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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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A irreversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> reivindica uma compreensão não-atomística <strong>da</strong>natureza. A Termodinâmica, ao contrário <strong>da</strong> Teoria <strong>da</strong> Informação, po<strong>de</strong><strong>de</strong> fato ser conceitua<strong>da</strong> como uma ciência não-atomística. Essacompreensão <strong>de</strong> cunho monista, integrador, que não vê a natureza comoum ‘bloco <strong>de</strong> coisas’, seria exigi<strong>da</strong>, <strong>de</strong> acordo com WICKEN (1987: p. 78),pelo fato <strong>de</strong> que a 2 a Lei não é uma proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> externa dos corpos, e nemmesmo uma força tal qual a gravitação, mas simplesmente um princípio<strong>de</strong> potência, isto é, algo que está presente em tudo sem, no entanto, fazerparte <strong>de</strong> na<strong>da</strong>.Um importante e controverso problema relacionado àirreversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> é o <strong>de</strong> sua origem na Termodinâmica Estatística. Seria airreversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> embuti<strong>da</strong> aprioristicamente na <strong>teoria</strong>? Ou correspon<strong>de</strong>riaela a algo <strong>de</strong> efetivamente real?Ambas as escolas <strong>de</strong> pensamento, a estatística e a astrofísica,concor<strong>da</strong>m que a irreversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> macroscópica é extraí<strong>da</strong> <strong>de</strong> equaçõessimétrico-temporais via alguma espécie <strong>de</strong> condições iniciais, ou seja,através <strong>da</strong> suposição <strong>de</strong> uma assimetria (condição inicial) nas equações<strong>de</strong> caráter estatístico-reversível. A discordância dá-se quanto à natureza<strong>de</strong>ssas condições iniciais formais.Conforme explica GAL-OR (1975: P.S 213-215), a Escola <strong>de</strong>Copenhague (ou estatística) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a irreversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> origina-se noinstrumento (ou observador) macroscópico que registra informação eretém um registro <strong>de</strong>la (mas não possui um registro do passado).Conseqüentemente a assimetria temporal po<strong>de</strong> ser imposta peloobservador e não cria<strong>da</strong> pelo sistema <strong>de</strong> que faz parte. Com isso a escolha<strong>de</strong> condições iniciais surge não como lei <strong>da</strong> natureza mas como resultado<strong>de</strong> nossa posição como observadores macroscópicos.A argumentação <strong>de</strong> Copenhague apresenta consistênciaarrebatadora. De fato, apesar <strong>da</strong> crença comum <strong>de</strong> que a aparência <strong>de</strong>casuali<strong>da</strong><strong>de</strong>, por exemplo, vem <strong>de</strong> algum fenômeno casual microscópico(como a agitação térmica), po<strong>de</strong>mos obter um comportamento casual semassumir a existência <strong>de</strong> qualquer acaso subjacente. É <strong>de</strong>monstrável queem certos casos não po<strong>de</strong>mos distinguir entre acaso no sistema e acaso no__115__

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