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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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O fisiologista Gruithuisen teve um sonho em que viu principalmente uma chama violáceaque, durante certo tempo após haver ele desperta<strong>do</strong>, lhe deixou a impressão de uma m ancha amarelacomplementar.O Sr. Galton publicou uma memória sobre a faculdade de ver números, de figurá -losimaginativamente, como se tivesse existência real. Cita notadamente o Sr. Bilder, que fezextraordinários prodígios no tocante a esse cálculo ment al e que, de certa forma, consegue ver,pelos seus centros sensórios, números claramente traça<strong>do</strong>s e coloca<strong>do</strong>s em bem determinada ordem.(229)Eis agora uma série de experiências que parecem deixar firma<strong>do</strong> que a criação fluídica éuma realidade. Essas experiências foram feitas pelos Srs. Binet e Ferré (230), que, entretanto, éocioso dizê-lo, explicam os fatos por meio da alucinação. Teremos ocasião de julgar se hácabimento para semelhante hipótese.Examinemos em primeiro lugar um fenômeno que pode produzir -se em esta<strong>do</strong> normal, oupor uma op<strong>era</strong>ção mental, ou, ainda, por sugestão, e nos será fácil demonstrar que, para a mesmaexperiência, produzida pela mesma causa, a explicação daqueles senhores passa a ser diferente,desde que nelas toma parte o hipnotiza<strong>do</strong> .1 – O esta<strong>do</strong> normal. Sabe-se que, posto um objeto colori<strong>do</strong> diante de um fun<strong>do</strong> preto, se oolharmos fixamente durante certo tempo, em breve a nossa vista estará cansada e a intensidade dacor se enfraquece. Se dirigirmos então o olhar para um cartão branc o, ou para o forro da casa,perceberemos uma imagem <strong>do</strong> objeto, mas de cor complementar, isto é, que formaria o branco, seachasse reunida à <strong>do</strong> objeto. Sen<strong>do</strong> vermelho o objeto, a imagem é verde e vice -versa.2 – O esta<strong>do</strong> mental. Se, com os olhos fecha<strong>do</strong>s, c onservarmos a imagem de cor muito vivafixada por muito tempo diante <strong>do</strong> espírito e se, depois, abrin<strong>do</strong> bruscamente os olhos, os dirigirmospara uma superfície branca, veremos aí, por um instante, a imagem contemplada em imaginação,porém, na cor complementar. O experimenta<strong>do</strong>r chega, pois, a figurar para si a idéia <strong>do</strong> vermelho,de mo<strong>do</strong> muito intenso, para ver, ao cabo de alguns minutos, uma mancha verde sobre uma folha depapel. (231)Para que esta experiência tenha senti<strong>do</strong>, preciso se faz que o Espírito vej a realmente as coresvermelhas, sem o que a cor complementar não aparecerá, pois que o op<strong>era</strong><strong>do</strong>r não está hipnotiza<strong>do</strong>.É indispensável que o olho seja impressiona<strong>do</strong>, como o é normalmente, para dar a corcomplementar. Se não for o olho, será um ponto corresp ondente <strong>do</strong>s centros nervosos. O esforçopara criar o vermelho acaba certamente numa ação positiva, porquanto se traduz objetivamente pelamancha verde sobre o papel.3 – Sugestão. Pede-se ao <strong>do</strong>ente em esta<strong>do</strong> sonambúlico que olhe com atenção para umquadra<strong>do</strong> de papel branco, em cujo centro há um ponto preto, a fim de lhe imobilizar o olhar.Sugere-se-lhe, ao mesmo tempo, que aquele pedaço de papel é de cor vermelha ou verde,etc. Ao fim de alguns instantes, apresenta -se-lhe um segun<strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> de papel, tend o também, aocentro, um ponto preto. Bastará, então, atrair a atenção <strong>do</strong> <strong>do</strong>ente sobre esse ponto, para que eleespontaneamente exclame que o ponto está no meio de um quadra<strong>do</strong> colori<strong>do</strong> e a cor que indica é acomplementar da que se lhe mostrou por sugestão.Ainda neste caso dizemos que há produção real da cor, ou diante <strong>do</strong>s olhos <strong>do</strong> hipnotiza<strong>do</strong>,ou nos centros cervicais que lhes correspondem, porquanto ele ignora absolutamente a teoria dascores complementares. Se essa teoria se acha assim verificada, como de fato acontece, é que a corsugerida existe na realidade, quer exteriormente ao paciente, quer interiormente, se o preferirem.Uma idéia abstrata não pode afetar os centros visuais e dar -lhes a impressão da realidade. Houve,pois, criação fluídica de uma cor vermelha e esta, se bem que produzida pela vontade, atua como sefosse visível para toda gente.Pode-se chamar alucinação a essa sensação; mas, será preciso então acrescentar que é umaalucinação verídica, como a das aparições, visto que determinada por uma cor que tem existênciaprópria, embora seja invisível para seres cujo sistema nervoso não se ache em esta<strong>do</strong> de percebê -la.Examinemos agora as outras experiências. Dizem textualmente os Srs. Binet e Ferré:O objeto imaginário que figura na alucinação é percebi<strong>do</strong> nas mesmas condições em que oseria, se ele fosse real.139

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