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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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grande braço de homem, nu até a espádua e a agi tar os de<strong>do</strong>s. Katie voltou-se e repreendeu ointruso, dizen<strong>do</strong> que <strong>era</strong> muito malfeito vir outro Espírito perturbar tu<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> ela se preparavapara lhe tirarem o retrato, e ordenou -lhe que sem demora se retirasse. No dia da sessão, declarouKatie que suas forças desfaleciam, que ela estava a pique de dissolver -se. Com efeito, suas forçashaviam diminuí<strong>do</strong> tanto, que, à luz que penetrava no gabinete para onde se retirara, ela pareceuesvair-se. To<strong>do</strong>s então a viram achatar-se, destituída totalmente de corpo e com o pescoço a tocar ochão. A médium se conservava ligada como no começo.Chamamos muito particularmente a atenção <strong>do</strong> leitor para este último pormenor, que mostra,a toda evidência, que a aparição não é um manequim prepara<strong>do</strong>, nem o médium com um disfarc e.Sobre esse ponto, outro testemunho probante é o da Sra. Florente Marryat. (161)Perguntaram um dia a Katie King por que não podia mostrar -se sob uma luz mais forte. (Elasó permitia aceso um bico de gás e esse mesmo com a chapa muito baixa.) A pergunta pareceuirritá-la enormemente. Respondeu assim: Já vos tenho declara<strong>do</strong> muitas vezes que não me épossível suportar a claridade de uma luz intensa. Não sei por que me é isso impossível; entretanto,se duvidais de minhas palavras, acendei todas as luzes e ve reis o que acontecerá. Previno-vos,porém, de que se me submeterdes a essa prova, não mais poderei reaparecer diante de vós. Escolhei.As pessoas presentes se consultaram entre si e decidiram tentar a experiência, a fim deverem o que sucederia. Queríamos tirar definitivamente a limpo a questão de saber se umailuminação mais forte embaraçaria o fenômeno de materialização. Katie teve aviso da nossa decisãoe consentiu na experiência. Soubemos mais tarde que lhe havíamos causa<strong>do</strong> grande sofrimento.O Espírito Katie se colocou de pé junto à parede e abriu os braços em cruz, aguardan<strong>do</strong> asua dissolução. Acend<strong>era</strong>m-se os três bicos de gás. (A sala media cerca de dezesseis pés quadra<strong>do</strong>s.)Foi extraordinário o efeito produzi<strong>do</strong> sobre Katie King, que apenas por um ins tante resistiu àclaridade. Vimo-la em seguida fundir-se, como uma boneca de c<strong>era</strong> junto de ardentes chamas.Primeiro, apagaram-se-lhe os traços fisionômicos, que não mais se distinguiam. Os olhosenterraram-se nas órbitas, o nariz desapareceu, a testa como que entrou pela cabeça. Depois, to<strong>do</strong>sos membros ced<strong>era</strong>m e o corpo inteiro se achatou, qual um edifício que desmorona. Nada maisrestava <strong>do</strong> que a cabeça sobre o tapete e, por fim, um pouco de pano branco, que tambémdesapareceu, como se o houvessem puxa<strong>do</strong> subitamente. Conservamo-nos alguns momentos com osolhos fitos no lugar onde Katie deixara de ser vista. Terminou assim aquela memorável sessão.Com o exercício, o Espírito adquirira maior força, pois que William Crookes pôde, a seguir,bater mais de quarenta chapas com auxílio da luz elétrica. Vimos acima que um Espírito tentaramaterializar-se ao mesmo tempo em que Katie. que, com efeito, este último não <strong>era</strong> o único Espíritoa mostrar-se. Eis aqui um novo testemunho da Sra. Marryat que, numa aparição que se lhe lançounos braços, reconheceu uma deformação característica que sua filha apresentava num <strong>do</strong>s lábios.Ouçamo-la.A sessão se realizou numa pequenina sala da associação, sem móveis, nem tapete. Apenastrês cadeiras de vime foram ali colocadas, para que pudéssemos estar senta<strong>do</strong>s. A um canto,dependurou-se um velho xale preto, para formar o necessário gabinete, em o qual foi posto umcoxim para servir de travesseiro à Srta. Cook.Esta, moreninha, delgada, de olhos pretos e cabelos anela<strong>do</strong>s, trazia um v esti<strong>do</strong> de merinócinzento, guarneci<strong>do</strong> de fitas cor de cereja. Informou -me, antes de começar a sessão, que, desdealgum tempo, se sentia enervada durante os transes e que lhe acontecia vir a<strong>do</strong>rmecida para a sala.Pediu-me então que a repreendesse, caso tal coisa ainda se desse, e que lhe ordenasse voltar para oseu lugar, como se fora uma criança. Prometi fazê -lo e logo a Srta. Cook se sentou no chão, por trás<strong>do</strong> xale preto que fazia de cortina. Víamos o seu vesti<strong>do</strong> cinzento, por isso que o xale não chegavaaté ao assoalho. Baixou-se a chama <strong>do</strong> gás e tomamos assento nas três cadeiras de vime.A médium, a principio, parecia não se sentir à vontade. Queixava -se de que a maltratavam.Decorri<strong>do</strong>s alguns instantes vimos o xale agitar -se e uma mão aparecer e desapar ecer, repetin<strong>do</strong>-seisso várias vezes. Apareceu depois uma forma a se arrastar com os joelhos, para passar por baixo <strong>do</strong>xale, acaban<strong>do</strong> por ficar de pé, perfeitamente ereta. A luz <strong>era</strong> insuficiente para se lhe reconheceremos traços fisionômicos. O Sr. Harris on perguntou se quem ali estava <strong>era</strong> a Sra. Stewart. O Espíritoabanou a cabeça, em sinal negativo. Quem poderá ser? Perguntei ao Sr. Harrison.88

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