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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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preten<strong>de</strong> saber seja contrário ao dogma estabelecido... por isso a Razão<strong>de</strong>ve penetrar até on<strong>de</strong> seja possível no dogma, mas, ao mesmo tempo,partir <strong>de</strong>le para <strong>de</strong>senvolvê-lo e esclarecê-lo" (VITA, 1968: p. 34).Aquino só crê na contradição entre Razão e Fé no caso <strong>de</strong> perversão<strong>da</strong> primeira, pois não há hiato na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, que é una. A razão, <strong>de</strong>ssaforma, é posta a serviço <strong>da</strong> Fé, pois só crendo é possível compreen<strong>de</strong>r. "Asíntese <strong>da</strong> Razão e <strong>da</strong> Fé não tem <strong>de</strong> ser imagina<strong>da</strong> nem discuti<strong>da</strong>, masapenas "codifica<strong>da</strong>" rigorosamente" (VITA, 1968: p. 34).Surge precisamente aqui a preocupação com questões lógicogramaticaisque marca tanto a Alta Escolástica quanto as correntes <strong>de</strong>inspiração aristotélica do período <strong>de</strong> <strong>de</strong>cadência do pensamentoescolástico (scotismo e ockamismo).No que diz respeito ao problema <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> Deus, ele seconstitui no principal ponto <strong>de</strong> alinhamento do tomismo com a física <strong>de</strong>Aristóteles. Sabe-se que a compreensão aristótelica <strong>de</strong> Deus é diversa<strong>da</strong>quela exercita<strong>da</strong> pelos platônicos. Enquanto estes partem <strong>de</strong> umareali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> idéias, acreditando po<strong>de</strong>r captar Deus por via <strong>da</strong> intuição,Aristóteles não alimenta tal fantasia. Enten<strong>de</strong>ndo que todo conhecimentohumano parte dos sentidos e que as idéias universais não possuemexistência concreta, ele nega que o Homem possa ter uma idéia racional<strong>de</strong> Deus, ser que não existe no mundo sensível. O máximo a que po<strong>de</strong>chegar a compreensão humana é o entendimento ain<strong>da</strong> difuso <strong>de</strong> Deuscomo "motor primeiro" <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as coisas, ou seja, como causaprimordial do movimento que existe concretamente. Em Aristóteles, Deusnão é mais que o princípio racional do Universo.A <strong>teoria</strong> aristotélica do motor primeiro constitui-se na base <strong>de</strong> suafísica. É justamente este o princípio que será liqui<strong>da</strong>do pela oposiçãoteológica ao tomismo, cujos lí<strong>de</strong>res, os britânicos Dunas Escoto eGuilherme <strong>de</strong> Ockam, também partiam <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mentação aristotélica. Aoposição teológica ao tomismo construiu-se como uma corrente que, por<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> própria Teologia, questionava os pilares fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong>i<strong>de</strong>ologia religiosa. Já ENGELS (1982) nos asseverava que, até o umbral__145__

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