uma mão pequenina, da mesma individualidade que por mais de uma vez nos deu, moldes emcondições idênticas de experimentação.Assina<strong>do</strong>s: J. N. Tiedman Marthèze, Palmeira Square, Brington. – Christian Reimers, 2,Ducie Avenue, Oxford Road, Manchester. – William Oxley, 65, Burwen Road, Manchester. –Thomas Gaskell, 69, Oldham Road, Manchester. – Henry Marsh, Birch Cottage, Fairy lane, Burynew-road Manchester.É de notar-se que os experimenta<strong>do</strong>res espíritas tomaram todas as precauções para evitarqualquer causa de erro, da parte deles ou da <strong>do</strong> médium. Essas experiências, como outras análogas,freqüentemente repetidas hão da<strong>do</strong> lugar a que já se eleve a algumas centenas o número de moldesreproduzin<strong>do</strong> partes diversas das materializações de Espíritos de todas as idad es e de ambos ossexos. Em todas as experiências, as peças obtidas se assemelham às que se obteriam, se a op<strong>era</strong>çãofosse praticada em corpos de vivos.O Sr. de Bodisco, camareiro <strong>do</strong> czar (158), publicou o relato de curiosas experiências dematerialização, feitas com o médium Srta. K...Não hesito, diz ele, em declarar que o corpo astral (ou psíquico) é, na natureza, o maisimportante de to<strong>do</strong>s os corpos, sem embargo da pertinácia com que as ciências experimentais seobstinam em ignorá-lo. Esse corpo tem a governá-lo leis cujo estu<strong>do</strong> lançará luz em muitoscorações, que desejam ser consola<strong>do</strong>s por uma prova real da vida futura. Ele constitui a única parteimperecível <strong>do</strong> corpo humano. É o zoo -éter, ou matéria primordial, ou força vital.Quatro fotografias tirou ele, mostran<strong>do</strong> diversas fases da materialização, desde a em que aaparição astral ou psíquica cerca o corpo <strong>do</strong> médium, até a da condensação de uma forma, da qualse vê a cabeça, parecen<strong>do</strong> envolto numa espécie de gaze o resto <strong>do</strong> corpo. Ao la<strong>do</strong> da forma,percebe-se o corpo <strong>do</strong> médium, em letargia, na poltrona.História de Katie KingOs fenômenos de materialização constituem as mais altas e irrefragáveis demonstrações daimortalidade.Surgir um ser defunto diante <strong>do</strong>s especta<strong>do</strong>res com uma forma corpórea, conver sar,caminhar, escrever e desaparecer, quer instantaneamente, quer gradativamente, sob as vistas <strong>do</strong>sobserva<strong>do</strong>res, é decerto o mais empolgante e o mais singular <strong>do</strong>s espetáculos. Isso, para umincrédulo, ultrapassa os limites da verossimilhança e provas fís icas irrefutáveis se fazemnecessárias, para que o fenômeno não seja lança<strong>do</strong> à conta de fraude ou de alucinação.Felizmente, porém, bom número existe de observações, relatadas por homens imparciais e,ainda, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s da isenção e da competência indispensáve is a dar a tais experiências o apoio daautoridade de que eles desfrutam.O Sr. Aksakof fez com o médium Eglinton uma série delas, em que as mais minuciosasprecauções foram tomadas, o que lhe facultou chegar a resulta<strong>do</strong>s absolutamente inatacáveis, <strong>do</strong>ponto de vista científico. O avulta<strong>do</strong> número de matérias de que temos de tratar nos obriga, commuito pesar nosso, a remeter o leitor às obras originais onde esses casos se encontram longamenteexpostos. Serão consultadas com proveito: Animismo e Espiritismo, de Aksakof; Ensaio deEspiritismo Científico, de Metzger; Depois da morte, de Léon Denis, e Psiquismo Experimental, deErny.Aqui, agora, nos limitaremos a apresentar alguns da<strong>do</strong>s g<strong>era</strong>lmente desconheci<strong>do</strong>s sobre acélebre Katie King, cuja existência foi pos ta fora de dúvida pelos trabalhos, que se tornaramclássicos, de William Crookes, consigna<strong>do</strong>s em seu livro: Pesquisas experimentais sobre oEspiritismo. Servir-nos-emos <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s que na Revue Spirite (159) publicou a Sra. de Laversay,resumin<strong>do</strong> o mais possível essa interessante tradução da obra de Epes Sargent, editada em Boston,no ano de 1875.Muitas pessoas, pouco a par da lit<strong>era</strong>tura espírita, supõem que o Espírito Katie King só foiexamina<strong>do</strong> por William Crookes. Vamos mostrar que há elevadíssimo núme ro de atesta<strong>do</strong>srelativos à sua existência, procedentes de testemunhas bastante conhecidas no mun<strong>do</strong> literário ecientífico. Quan<strong>do</strong> o ilustre químico teve de verificar a mediunidade da Srta. Cook, já muito tempohavia que Katie se materializava. Os grandes médiuns, por demais raros, não se revelam de84
