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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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conceitos. Mas, por outro lado, o entendimento <strong>de</strong>ve sempre referir-se aintuições sensíveis.Kant distingue entre dois tipos <strong>de</strong> intuição. A intuição empírica éaquela que se refere ao objeto mediante sensação. O fenômeno é o objeto<strong>de</strong> uma intuição empírica. Ele divi<strong>de</strong>-se em matéria e forma fenomênica. Amatéria fenomênica é aquilo que no fenômeno correspon<strong>de</strong> à sensação.Já a forma fenomênica é o que faz o múltiplo do fenômeno ser percebidocomo todo or<strong>de</strong>nado.A intuição pura, ao contrário <strong>da</strong> empírica, é a forma pura <strong>da</strong>sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong><strong>da</strong> a priori como condição estrutural <strong>da</strong> percepção.Extensão e figura seriam assim modos <strong>da</strong> intuição pura.Em sua “Estética Transcen<strong>de</strong>ntal” – primeiro trecho <strong>da</strong> “Crítica <strong>da</strong>Razão Pura” – Kant analisa os conceitos <strong>de</strong> espaço e tempo, que segundoele constituem-se em formas <strong>da</strong> intuição pura que condicionam a intuiçãoempírica.Para KANT, o espaço não é abstraído <strong>de</strong> quaisquer experiênciasexternas. Ao contrário, estas últimas só através <strong>de</strong>le se tornam possíveis.“O espaço é uma representação a priori necessária que subjaz a to<strong>da</strong>s asintuições externas, ... condição <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos fenômenos e não uma<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>stes” (1991: p. 42). O espaço é, portanto,forma pura <strong>da</strong> intuição. Como tal, é sempre uno.A representação do espaço, conseqüentemente, não é conceito, masintuição, a qual po<strong>de</strong> conter em si um número infinito <strong>de</strong> conceitos. Nessesentido, o espaço é “disposição formal do sujeito a ser afetado por objetos”,“forma do sentido externo em geral” (KANT, 1991: p. 42), sendo o sentidoexterno aquele que representa (intui) objetos fora <strong>de</strong> nós, todos juntos noespaço. Ele <strong>de</strong>termina figura, magnitu<strong>de</strong> e relação recíproca.Como po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r do exposto acima, o espaço não éevi<strong>de</strong>ntemente proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> coisa-em-si, mas a pura receptivi<strong>da</strong><strong>de</strong> dosujeito aos objetos, a qual <strong>de</strong>ve existir antes para que haja experiência.O espaço po<strong>de</strong> abarcar to<strong>da</strong>s as coisas que nos aparecem externamente,mas não to<strong>da</strong>s as coisas em si mesmas ... Nossas explicações ensinam,portanto, a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> (isto é, vali<strong>da</strong><strong>de</strong> objetiva) do espaço no tocante a tudo__170__

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