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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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não-existente como efetiva, ao passo que a única reali<strong>da</strong><strong>de</strong> efetiva é aquelaa ser transforma<strong>da</strong>.Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> dialética, ao contrário <strong>da</strong> Metafísica acima<strong>de</strong>scrita, “na medi<strong>da</strong> em que, pela ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do conceito objetivo, areali<strong>da</strong><strong>de</strong> efetiva exterior é mu<strong>da</strong><strong>da</strong> e a sua <strong>de</strong>terminação é, assim,supera<strong>da</strong>, é-lhe precisamente por esse fato tira<strong>da</strong> a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> meramenteaparente, a <strong>de</strong>termini<strong>da</strong><strong>de</strong> exterior e a nuli<strong>da</strong><strong>de</strong> ...” (HEGEL APUD LÊNIN,1989: p. 196).Aqui é possível perceber em Hegel o florescimento <strong>de</strong> ummaterialismo velado, expresso na concepção <strong>da</strong> prática social (o ‘Bem’)como o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro critério <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>. Dito por ele próprio:No resultado a mediação supera-se a si própria, é uma imediati<strong>da</strong><strong>de</strong> quenão é o restabelecimento <strong>da</strong> pressuposição, mas antes o ser-superado<strong>de</strong>la. A idéia do conceito <strong>de</strong>terminado em e para si está, com isso, posta,não apenas meramente no sujeito ativo, mas ... como uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>efetiva imediata, e, inversamente, esta, tal como é no conhecer, está posta<strong>de</strong> maneira a que seja objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> que é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente. (HEGEL APUDLÊNIN, 1989: p. 197)A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> prática é, portanto, a pura negativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois trata-se <strong>de</strong>algo ao mesmo tempo real e irreal. A contradição só <strong>de</strong>saparece quando aprática supera a subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do fim, e, com ela, to<strong>da</strong> a oposição entresubjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nesta oposição, ambas são finitas. Vistas emsua uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, são infinitas.Portanto, conforme assinala LÊNIN em comentário às afirmaçõesacima <strong>de</strong> Hegel, a Idéia Absoluta não é mais que a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Idéiateórica com a Idéia prática, uni<strong>da</strong><strong>de</strong> que se estabelece “precisamente naTeoria do Conhecimento” (1989: p. 197). A Teoria do Conhecimento éportanto a própria Prática Social vista como conjunto e como processo,isto é, em sua uni<strong>da</strong><strong>de</strong> plena.Concebendo a Prática Social <strong>de</strong>sta forma, como a própriaracionali<strong>da</strong><strong>de</strong> em seu conjunto, o materialismo mo<strong>de</strong>rno põe fim àfilosofia em seu tradicional sentido especulativo. Vista <strong>de</strong>ssa perspectiva,a Filosofia é <strong>de</strong>saloja<strong>da</strong> <strong>da</strong> Ciência pela mo<strong>de</strong>rna dialética. Já HEGELdizia: “Trabalhar no sentido <strong>de</strong> que a Filosofia se aproxime <strong>da</strong> forma <strong>da</strong>__208__

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