fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
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pequena parte <strong>da</strong> conexão universal. A omnilaterali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> conexão éexpressa pela causali<strong>da</strong><strong>de</strong> apenas <strong>de</strong> modo unilateral e fragmentário.A causali<strong>da</strong><strong>de</strong> distingue-se <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, em Hegel, por serapenas sua superfície; aquela é unilateral, esta é total. Isso, porque anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> é a própria reali<strong>da</strong><strong>de</strong> no seu <strong>de</strong>senvolvimento,<strong>de</strong>senvolvimento do qual a causali<strong>da</strong><strong>de</strong> não capta mais que aspectosisolados. O pensamento humano concebe primeiramente a coexistência;<strong>de</strong>sta avança para a causali<strong>da</strong><strong>de</strong>, chegando a partir <strong>da</strong>í a formas <strong>de</strong>conexão mais profun<strong>da</strong>s.O raciocínio <strong>de</strong> Hegel em relação à causali<strong>da</strong><strong>de</strong> é um testemunho <strong>da</strong>profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sua filosofia, a qual exporemos em pormenores nocapítulo 4. Aqui basta-nos a compreensão <strong>de</strong> que a noção <strong>de</strong> causali<strong>da</strong><strong>de</strong>é por <strong>de</strong>mais útil à compreensão <strong>de</strong> objetos particulares (um sistema <strong>de</strong>comunicação, por exemplo). Contudo, do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> umacompreensão mais abarcante e total, a causali<strong>da</strong><strong>de</strong> torna-se inteiramenteimpotente como categoria filosófica.A noção <strong>de</strong> previsibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, por sua vez, também comparece naTeoria <strong>da</strong> Informação em diversos momentos e sob diversas formas. Emparticular, po<strong>de</strong>mos anotar que a Teoria <strong>da</strong> Informação concentra muito<strong>de</strong> sua eficácia na possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> previsão do comportamento futuro <strong>de</strong>sinais, para o que conceitos baseados na noção <strong>de</strong> média – como o próprioconceito <strong>de</strong> entropia – cumprem papel fun<strong>da</strong>mental. Afinal, valores médios– captados através <strong>da</strong> observação <strong>de</strong> longas seqüências <strong>de</strong> eventos –costumam apontar formas regulares <strong>de</strong> comportamento.Com efeito, po<strong>de</strong>mos perceber que a pressuposição <strong>de</strong>previsibili<strong>da</strong><strong>de</strong> costuma caminhar <strong>de</strong> mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s com a noção <strong>de</strong>regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>. Se a situação A introduz a situação B em muitas tentativasin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (se não forem in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes a repetição <strong>da</strong> experiência nãotem valor) o pensamento humano conclui que há regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> nessaca<strong>de</strong>ia causal, isto é, que seus efeitos ten<strong>de</strong>m a se repetir sempre,conclusão que é firma<strong>da</strong> como fun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong>s previsões.A noção <strong>de</strong> periodici<strong>da</strong><strong>de</strong>, fun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>quantificação <strong>de</strong> sinais contínuos, contém em si o suposto <strong>de</strong> que estes__85__