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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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cuja existência se admitia. Newton identificou a gr avidade e a atração, reconhecen<strong>do</strong> na queda damaçã e na manutenção <strong>do</strong> astro em sua órbita efeitos de uma mesma causam: a gravitação universal.Ampare demonstrou que o magnetismo é apenas uma forma da eletricidade. A luz e o calor, desdelongo tempo, são ti<strong>do</strong>s como manifestações de uma mesma causam: um movimento vibratórioextremamente rápi<strong>do</strong> <strong>do</strong> éter.Nos dias atuais, uma grandiosa concepção veio mudar de novo a face à ciência: a de quetodas as forças da Natureza se reduzem a uma só. A energia ou a força (s ão sinônimos os <strong>do</strong>istermos) pode assumir todas as aparências, sen<strong>do</strong>, alternativamente, calor, trabalho mecânico,eletricidade, luz e dar origem às combinações e decomposições químicas. As vezes, a força comoque se acha oculta ou destruída. Simples aparên cia. Pode-se sempre encontrá-la novamente e fazê-lapassar de novo pelo ciclo de suas transformações.Inseparável da matéria, a força é indestrutível, fazen<strong>do</strong> -se mister que à energia se apliqueeste principio: em a Natureza, nada se perde, nem se cria.E tão verdade isto, que, quan<strong>do</strong> um movimento sofre brusca interrupção, imediatamente umacoisa nova aparece: é o calor. Assim, um pedaço de chumbo, coloca<strong>do</strong> na bigorna, se aqueceráviolentamente sob os golpes <strong>do</strong> martelo <strong>do</strong> ferreiro; uma bala de artilharia, ba ten<strong>do</strong> num alvo deferro, poderá chegar à temp<strong>era</strong>tura <strong>do</strong> rubro; as rodas de um trem em marcha despedem centelhas,quan<strong>do</strong> se apertam subitamente os freios. Se o movimento da Terra em torno <strong>do</strong> Sol cessasseinstantaneamente, diz Helmholtz que a quantidade de c alor g<strong>era</strong><strong>do</strong> por esse fato seria tal, que fariapassar ao esta<strong>do</strong> de vapor toda a massa terrestre.Temos, portanto, que calor e movimento são duas formas equivalentes da energia, formasque mutuamente se substituem, toman<strong>do</strong> -se visível uma, quan<strong>do</strong> a outra des aparece. Determinou-seexatamente a que quantidade de calor corresponde uma certa quantidade de movimento, medida aque se dá o nome de equivalente mecânico <strong>do</strong> calor.Torna-se então fácil de compreender-se que aquecer um corpo é aumentar -lhe o movimentointerno, isto é, o de suas moléculas. Sabemos que, desde o átomo invisível até o corpo celesteperdi<strong>do</strong> no espaço, tu<strong>do</strong> se acha sujeito a movimento. Tu<strong>do</strong> gravita numa órbita imensa ouinfinitamente pequena. Mantidas a uma distância definidas umas das outras, em virtude <strong>do</strong> própriomovimento que as anima, as moléculas guardam entre si relações constantes, que só se alt<strong>era</strong>m pelaadição ou subtração de certa quantidade de movimento. Em g<strong>era</strong>l, a acel<strong>era</strong>ção <strong>do</strong> movimento dasmoléculas lhes aumenta as órbitas e as afa sta umas das outras, ou, por outras palavras, aumenta ovolume <strong>do</strong>s corpos. É justamente por isso que o calor se apresenta como fonte de movimento.Sob sua influência, as moléculas, afastan<strong>do</strong> -se cada vez mais, fazem que os corpos passem<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> sóli<strong>do</strong> ao de líqui<strong>do</strong>, em seguida ao de gás. Os gases, a seu turno, se dilatamindefinidamente, pela adição de novas quantidades de calor, isto é – de movimento – e, se criarembaraço a essa expansão, ele exercerá considerável pressão sobre as paredes <strong>do</strong> vaso que ocontenha. E assim que as moléculas <strong>do</strong>s gases ou <strong>do</strong>s vapores, em cativeiro nos cilindros daslocomotivas, transmitem ao êmbolo a força que se emprega para produzir a tração <strong>do</strong>s trens, isto é,trabalho mecânico.Quan<strong>do</strong>, pois, os movimentos moleculares de um c orpo se mostrem grupa<strong>do</strong>s de maneira aapresentar, uns com relações aos outros, centros fixos de orientação, diremos que esse corpo ésóli<strong>do</strong>;Quan<strong>do</strong> os movimentos moleculares de um corpo estejam grupa<strong>do</strong>s de maneira que oscentros desses grupos sejam móveis, uns com relação aos outros, o corpo é líqui<strong>do</strong>;Quan<strong>do</strong> as moléculas de um corpo se movem em to<strong>do</strong>s os senti<strong>do</strong>s e colidem umas com asoutras milhões de vezes por segun<strong>do</strong>, o corpo é chama<strong>do</strong> gás. (187)Convém notar que, à proporção que a matéria passa <strong>do</strong> estad o sóli<strong>do</strong> ao esta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong>, ovolume aumenta; depois, <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> ao gasoso, a dilatação <strong>do</strong> mesmo peso de matéria setorna ainda maior, de sorte que a matéria se rarefaz, ao mesmo tempo em que o movimentomolecular se pronuncia. Um litro dágua, por e xemplo, dá 1.700 litros de vapor, isto é, ocupa umvolume 1.700 vezes superior ao que tinha no esta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong>; nessas condições, as atrações mútuasentre as moléculas diminuem e o movimento oscilatório das mesmas moléculas se torna maisrápi<strong>do</strong>.111

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