12.07.2015 Views

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Sen<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> relativo, esses flui<strong>do</strong>s têm para os Espí ritos uma aparência tão material, como a<strong>do</strong>s objetos tangíveis para os encarna<strong>do</strong>s e são para eles o que são para nós as substâncias <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzir determina<strong>do</strong>s efeitos, como fazem os homenscom os seus materiais, se bem que por processos diferentes.Lá, entretanto, como neste mun<strong>do</strong>, só aos Espíritos mais esclareci<strong>do</strong>s é da<strong>do</strong> compreender opapel <strong>do</strong>s elementos constitutivos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> deles. Os ignorantes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> invisível são tãoincapazes de explicar os fenômenos que observam e para os quais concorrem, muitas vezesmaquinalmente, como o são os ignorantes da Terra para explicar os efeitos da luz ou da eletricidadee para dizer como os vêem e entendem.É admiravelmente justo o que se acaba de ler. Interrogai ao acas o dez pessoas que passempela rua, perguntan<strong>do</strong>-lhes quais são as op<strong>era</strong>ções sucessivas da digestão ou da respiração e ficaicertos de que nove delas não saberão responder -vos. No entanto, em nossa época, a instrução já seacha bastante disseminada. Mas, quã o poucos se dão ao trabalho de aprender ou de refletir!Os elementos fluídicos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> espiritual fogem aos nossos instrumentos de análise e àpercepção <strong>do</strong>s nossos senti<strong>do</strong>s, feitos que estes são para a matéria tangível e não para a etérea.Alguns há peculiares a um meio tão diferente <strong>do</strong> nosso, que não podemos fazer deles idéia, senãomediante comparações tão imperfeitas como aquelas pelas quais um cego de nascença procura fazeridéia da teoria das cores.Mas, dentre esses flui<strong>do</strong>s, alguns se acham intimamen te liga<strong>do</strong>s à vida corpórea e pertencemde certo mo<strong>do</strong> ao meio terrestre. Em falta de percepção direta, podem observar -se-lhes os efeitos eadquirir, sobre a natureza deles, conhecimentos de certa exatidão. É essencial esse estu<strong>do</strong>,porquanto constitui a chave de uma multidão de fenômenos que só com as leis da matéria se nãoexplicam.No seu ponto de partida, o flui<strong>do</strong> universal se acha em grau de pureza absoluta, da qual nadanos pode dar idéia. O ponto oposto é o da sua transformação em matéria tangível. Entr e esses <strong>do</strong>isextremos, há inúm<strong>era</strong>s transformações, mais ou menos aproximadas de um ou de outro. Os flui<strong>do</strong>smais próximos da materialidade, os menos puros conseguintemente, compõem o que se poderiachamar a atmosf<strong>era</strong> espiritual da Terra. E desse meio, no qu al também diferentes graus de purezaexistem, que os Espíritos encarna<strong>do</strong>s ou desencarna<strong>do</strong>s extraem os elementos necessários àeconomia de suas existências. Por muito sutis e impalpáveis que sejam para nós, não deixam essesflui<strong>do</strong>s de ser de natureza grosse ira, comparativamente aos flui<strong>do</strong>s etéreos das regiões superiores.Não é rigorosamente exata a qualificação de flui<strong>do</strong>s espirituais, porquanto, em definitivo,eles são sempre matéria mais ou menos quintessenciada. De realmente espiritual, há só a alma ouprincipio inteligente. Eles são qualifica<strong>do</strong>s de espirituais, em comparação e, sobretu<strong>do</strong>, em razão daafinidade que guardam com os Espíritos. Pode dizer -se que são a matéria <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> espiritual. Daio serem denomina<strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s espirituais.Quem, ao demais, conhece a constituição intima da matéria tangível? Ela possivelmente só écompacta com relação aos nossos Senti<strong>do</strong>s. Prova -lo-ia a facilidade com que a atravessam osflui<strong>do</strong>s espirituais (184) e os Espíritos, aos quais ela não opõe obstáculo maior, <strong>do</strong> que o que à luzoferecem os corpos transparentes. Ten<strong>do</strong> por elemento primitivo o flui<strong>do</strong> cósmico etéreo, há de amatéria tangível ter a possibilidade de voltar, desagregan<strong>do</strong> -se, ao esta<strong>do</strong> de eterização, como odiamante, que é o mais duro <strong>do</strong>s corpos, pode volatilizar -se em gás impalpável. A solidificação damatéria mais não é, em realidade, <strong>do</strong> que um esta<strong>do</strong> transitório <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> universal, que pode volv<strong>era</strong>o seu esta<strong>do</strong> primitivo, quan<strong>do</strong> deixam de existir as condições de coesão.Quem sabe mesmo se, no esta<strong>do</strong> de tangibi lidade, a matéria não é suscetível de adquirir umaespécie de eterização, que lhe dê propriedades particulares? Certos fenômenos, que parecemautênticos, tenderiam a fazê-lo supor. Ainda não possuímos senão as balizas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> invisível e ofuturo sem dúvida nos reservam o conhecimento de novas leis que permitirão se conheça o que paranós continua a ser mistério.Vejamos agora, por meio das modernas descobertas, se são exatas estas concepções.108

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!