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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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— Não me reconhece, minha mãe?Quis lançar-me em seus braços; ela, porém, me disse: Fique no seu lugar; irei lá t er.Momentos depois, Florence veio sentar -se nos meus joelhos. Tinha solta<strong>do</strong> os longos cabelos, nusos braços, assim como os pés. Suas vestes não apresentavam forma determinada. Dir -se-ia estarenvolta nalguns metros de musselina. Por exceção esse Espírito não trazia coifa, estava com acabeça descoberta.— Minha querida Florence, exclamei, és mesmo tu?— Aumentem a luz, respondeu ela, e olhem a minha boca.Vimos então, distintamente, num de seus lábios, a deformação com que nasc<strong>era</strong> e que osmédicos que a examinaram haviam declara<strong>do</strong> constituir um caso muito raro. Minha filha viveuapenas alguns dias. Na sessão em que se me apresentou parecia contar 17 anos.Diante dessa inegável prova de identidade, fiquei banhada em lágrimas, sem poder dizerpalavra.A Srta. Cook estava muito agitada por detrás <strong>do</strong> xale e logo, de súbito, correu para nós,exclaman<strong>do</strong>: E demasia<strong>do</strong>, já não posso mais.Vimo-la então fora <strong>do</strong> gabinete, ao mesmo tempo em que o Espírito de minha filha senta<strong>do</strong>no meu colo. Isso, porém, durou apenas um instante. A forma que eu abraçava se lançou para ogabinete e desapareceu. Lembrei -me então de que a Srta. Cook me pedira que a repreendesse, casoviesse andar pela sala. Repreendi -a, pois, sev<strong>era</strong>mente. Ela tornou ao seu lugar no gabinete e logo oEspírito voltou para junto de mim, dizen<strong>do</strong>: Não deixes que ela volte; causa -me um me<strong>do</strong> horrível.Retruquei-lhe: Mas, Florence, nós outros, mortais, neste mun<strong>do</strong>, temos me<strong>do</strong> das aparições etu, ao que parece, tens me<strong>do</strong> da tua médium!Tenho me<strong>do</strong> de que ela me faça partir, respondeu ela. A Srta. Cook, porém, não tornou a sair<strong>do</strong> gabinete e Florence esteve mais algum tempo conosco. Lançou -me os braços ao pescoço e mebeijou repetidas vezes. Nessa época, eu me achava muito atribulada. Disse -me Florence que, sepud<strong>era</strong> aparecer-me com a marca que me permitira reconhecê -la, fora para bem me convencer dasverdades <strong>do</strong> Espiritismo, no qual eu encontraria copiosas fontes de consolação.— Tu algumas vezes duvidas, minha mãe, disse ela, e supões que teus olhos e teus ouvi<strong>do</strong>ste enganam. Nunca mais deves duvidar e não creias que, como Espírito, eu me conservedesfigurada.Retomei hoje este defeito apenas para melhor te convencer. Lembra -te de que estou semprecontigo.Eu não conseguia falar, tão emocionada me sentia à idéia de qu e tinha em meus braços afilha que eu própria depositara num esquife, de que ela não estava morta, de que presentemente <strong>era</strong>uma mocinha. Fiquei muda, com os braços passa<strong>do</strong>s pela sua cintura, com o coração a bater deencontro ao seu. Em seguida, a força dim inuiu. Florence me deu um último beijo, deixan<strong>do</strong> -meestupefata e maravilhada com o que se passara.Acrescenta a Sra. Florence Marryat que tornou a ver aquele Espírito muitas vezes, em outrassessões e com diferentes médiuns, receben<strong>do</strong> dele ótimos conselhos .Facilmente se concebe que os incrédulos hajam nega<strong>do</strong> com obstinação tão extraordináriosfenômenos. Calorosas polêmicas se travaram, mesmo entre espíritas, e só as experiências e asafirmações de William Crookes pud<strong>era</strong>m confirmar a autenticidade absoluta de Katie King.Recomendamos ao leitor a obra desse sábio; todavia, precisamos assinalar, de mo<strong>do</strong> especial, queKatie é um ser em tu<strong>do</strong> semelhante, anatomicamente, a um ser vivo.As experiências de CrookesSão particularmente interessantes os trabalhos <strong>do</strong> grande sábio inglês, <strong>do</strong> ponto de vista emque nos colocamos (162), pelo que reproduziremos aqui uma pequena parte da sua narrativa, tãocompletamente probante ela é. Ele nos mostra um Espírito tão bem materializa<strong>do</strong>, que se nãopoderia distingui-lo de uma pessoa normal.Essa notável experiência estabelece, pertinentemente, que o perispírito reproduz não só oexterior de uma pessoa, mas também todas as partes internas <strong>do</strong> seu corpo.89

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