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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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Fazemos a respeito algumas observações, toman<strong>do</strong> -as ao ilustre naturalista Sir Alfred RusselWallace. (106)É sem dúvida notável e digna de atenção essa série de casos em que se pud<strong>era</strong>m observar asimpressões que os fantasmas produzem nos animais. Fat os tais certamente não se dariam, se fossemverdadeiras as teorias da alucinação e da telepatia. Eles, no entanto, merecem fé, porque quasesempre entram nas narrativas como episódios inesp<strong>era</strong><strong>do</strong>s. Além disso, são anota<strong>do</strong>s a fim de quenão passem despercebi<strong>do</strong>s, o que prova que os observa<strong>do</strong>res conservavam o seu sangue -frio.Mostram, irrefutavelmente, que grande número de fantasmas, percebi<strong>do</strong>s pela visão ou pelaaudição, ainda quan<strong>do</strong> seja uma única a pessoa que os perceba, constituem realidades objetivas. Oterror que manifestam os animais que os percebem e a atitude que assumem, tão diferente da queguardam em presença <strong>do</strong>s fenômenos naturais, estabelecem, de mo<strong>do</strong> não menos claro, que, emboraobjetivos, não são normais os fenômenos e não podem ser explica<strong>do</strong>s po r qualquer embuste, ou poreventualidades naturais mal interpretadas.Continuaremos agora o estu<strong>do</strong> das aparições que se produzem após a morte. Salientaremosas semelhanças que existem entre essas aparições e as <strong>do</strong>s vivos e veremos que umas e outrasapresentam clara analogia de caracteres, que implica a das causas. Se bem nos pareça poucopossível imaginar-se, para os casos precedentes, qualquer ação, ainda desconhecida, de um cérebrohumano sobre outro cérebro humano, de maneira a alucinar completamente, im possível será, com asteorias materialistas, supor essa ação exercitada por um morto. Todavia, desde que os fatos sãoidênticos, ter-se-á que admitir, como causa verdadeira, a alma, quer habite a Terra, quer hajadeixa<strong>do</strong> este mun<strong>do</strong>.É exato que os incrédulos são muito hábeis em forjar teorias, quan<strong>do</strong> topam com fenômenosembaraçosos, cuja realidade não possam negar. Daí vem o terem estendi<strong>do</strong> aos mortos a hipótese datelepatia, pretenden<strong>do</strong> que a ação telepática de um moribunda pode penetrar inconscientemente noespírito <strong>do</strong> paciente, de mo<strong>do</strong> que a alucinação se dê muito tempo depois da morte daquele que aoriginou.Apóia-se esta suposição nas experiências de sugestões em longo prazo. É sabi<strong>do</strong> que se podeconseguir que pacientes muito sensíveis pratiquem atos ba stante complica<strong>do</strong>s, alguns dias e atéalguns meses mais tarde. Desperta<strong>do</strong>, o paciente nenhuma consciência tem da ordem a<strong>do</strong>rmecida noseu íntimo; mas, em chegan<strong>do</strong> o dia determina<strong>do</strong>, executa fielmente a sugestão.Se, pois, o pensamento de um morto é violenta mente leva<strong>do</strong> a um de seus parentes, podeeste guardá-lo inconscientemente e, quan<strong>do</strong> a alucinação se produzir, já não haverá uma aparição,mas apenas a realização de uma sugestão. É muito engenhoso este mo<strong>do</strong> de conceber as coisas,porém, muito longe de explicar to<strong>do</strong>s os fatos de aparição de mortos. Em primeiro lugar, a analogiaentre a visão de um morto e uma sugestão retardada é absolutamente falsa, porquanto o agente – namaioria <strong>do</strong>s casos – não cogita de ordenar ao paciente que o veja mais tarde. Em segun <strong>do</strong> lugar, se,como nas aparições de vivos, há fenômenos físicos produzi<strong>do</strong>s pela aparição, evidente se torna quenão é uma imagem mental quem as executa: preciso se faz seja o ser desencarna<strong>do</strong>, o que demonstraa sua sobrevivência. Teremos adiante ocasião de mostrar quanto essas explicações, pretensamentecientificas, costumam ser falsas e quão incompletas são sempre.Voltemos aos casos referi<strong>do</strong>s nos Phantasms oj the living. Aqui temos um em que a apariçãose produz pouco tempo após o trespasse. A narrativa é da Sra. Stella Chieri, Itália (107)Aparição depois da morte18 de janeiro de 1884.Contan<strong>do</strong> eu mais ou menos quinze anos, fui passar algum tempo com o Dr. J. G., emTwyford, Hants, e lá me afeiçoei a um primo <strong>do</strong> <strong>do</strong>utor, rapaz de 17 anos. Tornamo -nosinseparáveis, juntos passeávamos de bote, juntos andávamos a cavalo, de todas as diversõesparticipávamos, como irmãos.Porque fosse de saúde muito delicada, eu cuidava dele, vigian<strong>do</strong> -o constantemente, de sorteque nunca passávamos, sequer, uma hora, longe u m <strong>do</strong> outro.Desço a estes pormenores to<strong>do</strong>s, para lhe mostrar que não havia o menor vestígio de paixãoentre nós. Éramos, um para o outro, como <strong>do</strong>is rapazes.58

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