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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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isso todo ele se origina justamente <strong>da</strong> experiência” (1991: p. 25). Mesmo oconhecimento <strong>da</strong> experiência já conteria algo “<strong>da</strong>quilo que a nossa própriacapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento fornece <strong>de</strong> si mesma”, e que num examemenos <strong>de</strong>talhado aparece indistinto <strong>da</strong> matéria prima empírica.Questão fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> to<strong>da</strong> Teoria do Conhecimento está emsaber se há conhecimentos a priori, absolutamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> to<strong>da</strong>e qualquer experiência e distintos dos conhecimentos empíricos (aposteriori). Em relação a essa questão, Kant adota como pressupostofun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> seu pensamento a existência <strong>de</strong> conhecimentos a priori.Na medi<strong>da</strong> em que há razão nas Ciências, há sempre nelas algo a priori. AMatemática e a Física seriam prova disso, pois <strong>de</strong>terminam seus objetos apriori (a segun<strong>da</strong> pelo menos em parte). A Matemática e a Física <strong>de</strong>vemconstituir-se, na visão <strong>de</strong> Kant, em mo<strong>de</strong>lo para to<strong>da</strong> e qualquer matériaque preten<strong>da</strong> seguir o “caminho seguro” <strong>de</strong> uma Ciência. Essa pretensãoserá bastante critica<strong>da</strong> mais tar<strong>de</strong> por Hegel.As características mais essenciais dos conceitos a priori são anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a universali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Kant <strong>de</strong>monstra essa assertiva afirmandoque, ao tirarmos do conceito <strong>de</strong> “corpo” to<strong>da</strong>s as características empíricaspossíveis, ain<strong>da</strong> assim restariam proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s como extensão esubstância, próprias não do objeto, mas <strong>da</strong> estrutura profun<strong>da</strong> dopensamento humano.Há na obra <strong>de</strong> Kant três tipos i<strong>de</strong>ntificáveis <strong>de</strong> juízos (assertivaslógicas, agregados <strong>de</strong> conceitos). Os juízos analíticos (ou <strong>de</strong> eluci<strong>da</strong>ção)ocorrem quando o predicado está contido no sujeito, sendo ambospensados por i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Esse tipo <strong>de</strong> juízo não amplia o conhecimento,servindo apenas para eluci<strong>da</strong>r as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s já conti<strong>da</strong>s <strong>de</strong> antemão nosujeito. Por exemplo: “todo corpo é extenso”.O segundo tipo <strong>de</strong> juízo é o juízo sintético. Nele, o predicado estáfora do sujeito; não há i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, embora haja relação entre ambos.Esses são os juízos <strong>de</strong> experiência, também chamados “juízos <strong>de</strong>ampliação”, pois acrescem <strong>de</strong> fato o conhecimento com algo novo.Enquanto que os juízos analíticos têm como fun<strong>da</strong>mento o princípio__168__

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