fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
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<strong>da</strong> objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, na medi<strong>da</strong> em que é <strong>de</strong>finitivamente superado o dualismoagnóstico.Mas os frutos <strong>de</strong>ssa superação só serão plenamente colhidos com ostambém alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895),que superam o método hegeliano fun<strong>da</strong>ndo uma concepção inteiramentenova a respeito do conhecimento. Essa concepção assenta-se em umadialética <strong>de</strong> tipo objetivo-materialista, ou, o que dá no mesmo, em ummaterialismo <strong>de</strong> tipo mo<strong>de</strong>rno, que incorpora em si as principaisconquistas do pensamento dialético-i<strong>de</strong>alista.A essência do corte epistemológico operado por Marx com aFilosofia anterior está em que fun<strong>da</strong> a noção <strong>de</strong> Totali<strong>da</strong><strong>de</strong> não na ‘Idéia’,mas no conceito <strong>de</strong> Prática Social – ou simplesmente Práxis. Isso trazprofun<strong>da</strong>s conseqüências para a história do conhecimento – e, emparticular, para a distinção entre Ciência e Filosofia, a qual entra emcolapso diante <strong>da</strong> noção <strong>de</strong> Práxis.A nova concepção materialista fun<strong>da</strong><strong>da</strong> por Marx e Engels – omaterialismo histórico – possui como núcleo a gnoseologia hegeliana. Damesma forma que o hegelianismo, o marxismo é também uma espécie <strong>de</strong>pensamento monista – busca a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a conexãouniversal. Nesse sentido, combate tanto quanto Hegel a unilaterali<strong>da</strong><strong>de</strong>metafísica, a qual gera uma totali<strong>da</strong><strong>de</strong> fragmentária e dispersa, base dorelativismo.O materialismo histórico, portanto, <strong>da</strong> mesma forma que o i<strong>de</strong>alismoobjetivo hegeliano, fun<strong>da</strong>menta a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do conhecimento objetivona noção <strong>de</strong> Totali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mas a Totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Marx não é i<strong>de</strong>al, isto é, nãose fun<strong>da</strong>menta no pensamento, mas na própria reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso, porque agnoseologia hegeliana aparece em Marx conjuga<strong>da</strong> a uma ontologiamaterialista, que resolve a dicotomia entre Ser e Pensar não na Idéia,mas na própria reali<strong>da</strong><strong>de</strong> social.Ao colocar a noção <strong>de</strong> Práxis como essência <strong>de</strong> seu pensamento, omaterialismo mo<strong>de</strong>rno estabelece com a Ciência uma profun<strong>da</strong> conexão.Fruto direto do imenso avanço <strong>da</strong>s forças produtivas <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado pelo__194__