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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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O empirismo clássico sempre postulou ingenuamente a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>entre forma (pensamento) e conteúdo (reali<strong>da</strong><strong>de</strong>). O empirismo crítico, poroutro lado, renunciou à investigação <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong> cindindo ambosirrevogavelmente. HEGEL, criticando ambas as concepções, afirma serenganojulgar-se que o conhecimento po<strong>de</strong> contentar-se com o em-si ou a essênciamas poupar a forma, <strong>de</strong> tal forma que o princípio absoluto ou a intuiçãoabsoluta pu<strong>de</strong>sse tornar supérflua a explicitação <strong>da</strong> essência e o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> forma. Justamente porque a forma é tão essencial àessência quanto esta o é a si mesma, a essência não <strong>de</strong>ve ser apreendi<strong>da</strong> eexpressa puramente como essência, ou seja, como substância imediata... mas igualmente como forma e na riqueza total <strong>da</strong> forma <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>.Somente assim é apreendi<strong>da</strong> e expressa como algo efetivo. (1991, p. 199)Hegel lembra, tangenciando o genial, que o conhecimento metafísicotem medo <strong>de</strong> admitir que a mediação (o conhecimento) não é o absoluto,como se isso resultasse em abandonar o conhecimento absoluto.Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, porém, esse horror nasce <strong>da</strong> ignorância <strong>da</strong> natureza <strong>da</strong>mediação e do próprio conhecimento absoluto. Com efeito, a mediaçãona<strong>da</strong> mais é que a igual<strong>da</strong><strong>de</strong> consigo mesma que a si mesma se move ... anegativi<strong>da</strong><strong>de</strong> reduzi<strong>da</strong> à sua simples abstração, o simples <strong>de</strong>vir ... Tratase,pois, <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sconhecimento <strong>da</strong> Razão quando a reflexão é excluí<strong>da</strong> dover<strong>da</strong><strong>de</strong>iro e não é apreendi<strong>da</strong> como momento positivo do Absoluto. É ela(a reflexão) que faz com que o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro seja um resultado, mas, aomesmo tempo, suprime essa oposição (como resultado) ao seu <strong>de</strong>vir, poisesse <strong>de</strong>vir é igualmente simples e não é diferente <strong>da</strong> forma do ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iroque consiste em mostrar-se simples no resultado ... Se o embrião é, semdúvi<strong>da</strong>, homem em si, no entanto, ele não o é para si. O homem é para sitão-somente como razão forma<strong>da</strong>, que a si mesma se fez o que já é em si...(HEGEL, 1991: p. 200)Hegel toma <strong>de</strong> empréstimo o pensamento teleológico <strong>de</strong> Aristótelespara explicar que a razão é o agir <strong>de</strong> acordo com um fim. O fim é algo <strong>de</strong>imediato, posto que está em repouso, mas é ao mesmo tempo motor e,portanto, sujeito. O fim é igual ao começo <strong>da</strong> mesma forma que o ato é aomesmo tempo potência, que o efetivo imediato é ao mesmo tempoconceito, riqueza <strong>de</strong> <strong>de</strong>termini<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Por isso o começo supõe o seu fimcomo o em si supõe o para si, e move-se para ele através <strong>da</strong> pura e__185__

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