12.07.2015 Views

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

or<strong>de</strong>na<strong>da</strong> quanto rica em informação. Or<strong>de</strong>m e complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> seriam,nessa perspectiva, conceitos cognatos, mas opostos em significado.Para WICKEN (1987, p.43), as idéias <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m e <strong>de</strong> organizaçãorelacionam-se inversamente. A noção <strong>de</strong> compressão probabilísticaexpressa bem essa relação inversa. Qualquer seqüência com M símboloseqüiprováveis e duração N requererá para sua especificação N Log M bits.Essa é então a situação <strong>de</strong> máxima complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> concebível naseqüência. Reduções <strong>de</strong>sse valor seriam or<strong>de</strong>namentos.Conforme recor<strong>da</strong> WICKEN (1987, p.44), são duas as fontes <strong>de</strong>or<strong>de</strong>namento em estruturas: a primeira envolve as probabili<strong>da</strong><strong>de</strong>sabsolutas dos elementos; a segun<strong>da</strong> relaciona-se às probabili<strong>da</strong><strong>de</strong>scondicionais. Se estas últimas são iguais a 0 ou 1 (constrangimentosfixos), então a or<strong>de</strong>m é completa. Assim, <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> eqüiprobabili<strong>da</strong><strong>de</strong> sãoredutores <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e ampliadores <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. Já o aumento donúmero <strong>de</strong> elementos produz efeito inverso: reduz a propensão estruturalinfluenciando o arranjo, aumentando assim a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e diminuindoa or<strong>de</strong>m. Po<strong>de</strong>mos portanto perceber que or<strong>de</strong>m é sinônimo <strong>de</strong>redundância e informação (ou organização), <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Com base nessas <strong>de</strong>finições po<strong>de</strong>mos afirmar que um sistemaorganizado consiste em um conjunto funcional <strong>de</strong> partes e sub-partesconecta<strong>da</strong>s, o que quer dizer o mesmo que uma estrutura. “Um sistemaorganizado tem aquelas funções particulares que suas partesconstituintes e interconexões são capazes <strong>de</strong> arquivar. Isso sugere apossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> relações lógicas entre estrutura e função”. WICKENassinala ain<strong>da</strong> que o fato <strong>de</strong> que o conceito <strong>de</strong> organização é muitas vezesestendido a sistemas afuncionais torna-o mais confuso. Para ele,“sistemas organizados são caracterizados por relações estruturais querequerem informação para sua especificação” (1987: p.40).O mais conhecido tipo <strong>de</strong> sistema organizado é a classe chama<strong>da</strong>por Prigogine ‘sistemas dissipativos’. Sua característica geral é amanutenção <strong>de</strong> um estado que é <strong>de</strong>slocado do equilíbrio termodinâmico<strong>de</strong>vido a um contínuo influxo <strong>de</strong> energia. Os sistemas vivos (tipo <strong>de</strong>sistema dissipativo) são portanto, ao mesmo tempo, processos e coisas.__109__

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!