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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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A 21 de maio de 1866, dia de Pentecostes, Sofia, que morava ma Viena, depois de umpasseio pelo Prater, foi tomada de violenta <strong>do</strong>r de cabeça que a obrigou a deitar -se, por volta dastrês horas da tarde. Sentin<strong>do</strong>-se em boas disposições para se des<strong>do</strong>brar, transportou -se rápi<strong>do</strong> empensamento a Mcedling, à casa <strong>do</strong> Sr. Stratil, sogro de seu irmão Antônio. Viu, no gabinete <strong>do</strong> ar.Stratil, um moço, o Sr. Gustavo B..., A quem estimava muito e desejava dar uma prova daindependência da alma com relação ao corpo. Dirigiu -se ao rapaz em tom jovial e carinhoso, mas,de repente, calou-se, chamada a Viena por um grito que partira <strong>do</strong> quarto vizinho ao seu, onde<strong>do</strong>rmiam seus sobrinhos e sobrinhas. A palestra de Sofia com o Sr. B... Apr esentava os caracteresde uma mensagem espírita dada a um médium.Queren<strong>do</strong> certificar-se com relação à personalidade que se manifestara, o Sr. Stratil escreveuà sua filha, que se achava em Viena, em companhia da família da Srta. Sofia, fazen<strong>do</strong> -lhe estasperguntas: como passara Sofia o 21 de maio? Que fiz<strong>era</strong>? Não estiv<strong>era</strong> a <strong>do</strong>rmir, naquele dia, entretrês e quatro horas? No caso afirmativo, que sonho tiv<strong>era</strong>?Interrogada, a Srta. Sofia falou, com efeito, de um des<strong>do</strong>bramento seu, enquanto <strong>do</strong>rmia;mas, a brusca chamada de seu espírito ao corpo lhe fiz<strong>era</strong> esquecer a maior parte da conversa emque se empenhara. Entretanto, lembrava -se de ter conversa<strong>do</strong> com <strong>do</strong>is senhores e de haver, emcerto momento, experimenta<strong>do</strong> desagradável sensação, proveniente de um dissídio Com os seusinterlocutores. Responden<strong>do</strong> a esses pormenores, o Sr. Stratil expediu para Viena, a seu genro, umacarta lacrada, Com o pedi<strong>do</strong> de não falar dela a Sofia, enquanto esta não recebesse uma <strong>do</strong> Sr. B...Passa<strong>do</strong>s alguns dias, a tal carta se achava co mpletamente esquecida, em meio das preocupaçõesCotidianas.A 30 de maio, recebeu Sofia, pelo correio, uma carta galante <strong>do</strong> Sr. B..., com um retrato seu.Dizia assim:Senhora,Aqui me tem. Reconhece-me? Se assim for, peço me designe um lugar modesto, seja norebor<strong>do</strong> <strong>do</strong> teto, seja na abóbada. Muito grato lhe ficaria se não me suspendesse, caso fossepossível. Mais val<strong>era</strong> que me relegasse para um álbum, ou para o seu livro de missa, onde eufacilmente poderia passar por um santo cujo aniversário se festejasse a 28 de dezembro (dia <strong>do</strong>sInocentes). Se, porém, não me reconhece, nenhum valor poderá dar ao meu retrato e, nesse caso, eumuito lhe agradeceria que mo devolvesse.Queira aceitar, etc.(Assina<strong>do</strong>) : N. N.Os termos e a fraseologia <strong>era</strong>m familiares à moça. Pareciam-lhe seus. Ela, entretanto, apenasvaga lembrança deles guardava. Como falasse <strong>do</strong> fato a seu irmão Antônio, abriram a carta <strong>do</strong> Sr.Stratil. Continha o texto de uma conversa psicografia com invisível personagem, numa sessão emque as perguntas <strong>era</strong>m formuladas pelo próprio Sr. Stratil, servin<strong>do</strong> de médium o Sr. B...Segun<strong>do</strong> esse <strong>do</strong>cumento, o Espírito de Sofia diz que seu corpo se acha em profun<strong>do</strong> sono,que ela dita a carta que o Sr. B... Enviou -lhe e que ouve, como se estivesse sonhan<strong>do</strong>, as crianças agritar. Termina com estas palavras: Adeus... são quatro horas.À medida que lia o referi<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, cada vez mais precisas se iam tornan<strong>do</strong> aslembranças de Sofia que, de quan<strong>do</strong> em quan<strong>do</strong>, exclamava: Oh! sim; é bem isso. Concluída aleitura, ela, na posse plena da sua memória, se recordava de to<strong>do</strong>s os pormenores que olvidara aodespertar. Antônio notou que a caligrafia <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento se assemelhava muito à de Sofia nos seusdeveres em francês, mostran<strong>do</strong>-se ela <strong>do</strong> mesmo parecer.Nesta observação se nos deparam to<strong>do</strong>s os caracteres necessários a estabelecer a identidade<strong>do</strong> ser que se manifestara. Nada falta. Aquela carta ditada pelo Espírito de Sofia, numa escapadaperispirítica, com o pedi<strong>do</strong> da fotografia, lhe desperta as lembranças e, até mesmo a grafia, tu<strong>do</strong>confirma ter si<strong>do</strong>Ela quem se manifestou. Há, pois, a mais completa semelhança a maior analogia entre essacomunicação dada pelo espírito de nana pessoa viva e as que to<strong>do</strong>s os dias recebemos <strong>do</strong>s Espíritosque já viv<strong>era</strong>m na Terra.Deve ler também, na obra <strong>do</strong> sábio russo, os relatos da Sra. Adelina Von Vay, <strong>do</strong> Sr.Thomas Everitt, da Sra Florence, da Srta. Blackwell, <strong>do</strong> Juiz Edmonds, quem deseje verificar que a71

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