strong> proposição fun<strong>da</strong>mental ouprincípio <strong>de</strong> filosofia, se é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira, já é por isso mesmo falsa, na medi<strong>da</strong>em que é somente proposição fun<strong>da</strong>mental ou princípio. Por conseguinte,é fácil refutá-la. A refutação consiste na indicação <strong>da</strong> sua <strong>de</strong>ficiência. E talproposição é <strong>de</strong>ficiente porque é apenas o universal ou princípio, é ocomeço. A refutação seria, portanto, propriamente o <strong>de</strong>senvolvimento doprincípio. (HEGEL, 1991: p. 201)As formas lógicas <strong>de</strong> Hegel não são, portanto, “formais”, mas plenas<strong>de</strong> conteúdo vivo, real. Essas formas lógicas são o próprio conteúdo doreal, têm caráter ontológico-i<strong>de</strong>alista. Em Hegel, o conteúdo substancial éum conteúdo <strong>de</strong> pensamentos. Natureza e homem são compostos <strong>de</strong> umasubstância mental comum, as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s puras.__177__