fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
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Dito <strong>de</strong> outra forma, a questão que aqui se coloca é a seguinte: ainformação <strong>de</strong>scrita matematicamente tem existência objetiva? Ou nãopassa <strong>de</strong> uma abstração heurística com características passíveis <strong>de</strong>mensuração?Examinaremos a seguir o que dizem sobre o assunto algunsespecialistas em informação.Em “Information Theory”, S. GOLDMAN <strong>de</strong>senvolve a opiniãosegundo a qual a informação tem existência objetiva. Tal opiniãotransparece em to<strong>da</strong> a sua exposição, com <strong>de</strong>staque para o trecho em quebusca calcular a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total <strong>de</strong> informação que po<strong>de</strong> ser gera<strong>da</strong> pelomundo exterior.Ao <strong>de</strong>senvolver nossa <strong>teoria</strong> quantitativa, adotamos certas idéias sobre anatureza <strong>da</strong> informação. Nós a consi<strong>de</strong>ramos algo como uma essência ouparte pertinente <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as mensagens, tais como, por exemplo, aquelasque chegam ao cérebro vin<strong>da</strong>s do mundo exterior. Acreditamos que ainformação é o material fun<strong>da</strong>mental usado no pensamento e que forma abase <strong>da</strong> ação do intelecto. Temos uma intuição <strong>de</strong> que a informação comoassim <strong>de</strong>scrita realmente existe. Um dos mais importantes resultados<strong>de</strong>sse livro é que temos <strong>de</strong>monstrado a existência <strong>de</strong> uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> quetem as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas para a informação e que po<strong>de</strong> sermensura<strong>da</strong> quantitativamente (1953: p. 289)Pela mesma trilha caminha E. EDWARDS (1971). Esse autor vê nasinfluências intersimbólicas leis objetivas atuando ao nível <strong>da</strong>estruturação <strong>da</strong> linguagem – algo como mecanismos auto-reguladores,<strong>de</strong>terminações reais.Também François BONSACK (1970) busca objetivar o conceito <strong>de</strong>informação, através <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>ste conceito com a noção <strong>de</strong>varie<strong>da</strong><strong>de</strong> ou diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos objetos do mundo. Para ele, i<strong>de</strong>ntificarentropia à incerteza correspon<strong>de</strong> a interpretações <strong>de</strong> cunho subjetivista,embora ele próprio reconheça que mesmo essa interpretação (a <strong>da</strong>“incerteza”) possa reconduzir sem dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s à noção objetiva.Bonsack polemiza com a idéia <strong>de</strong> que “sem consciência não háinformação”. Para os subjetivistas (também chamados ‘i<strong>de</strong>alistassubjetivos’) um sistema matemático funcionando na ausência do Homemnão transmite informação, sendo, se muito, mera “ca<strong>de</strong>ia causal”, o que__75__