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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma solução surpreen<strong>de</strong>nte para o problema doconhecimento (embora não original). Mas, se refletirmos um pouco mais,veremos também que é uma solução bastante cômo<strong>da</strong>. Basta fecharmosos olhos e imaginarmos que tudo é idéia e que a matéria não passa <strong>de</strong>aci<strong>de</strong>nte, e com isso tudo se resolverá. Essa foi a mesma soluçãoemprega<strong>da</strong> por Platão no combate ao relativismo sofístico. Ela apareceporém, aqui, mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>, e não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> conter um gran<strong>de</strong> avançopara a história do conhecimento: a refutação <strong>de</strong> um agnosticismo tambémmais <strong>de</strong>senvolvido (o kantiano), através <strong>da</strong> compreensão <strong>de</strong> que a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>absoluta só existe no seu processo, como <strong>de</strong>vir <strong>de</strong> si própria nos seusdiversos momentos ou figuras, que são as ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s relativas ouparticulares.Hegel, por conseguinte, restitui precisamente aquilo que falta àconcepção kantiana <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>: o movimento. ENGELS resume bem esseaspecto ao afirmar queA ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira significação e o caráter revolucionário <strong>da</strong> filosofia <strong>de</strong> Hegel ...residia ... em que ela ... <strong>de</strong>u o golpe <strong>de</strong> misericórdia no caráter <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong>todos os resultados do pensar e do agir humanos. A ver<strong>da</strong><strong>de</strong> ... não eramais para Hegel uma coleção <strong>de</strong> proposições dogmáticas prontas ... aver<strong>da</strong><strong>de</strong> residia agora no próprio processo do conhecer, no longo<strong>de</strong>senvolvimento histórico <strong>da</strong> Ciência, que se eleva <strong>de</strong> estágios inferioresdo conhecimento para ... superiores. (1982, p. 380-381)Além <strong>de</strong> criticar a concepção <strong>de</strong> uma substância inexoravelmentecindi<strong>da</strong> do sujeito, HEGEL critica também a crença comum (em particulardo empirismo) em uma substância morta, idêntica a si mesma na suaimediati<strong>da</strong><strong>de</strong>:A substância vivente é também o Ser que na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é sujeito ou, o que dáno mesmo, é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente efetivo somente na medi<strong>da</strong> em que é omovimento do pôr-se-a-si-mesma, ou é a mediação consigo mesma dotornar-se outra. Como sujeito, ela é a pura simples negativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e,justamente por isso, é a cisão do simples ou a duplicação que se opõe queé novamente a negação <strong>de</strong>ssa diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> indiferente e do seu oposto. Over<strong>da</strong><strong>de</strong>iro é unicamente essa diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> que se reinstaura ou a reflexãoem si mesma no ser-outro. Não é uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> original enquanto tal, ouimediata enquanto tal. É o <strong>de</strong>vir <strong>de</strong> si mesmo, o círculo que pressupõe seufim como seu alvo, tem esse fim como princípio e é efetivo somente pormeio <strong>da</strong> sua realização e do seu fim. (1991, p. 199)__184__

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