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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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assim. Pesan<strong>do</strong>-se um pedaço de ferro em Paris, se seu peso for igual a <strong>do</strong>is quilogramas, quer issodizer que a força de atração, nessa cidade, é, para aquele corpo, igual a 2 quilogramas. Setransportarmos esse ferro para o equa<strong>do</strong>r, ele pes ará menos 5 gramas e 70 centigramas e no pólomais 5 gramas e 70 centigramas. Que foi o que se deu?Evidentemente, a massa <strong>do</strong> corpo consid<strong>era</strong><strong>do</strong> não mu<strong>do</strong>u durante a viagem; mas, como aTerra, no equa<strong>do</strong>r, é mais volumosa, estan<strong>do</strong> aquele pedaço de ferro mais afasta<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu centro, aatração é menos forte, sen<strong>do</strong> de 5,70g a diminuição por ela sofrida. No pólo, produziu -se a açãooposta, por isso que a Terra aí é achatada, de sorte que a gravitação aumentou de 5 gramas e 70centigramas.Logo, em g<strong>era</strong>l, um corpo varia de gravidade conforme seja maior ou menor a sua distânciaao centro da Terra. A gravidade é uma propriedade secundária, não ligada intimamente àsubstância. Bem compreendi<strong>do</strong> isto, mais fácil se torna conceber -se como a matéria pode vir a serimponderável. Bastar-lhe-á desenvolver uma força suficiente a contrabalançar a atração terrestre.Ora, notou-se, precisamente, que os corpos que giram em torno de um centro, como a Terrasobre si mesma, desenvolvem uma força a que foi da<strong>do</strong> o nome de força centrífu ga. Porque essaforça tem por efeito diminuir a gravidade, em mecânica se define o peso de um corpo como sen<strong>do</strong> –a resultante da atração <strong>do</strong> centro terrestre, diminuída da ação que a força centrífuga exerce. Ela nopólo é nula e máxima no equa<strong>do</strong>r. Calculou -se que, se a Terra girasse 17 vezes mais depressa, istoé, se fizesse a sua rotação em 1 hora e 24 minutos, a força centrífuga se tornaria grande bastantepara destruir a ação da gravidade, de mo<strong>do</strong> que um corpo coloca<strong>do</strong> no equa<strong>do</strong>r deixaria de pesar.Apliquemos estes conhecimentos mecânicos às moléculas materiais que, como se sabe, sãoanimadas de um movimento duplo, de oscilação e de rotação, e possível nos será imaginar, paracada uma delas, um movimento de rotação bastante rápi<strong>do</strong> para que a força centrífu ga desenvolvidaanule a de gravitação. Nesse momento, a matéria se torna imponderável. Esta, hipótese se ajustabem aos fatos, pois que, à medida que a matéria se rarefaz, aumentam de rapidez os seusmovimentos moleculares, como temos comprova<strong>do</strong> relativame nte aos gases. A grande lei decontinuidade nos leva a supor que o esta<strong>do</strong> gasoso não é o limite último que se possa atingir; amatéria fluídica é aquela em a qual, acentuan<strong>do</strong> -se o movimento molecular gasoso, a rarefaçãotambém se acentua e, com o desenvolv er a rotação das moléculas crescente força centrífuga, amatéria passa ao esta<strong>do</strong> de invisível e imponderável.Em seu discurso sobre a gênese <strong>do</strong>s elementos, Crookes foi conduzi<strong>do</strong> a levantar a questãode saber se não existem elementos de pesos atômicos menor es <strong>do</strong> que zero, isto é, que não pesam.Lembra ele que, em nome da teoria, o Dr. Carnelay reclamou esse elemento, essa não -substancialidade. Cita igualmente a opinião de Helmholtz, segun<strong>do</strong> quem, a eletricidade é,provavelmente, atômica, como a matéria. Isto posto, ele pergunta se a eletricidade não será umelemento negativo e se o éter luminoso também não o será. Declara: não é impossível conceber -seuma substância de peso negativo. Antes dele, o Sr. Airy, na sua Vida de Faraday, escrev<strong>era</strong>: Possofacilmente conceber que em torno de nós abundem corpos não submeti<strong>do</strong>s a essa ação intermútua e,por conseguinte, não sujeitos à lei de gravitação.Aí chega<strong>do</strong>, podemos perguntar se a matéria primitiva é rigorosamente imponderável, isto é,absolutamente livre de toda e qualquer ação da gravitação.Sabemos, evidentemente, que os movimentos da matéria primitiva, conheci<strong>do</strong>s sob osnomes de luz, calor, eletricidade, etc., nenhuma ação exercem sobre a mais sensível balança; nãohaverá, porém, apesar de tu<strong>do</strong>, uma atração que retenha essas forças da matéria em torno da Terra,de maneira a constituir para esta um envoltório permanente? Cremos que tal é a realidade e vamosdizer em que nos baseamos para emitir essa hipótese.Examinan<strong>do</strong> o nosso sistema solar, a Astronomia nos ensi na que, primitivamente, o Sol eto<strong>do</strong>s os planetas formavam uma imensa nebulosa de matéria difusa, tal qual outras que aindavemos no espaço. Antes que se houvesse op<strong>era</strong><strong>do</strong> a condensação dessa matéria em focos distintos,qual poderia ser a sua densidade? Cam ille Flammarion responde com exatidão (190)Suponhamos, diz o grande escritor, toda a matéria <strong>do</strong> Sol, <strong>do</strong>s planetas e de seus satélitesuniformemente repartida no espaço esférico que a órbita de Netuno abrange; daí resultaria umanebulosa gasosa, homogênea, cuja densidade é fácil de calcular-se.115

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