improviso. Faz-se necessário certo tempo para que cheguem a produzir fenômenos físicos. Por umla<strong>do</strong>, o médium precisa de adestramento e, por outro, o Espírito que dirige as manifestações éobriga<strong>do</strong> a exercitar-se longo tempo, para manipular com a indispensável exatidão os flui<strong>do</strong>s sutisque tem de empregar.Em 1872, contava a Srta. Cook dezesseis anos. Desde a mais tenra idade via Espíritos eouvia vozes; mas, como somente ela observava esses fatos, seus pais nenh uma confiançadepositavam em suas narrativas. Depois de haver ela assisti<strong>do</strong> a algumas sessões espíritas, veio -se asaber que a mocinha <strong>era</strong> médium e que obteria as mais belas manifestações. A princípio, o Sr. e aSra. Cook se opus<strong>era</strong>m. Entretanto, depois de assedia<strong>do</strong>s pelos Espíritos, resolv<strong>era</strong>m ceder aosdesejos <strong>do</strong>s atores invisíveis e foi então que se d<strong>era</strong>m fenômenos absolutamente probantes.A 21 de abril de 1872, diz o Sr. Harrison, no jornal O Espiritualista, ocorreu um curiosoincidente. Ouviram de súbito bater nos vidros de uma janela; aberta esta, ninguém viu coisa alguma.Fez-se, porém, ouvir a voz de um Espírito, dizen<strong>do</strong>: Senhor Cook, precisa mandar limpar suascalhas, se não quiser que os alicerces de sua casa sejam abala<strong>do</strong>s. As calhas estão entupid as. Muitosurpreendi<strong>do</strong>, procedeu ele a uma exame imediato. Era exato! Chov<strong>era</strong> e o pátio da casa estavacheio da água que transbordara das calhas. Ninguém sabia desse acidente, antes que o Espírito ohouvesse revela<strong>do</strong> daquela forma notável. Acompanhan<strong>do</strong> -se a marcha da mediunidade da Srta.Cook, observa-se o desenvolvimento de uma série de fenômenos, que se produzem sucessivamente,tornan<strong>do</strong>-se cada dia mais espantosos, até chegarem à materialização de Katie. Correu assim aprimeira sessão em que ela se mostro u.Até então, as sessões se haviam realiza<strong>do</strong> no escuro. Queren<strong>do</strong> remediar isso, o Sr. Harrisonfez muitos ensaios em casa <strong>do</strong> Sr. Cook com luzes diferentes. Conseguiu uma luz fosforescente,aquecen<strong>do</strong> uma garrafa revestida interiormente de uma camada de fósf oro, misturada com óleo decravo. Graças a esse engenho, podia -se ver o que se passava durante a sessão às escuras. A 22 demaio de 1872, a Sra. Cook, seus filhos, uma tia destes e a criada se reuniram e o Espírito Katie Kingse materializou parcialmente. A Srta. Cook não estava a <strong>do</strong>rmir, como o faz certo uma carta que elano dia seguinte dirigiu ao Sr. Harrison, nestes termos:Ontem à noite, Katie King nos disse que tentaria produzir alguns fenômenos, mas seconcordássemos em armar um gabinete escuro com o auxílio de cortinas. Acrescentou queprecisava lhe déssemos uma garrafa de óleo fosforescente, visto não lhe ser possível tomar de mimo fósforo necessário, devi<strong>do</strong> ao fraco desenvolvimento da minha mediunidade. Ela quer iluminar asua figura, para se tornar visível.Encantada com a idéia, fiz os preparativos necessários, fican<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> pronto ontem à noite, às8 e meia. Minha mãe, minha tia, os meninos e a criada sentaram -se fora, nos degraus da escada.Deixaram-me sozinha na sala de jantar, o que nada me ag ra<strong>do</strong>u, porque estava com muito me<strong>do</strong>.Katie mostrou-se na abertura das cortinas. Seus lábios se mov<strong>era</strong>m e, por fim, conseguiufalar. Conversou durante alguns minutos com a mamãe. To<strong>do</strong>s pud<strong>era</strong>m ver -lhe o movimento <strong>do</strong>slábios. Como eu, <strong>do</strong> lugar onde estava, n ão a visse bem, pedi-lhe que se voltasse para mim. OEspírito me respondeu: Mas, decerto; fa -lo-ei. Vi então que só estava formada a parte superior <strong>do</strong>seu corpo, o busto, sen<strong>do</strong> o resto da aparição uma espécie de nuvem, ligeiramente luminosa.Após breves instantes de esp<strong>era</strong>, o Espírito Katie começou por trazer algumas folhas frescasde h<strong>era</strong>, planta que não existe no nosso jardim. Depois, to<strong>do</strong>s vimos aparecer, fora da cortina, umbraço cuja mão segurava a garrafa luminosa. Mostrou -se uma figura com a cabeça coberta de umaporção de pano branco. Katie aproximou <strong>do</strong> seu rosto o frasco e to<strong>do</strong>s a percebemos distintamente.Esteve <strong>do</strong>is minutos e em seguida desapareceu. O rosto <strong>era</strong> oval, aquilino o nariz, vivos os olhos e aboca lindíssima.Disse Katie à mamãe que a olhasse bem, pois sabia que tinha um ar lúgubre. Eu, pelo queme diz respeito, fiquei muito impressionada quan<strong>do</strong> o Espírito se aproximou de mim.Emocionadíssima, não pude falar, nem mesmo esboçar um gesto. Da íntima vez que se apresentouna junção das cortinas, demorou-se uns bons cinco minutos e incumbiu a mamãe de lhe pedir quevenha aqui um dia desta semana... Katie King encerrou a sessão, imploran<strong>do</strong> para nós as bênçãos deDeus. Exprimiu a sua alegria por se ter podi<strong>do</strong> mostrar aos nossos olhares.85
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