O caso <strong>do</strong> Sr. SteadO Borderland, de abril de 1876, pág. 175, traz um artigo de W. T. Stead sobre umafotografia <strong>do</strong> Espírito de um vivo. Eis o resumo <strong>do</strong> relata<strong>do</strong> ali:A Sra. A... é <strong>do</strong>tada da faculdade de se des<strong>do</strong>brar e de apresentar -se a grande distância, comto<strong>do</strong>s os atributos de sua personalidade. O Sr. Z... Lhe propôs fotografar -lhe o duplo e combinouque ela se fecharia no seu quarto, entre 10 e 11 horas, e que se esforçaria por aparecer em casa dele,no seu gabinete de trabalho.A tentativa abortou, ou, pelo menos, se o Sr. Z... Sentiu a influência da Sra. A..., não seserviu <strong>do</strong> seu aparelho fotográfico, temen<strong>do</strong> nada obter. A Sra. A... concor<strong>do</strong>u em repetir aexperiência no dia seguinte e, como se achasse indisposta, deitou -se e <strong>do</strong>rmiu. O Sr. Z... viu o duploentrar-lhe no gabinete à hora aprazada e pediu licença para fotografá -lo, depois de lhe cortar umamecha de cabelos para tornar-lhe indubitável a presença real. Batida a chapa e cortada a mecha, elese meteu na câmara escura, para proceder à revelação <strong>do</strong> negativo.Ainda não havia um minuto que para ali entrara, quan<strong>do</strong> ouviu forte estali<strong>do</strong>, que o fez sair averificar o que acontec<strong>era</strong>. Ao entrar no gabinete, encont rou sua mulher, que subira à pressa, portambém haver escuta<strong>do</strong> o estali<strong>do</strong>. O duplo desaparec<strong>era</strong>; mas, o quadro que servira de fun<strong>do</strong>durante a exposição da chapa fora arranca<strong>do</strong> <strong>do</strong> suporte, quebra<strong>do</strong> ao meio e atira<strong>do</strong> ao chão. A Sra.A..., Que há esse tempo se achava deitada em sua cama, não tinha, ao despertar, a menor idéia <strong>do</strong>que se passara.A fotografia <strong>do</strong> seu duplo existe e o Sr. Stead possui o negativo. A lembrança <strong>do</strong> quesuced<strong>era</strong> durante o desprendimento apagou -se com a volta da paciente ao esta<strong>do</strong> norma l.Outro caso agora em que a lembrança permanece.Outras fotografias de duplosEm seu livro sobre a iconografia <strong>do</strong> invisível (120), o Dr. Baraduc, à pág. 122 (Explicações,XXIV bis), reproduz uma fotografia obtida por telepatia entre o Sr. Istrati e o Sr . Hasdeu, deBucareste, diretor <strong>do</strong> ensino na Romênia. Eis aqui, textualmente, como foi ela conseguida:In<strong>do</strong> o Dr. Istrati para Campana, convencionou com o Dr. Hasdeu que, numa data prefixada,apareceria numa chapa fotográfica <strong>do</strong> sábio romeno, a uma distânc ia mais ou menos igual à que háentre Paris e Calais.A 4 de agosto de 1893, o Dr. Hasdeu, ao deitar -se à noite, evoca o Espírito de seu amigo,com um aparelho fotográfico nos pés da cama e outro à cabeceira.Após uma prece ao seu anjo protetor, o Dr. Istr ati a<strong>do</strong>rmece em Campana, forman<strong>do</strong>, comtoda a força de sua vontade, o desejo de aparecer num <strong>do</strong>s aparelhos <strong>do</strong> Dr. Hasdeu. Ao despertar,exclama: Tenho a certeza de que me apresentei ao aparelho <strong>do</strong> Sr. Hasdeu, como figurinha, poissonhei isso muito distintamente. Escreve ao professor P... Que, levan<strong>do</strong> consigo a carta, encontra oSr. Hasdeu em preparativos para revelar a chapa.Copio textualmente a carta <strong>do</strong> Sr. Hasdeu ao Sr. de R... que ma transmitiu:Na chapa A, vêem-se três impressões, uma das quais, a que marquei no verso com uma cruz,extremamente satisfatória. Vê-se aí o <strong>do</strong>utor a olhar atentamente para o obtura<strong>do</strong>r <strong>do</strong> aparelho, cujaextremidade de bronze é iluminada pela luz própria <strong>do</strong> Espírito.O Sr. Istrati volta a Bucareste e fica espanta<strong>do</strong> diante <strong>do</strong> s eu perfil fisionômico. E muitocaracterística as suas imagens fluídicas, no senti<strong>do</strong> de que o exprime com mais exatidão <strong>do</strong> que oseu perfil fotográfico. Assemelham -se muito a reprodução, em tamanho pequeno, <strong>do</strong> retrato e afotografia telepática.Para terminar, lembraremos que o Capitão Volpi também conseguiu obter a fotografia <strong>do</strong>duplo de uma pessoa viva que se fora fotografar (121). A imagem astral é muito visível e apresentacaracterísticas especiais, que não permitem se lhe ponha em dúvida a autenticidade.68
