12.07.2015 Views

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

constrói a partir do Logos (Razão). Mas, ao contrário <strong>de</strong> Parmêni<strong>de</strong>s, oLogos <strong>de</strong> Heráclito <strong>de</strong>ve assumir a contradição, não expurgá-la.A última <strong>da</strong>s escolas pré-socráticas é a atomista, que continua sobmuitos aspectos (em particular sob o <strong>da</strong> a<strong>de</strong>rência ao sensível) aselaborações dos jônios, chegando muitos a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r que Empédocles eAnaxágoras são na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> filósofos atomistas.Os principais filósofos atomistas, Leucipo <strong>de</strong> Mileto (V a.c.) eDemócrito <strong>de</strong> Ab<strong>de</strong>ra (V a IV a.c.), acreditavam, <strong>da</strong> mesma forma queAnaxágoras e ao contrário <strong>de</strong> Pitágoras, em um universo contínuo. Osatomistas reformaram a concepção pitagórica <strong>de</strong> espaço afirmando aexistência do não-ser, um vazio contínuo no qual se moveriam os átomos(a = sem; tomos = pe<strong>da</strong>ços), pequenas partículas <strong>de</strong>scontínuas,homogêneas, infinitas e plenas (não-vazias). A physis era com issoconcebi<strong>da</strong> como o átomo.A mo<strong>de</strong>rna noção <strong>de</strong> átomo guar<strong>da</strong> em relação à antiga umadiferença essencial. Enquanto que esta última engendra uma visãodiscretizante <strong>da</strong> matéria, aquela concebe o átomo apenas como “pontono<strong>da</strong>l”, patamar qualitativo <strong>da</strong> matéria, o qual supera partículas menorese é superado pela molécula (outro ponto no<strong>da</strong>l).Contemporâneos dos últimos pré-socráticos, os sofistas inauguramcom suas especulações o chamado “período socrático”, expressãoespiritual <strong>da</strong> crise <strong>da</strong> Pólis. A sofística substitui as consi<strong>de</strong>raçõescosmológicas dos pré-socráticos por reflexões antropológicas <strong>de</strong> cunhocético e relativista.LARA (1989: p. 69) <strong>de</strong>senvolve a hipótese segundo a qualEmpédocles, Anaxágoras e os atomistas buscavam na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> conciliarHeráclito e os milesianos com os eleáticos, pois a contradição entre ambosabria brechas no racionalismo, brechas introduzi<strong>da</strong>s pelo relativismosofístico.Com o advento <strong>da</strong> problemática antropológica através dos sofistas, aGnoseologia surge mais bem <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>. Ela já era sugeri<strong>da</strong> pelo conflitoentre jônios e eleáticos. Porém, não há como negar que o objeto preferidodos pré-socráticos é a Ontologia, não a Gnoseologia. A sofística, por outro__136__

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!