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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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empirismo inglês que, déca<strong>da</strong>s após a Revolução Gloriosa, entra tambémem estado <strong>de</strong> irrefreável putrefação.3. A Noção <strong>de</strong> Objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na Ciência Mo<strong>de</strong>rnaConforme vimos anteriormente, a Ciência Natural é em seusprimórdios inteiramente revolucionária, na medi<strong>da</strong> em que rompe <strong>de</strong>forma materialista com o pensamento teológico. Porém, paradoxalmente,essa mesma Ciência Natural <strong>de</strong>senvolvia-se liga<strong>da</strong> a uma mentali<strong>da</strong><strong>de</strong>mecânica e a uma concepção <strong>de</strong> natureza estática que se refletia nopensamento filosófico <strong>da</strong> época. Diz ENGELS:O que realmente caracteriza esse período é a elaboração <strong>de</strong> uma peculiarconcepção <strong>de</strong> conjunto, cujo centro era constituído pela noção <strong>de</strong>invariabili<strong>da</strong><strong>de</strong> absoluta <strong>da</strong> Natureza ... Em contraste com a história <strong>da</strong>humani<strong>da</strong><strong>de</strong>, que se <strong>de</strong>senvolve no tempo, prescreveu-se à história naturalum <strong>de</strong>senvolvimento apenas no espaço ... A ciência natural, tãorevolucionária a princípio, <strong>de</strong>frontou-se, <strong>de</strong> repente, com uma Naturezaabsolutamente conservadora. (1979: p. 18)Passemos então a enten<strong>de</strong>r, a partir <strong>de</strong> agora, <strong>de</strong> que forma essarígi<strong>da</strong> e inflexível noção <strong>de</strong> objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, subjacente ao materialismo <strong>de</strong>tipo mecânico, entra irrefreavelmente em crise, sendo aos poucossubstituí<strong>da</strong> por uma nova concepção materialista <strong>da</strong> objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> doconhecimento. Chamaremos aqui essa nova concepção <strong>de</strong> materialismohistórico, ou, simplesmente, <strong>de</strong> materialismo mo<strong>de</strong>rno.As insuficiências e contradições do materialismo anterior já eramsugeri<strong>da</strong>s pela filosofia <strong>de</strong> Locke. Ela atesta a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se construiruma <strong>teoria</strong> materialista que, ao mesmo tempo, leve em conta asingulari<strong>da</strong><strong>de</strong> do pensamento. Aí sempre residiu historicamente o pontofraco <strong>de</strong> todo o materialismo. Locke falha ao tentar superar essadificul<strong>da</strong><strong>de</strong>, caindo em uma espécie <strong>de</strong> dualismo eclético.Em dualismo semelhante cairia Immanuel Kant. Em sua obra as<strong>de</strong>ficiências e incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do antigo materialismo alcançavam o auge,tornando-se como que ‘fraturas expostas’ <strong>da</strong> mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> mecânica doséculo XVIII.__163__

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