Materialização de um des<strong>do</strong>bramentoO ponto culminante da experimentação, no que concerne ao des<strong>do</strong>bramento, foi alcança<strong>do</strong>com o médium Eglinton. Um grupo de pesquisa<strong>do</strong>res, de que faziam parte o Dr. Carter Blake e osSrs. Desmond, G. Fitz G<strong>era</strong>ld, M. S. T el..., Engenheiros telegrafistas, afirma que, a 28 de abril de1876, em Londres, obtiv<strong>era</strong>m, em parafina, um molde exato <strong>do</strong> pé direito <strong>do</strong> médium, que nem uminstante fora perdi<strong>do</strong> de vista por quatro <strong>do</strong>s assistentes.O atesta<strong>do</strong> da realidade <strong>do</strong> fenômeno apare ceu no Spiritualist de 1876, pág. 300, redigi<strong>do</strong>nos seguintes termos:Des<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong> corpo humano. O molde em parafina de um pé direito materializa<strong>do</strong>,obti<strong>do</strong> numa sessão à rua Great Rusaell, 38, com o médium Eglinton, cujo pé direito se conservou,durante toda a experiência, visível aos observa<strong>do</strong>res coloca<strong>do</strong>s' fora <strong>do</strong> gabinete, verificou -se que<strong>era</strong> a reprodução exata <strong>do</strong> pé <strong>do</strong> Sr. Eglinton, verificação essa resultante <strong>do</strong> minucioso exame a queprocedeu ao Dr. Carter Blake. (122)Não é único o exemplo; mas, é notável pela alta competência científica <strong>do</strong>s observa<strong>do</strong>res epelas condições em que foi obtida tão palpável prova <strong>do</strong> des<strong>do</strong>bramento.Nas experiências que o Sr. Siemiradeski realizou com Eusápia, foram conseguidas muitasvezes, em Roma, impressões <strong>do</strong> seu du plo sobre superfícies enegrecidas com fumaça. Veja -se aobra <strong>do</strong> Sr. de Rochas: A exteriorização da motricidade.Como se há de negar, em face de provas tais. Todas as condições se acham preenchidas,para que a certeza se imponha com irresistível força de c onvicção.Recomendamos estes notáveis estu<strong>do</strong>s muito especialmente aos que negam ao Espiritismo otítulo de ciência. Eles mostram a justeza das deduções que Allan Kardec tirou de seus trabalhos, hácinqüenta anos, ao mesmo tempo em que nos abrem as portas d a verdadeira psicologia positiva, daque empregará a experimentação como auxiliar indispensável <strong>do</strong> senso íntimo.Que dizer e que pensar <strong>do</strong>s sábios que fecham os olhos diante dessas evidências? Queremosacreditar que não têm conhecimento de tais pesquisas; que, cega<strong>do</strong>s pelo preconceito, estão ainda aimaginar que o Espiritismo reside inteiro no movimento das mesas, pois, se assim não fora, haveria,da parte deles, verdadeira covardia moral no mutismo que guardam em presença da nossa filosofia.A conspiração <strong>do</strong> silêncio não pode prolongar-se indefinidamente. Os fenômenos hãorepercuti<strong>do</strong> e ainda repercutem fortemente; os experimenta<strong>do</strong>res têm valor científico solidamentefirma<strong>do</strong>, para que haja quem não se lance resolutamente ao estu<strong>do</strong>. Sabemos bem que estademonstração irrefutável da existência da alma é a pedra de escândalo <strong>do</strong>nde nos vêm àsinimizades, os sarcasmos e a nossa exclusão <strong>do</strong> campo científico. Mas, queiram ou não, osmaterialistas já se acham bati<strong>do</strong>s. Suas afirmações errôneas os fatos as destroem. Ser á inútilvalerem-se das retumbantes palavras - superstição, fanatismo, etc. A verdade acabará por esclarecero público, que lhes repudiará as teorias antiquadas e desmoraliza<strong>do</strong>ras, para volver à grandetradição da imortalidade, hoje assente sobre bases ina baláveis.Agora que temos a prova científica <strong>do</strong> des<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong> ser humano, muito mais fácil serácompreenderem-se os varia<strong>do</strong>s fenômenos que a alma humana pode produzir, quan<strong>do</strong> sai <strong>do</strong> seucorpo físico.Evocações <strong>do</strong> Espírito de pessoas vivasComunicações pela escritaÉ <strong>do</strong>utrina constante <strong>do</strong> Espiritismo que a alma, quan<strong>do</strong> não está em seu corpo, goza detodas as faculdades de que dispõe quan<strong>do</strong> na erraticidade se encontra. Cada um de nós, durante osono corporal, readquire parte da sua independência e pode, conseguintemente, manifestar-se. AllanKardec consignou em sua revista muitos exemplos dessas evocações. (123)Em 1860, foi o Espírito <strong>do</strong> Dr. Vignal que veio espontaneamente dar, por um médiumescrevente, pormenores sobre esse mo<strong>do</strong> de manifestação. Descrev eu como percebia a luz, as corese os objetos materiais. Não podia ver -se a si mesmo num espelho, sem a op<strong>era</strong>ção pela qual oEspírito se torna tangível (124). Comprovou a sua individualidade pela existência <strong>do</strong> seu perispírito69
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