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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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atestam as cartas que escreveu em francês puro. Os fatos, portanto, confirmam o ensino espírita,com exclusão de qualquer outra teoria.Precisamos não esquecer nunca que uma hipótese é necessariamente falsa ou incompleta,desde que não explica to<strong>do</strong>s os fatos. É o caso dessas explicações que pretendem nada mais havernas materializações <strong>do</strong> que um des<strong>do</strong>brament o <strong>do</strong> médium, ou uma transfiguração <strong>do</strong> seu duplo.A segunda hipótese – leitura no astral – não é mais plausível <strong>do</strong> que a precedente. Os fatosque por último citamos bastam para afastar a suposição de que a consciência sonambúlica <strong>do</strong>médium extraía <strong>do</strong> astral a figura materializada, porquanto, admiti<strong>do</strong> existam no espaçosemelhantes impressões, evidentemente elas seriam apenas imagens inertes, uma espécie de clichêsfluídicos, que não poderiam denunciar qualquer atividade intelectual, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> que aspersonagens de um quadro ou de uma fotografia não podem animar -se ou discutir entre si. Notemostambém que fora mister viessem esses clichês ao encontro <strong>do</strong> médium, da<strong>do</strong> que há deles bilhõesem torno de nós. Como escolheria ele o que corresponda ao Espírito evoc a<strong>do</strong>? Se admitirmos queessas aparências são capazes de escrever e de dar provas de uma existência física, estaremos com ateoria espírita, pois então já não haveria como distingui -las de verdadeiros Espíritos.Mas, não se pode, sequer, admitir a explicação <strong>do</strong> des<strong>do</strong>bramento transfigura<strong>do</strong>, porquantohá casos em que não se mostra apenas um único Espírito materializa<strong>do</strong>, em que, ao contrário, seapresentam muitos ao mesmo tempo, às vezes de sexos diferentes, provan<strong>do</strong> cada um que é um serreal, com um volumoso organismo anatômico, que lhe permite mover -se de um lugar para outro,conversar, numa palavra: afirmar-se vivo. Aqui vão alguns exemplos desses fatos notáveis.Materializações múltiplas e simultâneasOs Srs. Oxley e Reimers são hábeis experimenta<strong>do</strong>res, de posição independente e muitofamiliariza<strong>do</strong>s com as materializações. Em sua casa, o Sr. Reimers obteve o molde da mão direitade uma aparição que ele viu por um instante ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> médium. Para saber se o molde não forafeito pelo médium, pediu a este que m ergulhasse a mão no balde que continha parafina, a fim demodelá-la. A mão <strong>do</strong> Espírito difere completamente, pela forma, pela delicadeza e pelas dimensões,da <strong>do</strong> médium, a Sra. Firman, que pertencia à classe operária e já <strong>era</strong> i<strong>do</strong>sa. No fim <strong>do</strong> volumeAnimismo e Espiritismo, de Aksakof, encontram -se fotótipos que reproduzem essas moldagens epermitem a comparação. Noutra sessão, a que assistiu o Sr. Oxley, alguém manifestou o desejo deobter a mão esquerda <strong>do</strong> mesmo Espírito e obteve, fazen<strong>do</strong> o par esse segund o molde com o da mãodireita obti<strong>do</strong> antes. Chamava-se Bertie a aparição. Nada, até então, fora <strong>do</strong> comum. O fenômeno,porém, se tornou depois interessante. Eis como:Numa sessão ulterior e por um médium <strong>do</strong> sexo masculino, o Dr. Monck obtiv<strong>era</strong>m -semoldes das duas mãos de Bertie e o de um pé, revelan<strong>do</strong> os três, exatamente, as linhas e traçoscaracterísticos das mãos e pés de Bertie, tais quais tinham si<strong>do</strong> nota<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> feitos os moldes nassessões em que o médium fora a Sra. Firman. (Psychische Studien, 1877, pág. 540.) É muitoimportante a substituição de uma mulher por um homem, como médium, porquanto, de mo<strong>do</strong>algum se pode explicar, mediante o des<strong>do</strong>bramento, a produção de imagens Idênticas, sen<strong>do</strong>diferentes os médiuns, ao passo que se concebe muito bem que um Espírito tome indiferentemente aum organismo feminino ou masculino os elementos necessários à sua materialização, pois que esseselementos são os mesmos nos <strong>do</strong>is sexos. Mas, quan<strong>do</strong> em vez de uma aparição, muitas se mostramsimultaneamente, impossível se torna atribuí-las, seja a um des<strong>do</strong>bramento, seja a umatransfiguração <strong>do</strong> médium. Citemos, segun<strong>do</strong> Aksakof, a narrativa de um desses casos notáveis(sessão de 11 de abril de 1876). (199)A imagem que aqui se vê (200) reproduz exatamente o molde em gesso d a mão <strong>do</strong> Espíritomaterializa<strong>do</strong>, que se intitulava Lily (201), muito diverso de Bertie, <strong>do</strong> qual difere fisicamente. Areprodução em gesso foi feita com o molde que aquele Espírito deixara na sessão de 11 de abril de1876, e isso em condições que tornavam i mpossível qualquer embuste. Como médium, tínhamos oDr. Monck. Depois de revista<strong>do</strong> minuciosamente, foi ele meti<strong>do</strong> num gabinete improvisa<strong>do</strong> com oauxílio de uma cortina posta no vão de uma janela, conservan<strong>do</strong> -se a sala iluminada a gás durantetoda a sessão. Pusemos uma mesa re<strong>do</strong>nda bem junto da cortina e sentamo -nos à volta. Éramos sete.121

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