fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
macaco, uma dimensão linear <strong>de</strong> exploração para um revisor ou um blocobidimensional para um tipógrafo.De nossa parte, acreditamos que a informação respon<strong>de</strong> por umatributo essencial <strong>da</strong> matéria: a <strong>de</strong> ser organiza<strong>da</strong>, <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>. Po<strong>de</strong>riaa matéria existir sem organização? Ou apenas nossa percepção <strong>de</strong>la é quenão existiria? Acreditamos que, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, a organização <strong>da</strong> matéria nãoé, <strong>de</strong> fato, um atributo meramente material, mas expressão <strong>de</strong> relações<strong>da</strong> matéria no domínio do pensamento.Opinião semelhante é sustenta<strong>da</strong> por ZEMAN (1970: p 156). Paraele, há no domínio <strong>da</strong> matéria o organizado (a matéria como resultado) e oorganizante (a matéria como processo). Nessa perspectiva, informação éuma forma fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> existência <strong>da</strong> matéria, sua proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>organizar, conservar a organização e <strong>de</strong>senvolvê-la.Para ZEMAN, “o mecanicismo que reduzisse a informação à suamatéria, sem ver sua particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>, o i<strong>de</strong>alismo subjetivo queconsi<strong>de</strong>rasse a informação apenas enquanto simples forma ... e oi<strong>de</strong>alismo objetivo que visse na informação um princípio particularin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> matéria representariam todos concepções unilaterais <strong>da</strong>questão” (1970: p. 158).Zeman parece galvanizar, com isso, uma visão bastante pon<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>.Mas são notáveis em sua argumentação por vezes certos escorregões nomaterialismo vulgar. Quando afirma, por exemplo, que a informação écomo que uma “dimensão” <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma “substância” comum a to<strong>da</strong>sas formas, i<strong>de</strong>ntificando-a a conceitos como massa e energia, Zemanacaba atribuindo status puramente ontológico ao conceito <strong>de</strong> informação.Com isso, escorrega na “casca <strong>de</strong> banana” do realismo ingênuo: a velhanoção <strong>de</strong> uma “substância material” à parte do pensamento.Mas paremos por aqui, posto que a exposição acima já é suficientepara os objetivos propostos. Reservemos para adiante a intervenção <strong>da</strong>tradição filosófica a respeito do tema <strong>da</strong> objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.__77__