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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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que tentavam quebrar esses monopólios. Havia ain<strong>da</strong> cama<strong>da</strong>s urbanasnovas, comerciantes, empresários agrícolas, to<strong>da</strong>s estas interessa<strong>da</strong>s no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> indústria <strong>de</strong> transformação. Locke fazia parte <strong>de</strong>staterceira cama<strong>da</strong>.O currículo <strong>de</strong> Locke era bastante diversificado, abrangendoassuntos como a Química, a Meteorologia, a Teologia e a Filosofia. Foiassessor do con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Shaftesbury, que era representante dos interessesdo parlamento. Foi também amigo <strong>de</strong> Sir Isaac Newton, que compartilhava<strong>de</strong> suas concepções filosóficas. As principais obras <strong>de</strong> Locke, vale lembrar,foram publica<strong>da</strong>s logo após a Revolução Gloriosa.Com Locke, o empirismo inglês alcança o máximo <strong>de</strong> seurefinamento e <strong>de</strong> sua elaboração <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do processo <strong>de</strong><strong>de</strong>composição <strong>da</strong> escolástica com Dunas Escoto no século XIII. Sua obragnoseológica, o "Ensaio Acerca do Entendimento Humano", inicia-secom a contestação <strong>da</strong>s doutrinas <strong>de</strong> Descartes e Leibniz, que afirmavamrespectivamente a existência <strong>de</strong> "idéias inatas" e <strong>de</strong> "princípios práticosinatos". "Nem os princípios nem as idéias são inatas”, afirmava Locke.Segundo Locke, nenhum tipo <strong>de</strong> princípio ou conhecimento é inato,sendo todos adquiridos com a experiência. O próprio fato <strong>de</strong> existiremidéias <strong>de</strong> inatismo <strong>de</strong>ve-se à <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> princípios gerais que nãopo<strong>de</strong>m ser questionados logo que entendidos. Isso teria conduzidorapi<strong>da</strong>mente à explicação inatista.Locke, porém – apesar <strong>de</strong> <strong>da</strong>r um passo à frente em relação a Bacone Hobbes –, não leva às últimas conseqüências seu empirismo, <strong>de</strong>ixandoclaro em sua obra os limites e as insuficiências <strong>de</strong>ssa concepçãoepistemológica. Para o empirismo lockesiano, as fontes do conhecimentosão a experiência e a reflexão, instrumentos que suprem a mente <strong>da</strong>matéria e do objeto do conhecimento. Ele opera portanto uma sutilseparação entre a sensação (experiência externa) e a reflexão (experiênciainterna), colocando-as como fontes <strong>de</strong> conhecimento in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes einaugurando, portanto, uma espécie <strong>de</strong> gnoseologia empírico-dualista. Opensamento lockesiano, segundo ENGELS, "é filho do compromisso <strong>de</strong>classe <strong>de</strong> 1688", isto é, do compromisso (<strong>de</strong> divisão <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res) entre a__159__

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