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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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A medida que os nossos processos de investigação se ampliam, a natureza recua os limites<strong>do</strong> seu império. Ao passo que os mais poderosos telescópios não revelavam , num canto <strong>do</strong> céu,mais que 625 estrelas, a fotografia tornou conhecidas 1.421. Assim, pois, em parte alguma o vácuo,por toda parte e sempre as criações a se des<strong>do</strong>brarem em número indefini<strong>do</strong>! As insondáveisprofundezas da amplidão fatigam, pela sua imens idade, as imaginações mais ardentes. Pobres sereschumba<strong>do</strong>s num imperceptível átomo, não podemos elevar -nos a tão sublimes realidades.O tempoAos mesmos resulta<strong>do</strong>s chegamos, quan<strong>do</strong> queremos avaliar o tempo. Os perío<strong>do</strong>s cósmicosnos esmagam com um formidável amontoa<strong>do</strong> de séculos. Ouçamos mais uma vez o nosso instrutorespiritual.O tempo, como o espaço, é uma palavra que se define a si mesma. Mais exata idéia dele sefaz, estabelecen<strong>do</strong>-se a relação que guarda com o to<strong>do</strong> infinito.O tempo é a sucessão das coisas. Está liga<strong>do</strong> à eternidade, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> por que essascoisas se acham ligadas ao infinito. Suponhamo -nos na origem <strong>do</strong> nosso mun<strong>do</strong>, naquela épocaprimitiva em que a Terra ainda não se balouçava sob a impulsão divina. Numa palavra: no começoda gênese.Ai, o tempo ainda não saiu <strong>do</strong> misterioso berço da Natureza e ninguém pode dizer em queépoca de séculos está, pois que o balancim <strong>do</strong>s séculos ainda não foi posto em movimento.Mas, silêncio! a primeira hora de uma Terra isolada soa no relógio eterno, o planeta se moveno espaço e, desde então, há tarde e manhã. Fora da Terra, a eternidade permanece impassível eimóvel, se bem o tempo avance para muitos outros mun<strong>do</strong>s. Na Terra, o tempo a substitui e, duranteuma série determinada de g<strong>era</strong>ções, contar -se-ão os anos e os séculos.Transportemo-nos agora ao último dia deste mun<strong>do</strong>, à hora em que, curva<strong>do</strong> sob o peso davetustez, a Terra se apagará <strong>do</strong> livro da vida, para ai não mais reaparecer. Nesse ponto, a sucessão<strong>do</strong>s eventos se detém, interrompem -se os movimentos terrestres que mediam o tempo e este findacom eles.Quantos mun<strong>do</strong>s na vasta amplidão, tantos tempos diversos e incompatíveis. Fora <strong>do</strong>smun<strong>do</strong>s, só a eternidade substitui essas efêm<strong>era</strong>s sucessões e enche, serenamente, da sua luz imóvel,a imensidade <strong>do</strong>s céus. Imensidade sem limites e eternidade sem limites, tais as duas grandespropriedades da natureza universal.Agem concordes, cada uma na sua senda, para adquirirem esta dupla noção <strong>do</strong> infinito:extensão e duração, assim o olhar <strong>do</strong> observa<strong>do</strong>r, quan<strong>do</strong> a travessa, sem nunca ter de parar, asincomensuráveis distâncias <strong>do</strong> espaço, como o <strong>do</strong> geólogo, que remonta até muito além <strong>do</strong>s limitesdas idades, ou que desce às profundezas da eternidade onde eles um dia se perderão.Também estes ensinamentos a Ciência os confirma. Malgra<strong>do</strong> à dificuldade <strong>do</strong> problema, osfísicos, os geólogos hão tenta<strong>do</strong> avaliar os inumeráveis perío<strong>do</strong>s de séculos decorri<strong>do</strong>s desde aformação da nossa Terra e as mais fracas avaliações mostram quão infantis <strong>era</strong>m os seis mil anos daBíblia.Segun<strong>do</strong> Sir Charles Lyell, que empregou os méto<strong>do</strong>s usa<strong>do</strong>s em Geologia – méto<strong>do</strong>s queconsistem em avaliar-se a idade de um terreno pela espessura da câmara sedimentada e a rapidezprovável da sua erosão –, ao cabo de numerosas observações feitas em to<strong>do</strong>s os pont os <strong>do</strong> globo,mais de trezentos milhões de anos transcorr<strong>era</strong>m depois da solidificação das camadas superficiais<strong>do</strong> nosso esferóide.As experiências <strong>do</strong> professor Bischoff sobre o resfriamento <strong>do</strong> basalto, diz Tyndall (174),parecem provar que, para se resfriar de 2.000 graus a 200 graus centígra<strong>do</strong>s, precisou o nosso globode 350 milhões de anos. Quanto à extensão <strong>do</strong> tempo que levou a condensação por que teve depassar a nebulosa primitiva para chegar a constituir o nosso sistema planetário, essa escapainteiramente à nossa imaginação e às nossas conjeturas (175). A história <strong>do</strong> homem não passa deimperceptível ondulação na superfície <strong>do</strong> imenso oceano <strong>do</strong> tempo.Entremos agora no estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> nosso planeta e vejamos quais os ensinos <strong>do</strong>s Espíritos sobre amatéria e a força.101

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