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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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pode, moto próprio, transformar-se. Exterioriza<strong>do</strong>, ele aparece idêntico ao seu corpo físico e é emvirtude dessa semelhança que se tem podi<strong>do</strong> freqüentemente comprovar os inúmeros fatos ditostelepáticos.Mas, perguntar-se-á, será impossível ao Espírito modificar o seu aspecto? Já se têmobserva<strong>do</strong> por vezes fenômenos que parecem contradizer as conclusões enunciadas acima: os queforam denomina<strong>do</strong>s de transfiguração. Consistem no seguinte:Há médiuns que revelam a singular propriedade de experimentar mudanças na forma <strong>do</strong>corpo, de maneira a tomarem temporariamente certas aparências , a ressuscitarem, por assim dizer,pessoas falecidas de há muito. Allan Kardec (195) cita o caso de uma moça cujas transfigurações<strong>era</strong>m tão perfeitas que causavam a ilusão de estar presente o defunto. Os traços fisionômicos, acorpulência, o som da voz, tu<strong>do</strong> contribuía para tornar completa a mudança. Muitas vezes, elatomava a aparência de um irmão seu que morr<strong>era</strong> havia anos. Não é único esse fato. Nas coletâneasespíritas, encontram-se relatos de alguns outros, mas em número reduzi<strong>do</strong>. Desde que, fisicamen te,o corpo parece transforma<strong>do</strong>, não poderia essa op<strong>era</strong>ção produzir -se, com relação ao perispírito, nassessões de materialização? Sabemos que o fenômeno é possível, mas, então, deve -se procurar acausa efetiva da modificação, uma vez que ela nunca se prod uz naturalmente.Julgamos que provém, precisamente, da ação <strong>do</strong> Espírito de quem o duplo reproduz ostraços, uma vez que o médium desconhece o desencarna<strong>do</strong> que se manifesta dessa maneira.Erro objetam os críticos. A<strong>do</strong>rmeci<strong>do</strong>, o médium possui uma personalida de segunda,onipotente para agir sobre o seu envoltório, que ela pode modelar como se op<strong>era</strong>sse com c<strong>era</strong> mole.A forma que o perispírito assume reproduz fielmente a imagem que o médium imagina, de sorte queo ser que é visto a conversar, a deslocar -se, a atuar sobre a matéria e que os assistentes tomam porum habitante <strong>do</strong> Além não passa, afinal de contas, <strong>do</strong> duplo <strong>do</strong> médium, que assim se caracterizoupara aquela circunstância.Notemos, antes de tu<strong>do</strong>, quão estranho seria que por toda parte os médiuns se desse minconscientemente a semelhante mascarada e que invariavelmente afirmassem ter vivi<strong>do</strong> na Terra.E, acrescentam os Espíritos, aonde irá o médium buscar o modelo para o seu disfarce, uma vez quejá não existe o ser que ele macaquearia?Duas explicações oferecem os opositores.PRIMEIRA – O desenho da forma <strong>do</strong> ser se encontra no inconsciente <strong>do</strong>s especta<strong>do</strong>res.Quan<strong>do</strong> mesmo estes já se não lembrem de to<strong>do</strong>s os trespassa<strong>do</strong>s que eles conhec<strong>era</strong>m, existe nelesuma imagem exata e indelével desses trespassa<strong>do</strong>s e é por esse desenho inconsciente que o duplo semodela. O próprio fato de ser reconhecida a aparição, dizem os nossos adversários, basta paramostrar que ela subsistia, ignorada, no inconsciente de um <strong>do</strong>s assistentes. É maravilhosa aclarividência <strong>do</strong> paciente em transe e lhe permite ler o que se passa nos outros, como em livroaberto. Por possuir ele essa faculdade, como o mostram os exemplos <strong>do</strong> sonambulismo, é quetendes a ilusão de estar em presença de uma personagem de outro mun<strong>do</strong>.SEGUNDA – Quan<strong>do</strong> ninguém conhece a aparição, é que a sua imagem foi tomada aoastral. Chama-se assim à ambiência fluídicas que cerca a Terra, e que teria a propriedade deconservar uns como clichês inalteráveis de tu<strong>do</strong> o que existe.A primeira hipótese – leitura no inconsciente – seria admissível, se faltassem experiências aque ela não se pode aplicar. É bem certo que guardamos impressões imperecíveis de tu<strong>do</strong> o que nosafetou os senti<strong>do</strong>s. Mesmo quan<strong>do</strong> a lembrança já se tenha enfraqueci<strong>do</strong>, a ponto de não ser capazde reproduzir um perío<strong>do</strong> da nossa vida passada, ainda possível é conseguir -se renasçam assensações então experimentadas, com uma frescura e um brilho tão vivo quanto no momento emque as tivemos. (196)Não somos nós próprios, porém, que temos essa faculdade; preciso se torna um hipnotiza<strong>do</strong>rque a revele e ele mesmo só o alcança em certos pacientes especiais. Nunca ficou demonstra<strong>do</strong> queum médium a possuísse, tanto mais que, como o afirmam to<strong>do</strong>s os que hão estuda<strong>do</strong> a mediunidade,é absolutamente passivo o concurso <strong>do</strong> médium.Se, realmente, a faculdade deste fosse tão potente, conforme o querem tais teorias, possívellhe fora atender sempre a to<strong>do</strong>s os pedi<strong>do</strong>s e fazer que à visão <strong>do</strong>s assistentes aparecessem to<strong>do</strong>s osseus mortos queri<strong>do</strong>s. h o que pond<strong>era</strong> Aksakof (197)119

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