fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
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próprio HEGEL adverte que “se perguntarmos o que são as coisas-em-si,já na pergunta jaz assim <strong>de</strong> um modo impensado a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>resposta” (APUD LÊNIN, 1989: p. 108).Hegel adverte que não é preciso <strong>de</strong>preciar o começo doconhecimento por sua limitação; ele <strong>de</strong>ve ser aceito apenas provisória ehipoteticamente. Mesmo que contra ele possamos adiantar a crítica doinstrumental do conhecimento (à mo<strong>da</strong> <strong>de</strong> Kant), mesmo esta trata-se <strong>de</strong>pressupostos que exigem fun<strong>da</strong>mentação e mediação, não sendo por issomuito melhor que o começo “contra o qual protesta” (a <strong>de</strong>terminação maissimples e empírica).Assim, os reclames criticistas <strong>de</strong>vem ser tomados “apenas comopretensões vãs a que sejam atendidos eles antes <strong>de</strong> algo <strong>de</strong> outro ... Ométodo <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong> também sabe que o começo é um imperfeito, porque écomeço, mas sabe simultaneamente que este imperfeito em geral é umnecessário, porque a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é apenas o vir-a-si-próprio através <strong>da</strong>negativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> imediati<strong>da</strong><strong>de</strong>” (HEGEL APUD LÊNIN, 1989: p. 208).Na concepção hegeliana,A ver<strong>da</strong><strong>de</strong> do Ser é a essência ... O Ser é o imediato. Ao querer conhecer over<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, o que o Ser é em si e para si, o saber não permanece junto doimediato e <strong>da</strong>s suas <strong>de</strong>terminações, mas penetra através <strong>de</strong>le, com opressuposto <strong>de</strong> que por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong>sse Ser ain<strong>da</strong> há algo <strong>de</strong> outro que opróprio Ser, <strong>de</strong> que este plano recuado constitui a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> do Ser. Esteconhecimento é um saber mediado, pois não se encontra imediatamentejunto <strong>da</strong> e na essência, mas começa por um outro, o Ser, e tem <strong>de</strong>percorrer ... o caminho do ultrapassar do Ser ou, antes, do enfiar-se porele. (HEGEL APUD LÊNIN, 1989: p. 123)Esse caminho do conhecimento, que parece exterior ao Ser, é emHegel, conforme sugere seu panlogismo, o próprio movimento do Ser.A essência existe enquanto aparência e enquanto reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Aaparência é o imediatamente <strong>de</strong>terminado. No momento <strong>da</strong> aparência oconteúdo permanece para si, tal qual é, e foi apenas transportado do Serpara a aparência. O conteúdo <strong>da</strong> aparência, portanto, não é posto por elaprópria; ela apenas o tem imediatamente. Logo, o que diferencia aessência <strong>da</strong> aparência é <strong>de</strong>terminação do âmbito <strong>da</strong> própria essência, o__180__