12.07.2015 Views

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Alucinação auditiva, dirá o <strong>do</strong>utor moderno que ler esta narrativa, alu cinação provocada,provavelmente, por auto-sugestão, ou por uma sugestão inconsciente <strong>do</strong> Dr. Billot. Mas, semelhanteexplicação se tornará inadmissível, desde que se prove que o ser invisível exerce uma ação físicasobre o sonâmbulo, sem que este haja pens a<strong>do</strong> no que vai acontecer e que o fato, da primeira vez,ocorra na ausência <strong>do</strong> <strong>do</strong>utor.Com efeito, esses guias espirituais podem atuar sobre o corpo <strong>do</strong>s pacientes, pois o <strong>do</strong>utorfoi testemunha de uma sangria que por si mesma cessara, logo que o sangue saíra em quantidadesuficiente, sem que, em seguida, houvesse necessidade de fazer -se qualquer ligadura. (46)Nota-se a cada instante, nas cartas desse sábio, que ele, durante muitos anos, assistiu avisões de Espíritos, cuida<strong>do</strong>samente descritos pelos sonâmbulo s. Com um senso crítico notável,Billot submeteu seus pacientes a numerosas experiências e só se pronunciou categoricamente,depois de haver estuda<strong>do</strong> por longo tempo. Não se trata de um crente que aceita às cegas todas as<strong>do</strong>utrinas. Ele raciocina friamente e só à evidência se rende. Não lhe falta bom senso para nãoatribuir a causas sobrenaturais a ação <strong>do</strong> Espírito sobre a matéria, no que apenas vê o efeito de leisainda ignoradas, mas que um dia serão descobertas:Quanto às op<strong>era</strong>ções <strong>do</strong>s Espíritos sobre o corpo, se algumas há que se podem qualificar deprodigiosas, nem por isso são contrárias a Natureza. Ora, haven<strong>do</strong> ainda muitas coisas ocultas naNatureza, pão é de espantar sejam ti<strong>do</strong>s por sobrenaturais certos fenômenos que, todavia, seincluem na ordem das coisas criadas. E, se algumas leis da Natureza ainda se nos conservamocultas, é porque o homem ainda não foi estuda<strong>do</strong> como o deve ser, isto é, em todas as suasrelações com a Criação.(47)Nessa correspondência, é digno de observar -se o caráter particular de cada um <strong>do</strong>sconten<strong>do</strong>res: Deleuze, frio e desconfia<strong>do</strong>, com dificuldade se rende às prementes objurgações <strong>do</strong>solitário, conforme Billot se intitula. Entretanto, ele concorda, afinal, em que pôde observarpacientes que se achavam em comunicação com as al mas <strong>do</strong>s mortos.O magnetismo, diz, demonstra a espiritualidade da alma e a sua imortalidade; ele prova apossibilidade da comunicação das Inteligências separadas da matéria com as que lhe estão aindaligadas;E nunca, porém, me apresentou fenômenos que me convencessem de que essa possibilidadese efetiva com freqüência. (48)Um pouco adiante, torna-se mais afirmativo e escreve ao Dr. Billot:O único fenômeno que parece estabelecer a comunicação com as Inteligências imateriais sãoas aparições, das quais há muitos exemplos. Como estou convenci<strong>do</strong> da imortalidade da alma, nãovejo razão para negar a possibilidade da aparição das pessoas que, ten<strong>do</strong> deixa<strong>do</strong> esta vida, sepreocupem com os que lhe foram caros e venha apresentar -se-lhes para lhes darem salutaresconselhos. Acabo de colher um exemplo. Ei -lo.Uma moça sonâmbula, que perd<strong>era</strong> o pai, por duas vezes o viu muito distintamente. Vi<strong>era</strong>dar-lhe conselhos importantes. Depois de lhe elogiar o proceder, anunciou -lhe que um parti<strong>do</strong> se lheia apresentar; que esse parti<strong>do</strong> pareceria convir e que o rapaz não lhe desagradaria; mas, que ela nãoseria feliz desposan<strong>do</strong>-o, que, portanto, o recusasse. Acrescentou que, se ela não aceitasse esseparti<strong>do</strong>, outro logo depois apareceria, deven<strong>do</strong> achar -se tu<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> antes <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> ano. Estavaseno mês de outubro.O primeiro rapaz foi proposto à mãe da moça; esta, porém, impressionada com o que o pailhe diss<strong>era</strong>, o recusou.Um segun<strong>do</strong> jovem, que acabava de chegar da província, foi apresenta<strong>do</strong> por amigos; pediua <strong>do</strong>nzela em casamento, realizan<strong>do</strong>-se este a 30 de dezembro.Não preten<strong>do</strong> dar este fato como prova sem réplica da realidade das aparições; mas, quan<strong>do</strong>nada, ele a torna tanto mais verossímil, quanto se sabe que há outros fatos <strong>do</strong> mesmo gênero.A fim de levar seu amigo a uma crença completa, decide-se Billot a lhe narrar os fenômenosde trazimentos de que fora testemunha. Aqui, não se pode duvidar de que uma inteligência estranhaaos assistentes esteja em comunicação com a sonâmbula, pois que fica sempre uma prova tangíveldessa ação supraterrestre.Eis como nosso <strong>do</strong>utor relata o fenômeno:20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!