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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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<strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> precedência <strong>da</strong>s causas no tempo po<strong>de</strong>facilmente gerar um círculo vicioso.Uma outra hipótese é concernente à tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a setatemporal pela 2 a Lei Termodinâmica, através do incremento <strong>de</strong> entropia.Para UYEMOV (1975: p.s 93-94), o que inibe essa tentativa é o ‘princípio<strong>da</strong> entropia negativa’ ou ‘princípio <strong>da</strong> conservação <strong>da</strong> entropia’ (casoparticular do princípio geral <strong>da</strong> conservação formulado por Lomonosov).Segundo esse princípio, o incremento <strong>da</strong> organização em um sistema estávinculado ao <strong>de</strong>créscimo <strong>da</strong> organização em outro (os organismos, porexemplo, mantêm-se vivos exportando entropia para seus arredores). Seesse princípio neguentrópico é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, então para Uyemov a entropianão po<strong>de</strong> ser aplica<strong>da</strong> ao vetor <strong>da</strong> seta temporal, pois ela não cresceriasempre e nem em todos os casos.Outros parâmetros po<strong>de</strong>m ser usados para <strong>de</strong>terminar a setatemporal mestra, como o grau <strong>de</strong> homogenei<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou atéa tendência estatística <strong>da</strong>s coisas <strong>de</strong> passarem <strong>de</strong> estados menosprováveis a estados mais favoráveis. O que unifica essas abor<strong>da</strong>gens é atentativa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar relações assimétricas.Segundo UYEMOV (1975: p. 95), muitos dos problemas surgidos naabor<strong>da</strong>gem do tempo são oriundos <strong>de</strong> tratamentos ina<strong>de</strong>quados doconceito <strong>de</strong> matéria. “O tempo é uma forma <strong>de</strong> existência <strong>da</strong> matéria.Como afirma Askin, ‘ao reduzir o tempo a meros parâmetros físicosincorremos no mesmo erro que os que em seu tempo reduziram a noção<strong>de</strong> movimento à <strong>de</strong> movimento mecânico’”.De fato, a idéia <strong>de</strong> Uyemov na<strong>da</strong> <strong>de</strong>ixa a <strong>de</strong>ver às mais abarcantesconcepções filosóficas. Já no início do século LÊNIN afirmara: “O tempo éuma forma <strong>de</strong> ser <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> objetiva” (1989: p. 204).UYEMOV (1975: p. 100), porém, não leva essa idéia às últimasconseqüências, e vê-se novamente às voltas com a tentativa <strong>de</strong> encontrarcausas específicas ‘não-termodinâmicas’ para a assimetria temporal. Elei<strong>de</strong>ntifica na transição irreversível <strong>de</strong> sistemas externos para sistemasinternos – tendência <strong>de</strong>monstrável matematicamente – essas ‘causas nãotermodinâmicas’.Há, porém, um problema nessa abor<strong>da</strong>gem, semelhante__119__

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