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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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sinais comportam-se <strong>de</strong> maneira relativamente regular e, portanto,previsível. “Um fenômeno é periódico quando se reproduz idêntico a simesmo, no fim <strong>de</strong> um intervalo <strong>de</strong> tempo chamado período ... De fato,basta estu<strong>da</strong>r o fenômeno no interior <strong>de</strong> seu período para prever seucomportamento in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>mente” (MOLES, 1969: p. 102).Devido à sua simplici<strong>da</strong><strong>de</strong>, a idéia <strong>de</strong> regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> dos fenômenosnaturais foi adota<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início pelas Ciências <strong>da</strong> Natureza. Oscomponentes <strong>da</strong> <strong>de</strong>composição em série <strong>de</strong> Fourier relacionam-se aintimamente a essa idéia.Para MOLES, a periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> é um conceito quantitativo, nãoqualitativo, expressão <strong>da</strong> estruturação temporal <strong>de</strong> um fenômeno: “A‘quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> periodici<strong>da</strong><strong>de</strong>’ é então um grau <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m na organizaçãotemporal ... que leva em conta o isocronismo e ... a semelhançaquantitativa dos eventos sucessivos” (1969: p. 107).A noção <strong>de</strong> periodici<strong>da</strong><strong>de</strong>, porém, é bastante impregna<strong>da</strong> <strong>de</strong> umavisão mecânica <strong>da</strong> previsibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, pauta<strong>da</strong> pela idéia <strong>de</strong> conhecimentototal dos fenômenos, tão ao modo <strong>da</strong> ciência <strong>da</strong> ilustração. A própriaexperiência vem se encarregando <strong>de</strong> apontar insuficiências em concepçõesrígi<strong>da</strong>s do princípio <strong>da</strong> periodici<strong>da</strong><strong>de</strong>, próprio apenas para situaçõeslimite,casos i<strong>de</strong>ais.A maioria <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> é do tipo “aleatório”, isto é,sua constância não é uniforme, mas variável. O fato <strong>de</strong> que possamosformalizar também o conhecimento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> indica quea questão não está em negar a noção <strong>de</strong> previsibili<strong>da</strong><strong>de</strong> em si, mas apenasem superar antigas visões acerca <strong>de</strong>la, pondo-a <strong>de</strong>sse modo em compassocom o estágio atual do conhecimento científico.Outra noção por <strong>de</strong>mais importante, e para cujo <strong>de</strong>senvolvimentotambém contribui a Teoria <strong>da</strong> Informação, é a <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação dosfenômenos, intimamente relaciona<strong>da</strong> aos conceitos <strong>de</strong> causali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>previsibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. De forma geral, o mais comum problema relacionado à<strong>de</strong>terminação é o <strong>de</strong> saber se as coisas efetivas seriam <strong>de</strong> fato<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s, ou se, ao contrário, seriam inteiramente livres e__86__

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