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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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toma conhecimento <strong>do</strong>s volumosos arquivos <strong>do</strong> Espiritismo, é-se obriga<strong>do</strong> a mudar de opinião,porquanto o que se depara a quem os examina são relatórios promanantes de homens de ciênciauniversalmente estima<strong>do</strong>s, de cuja palavra não se poderia suspeitar, tão acima de toda suspeita ahonradez deles. Com efeito, ningu ém pode absolutamente imaginar que os professores Hare,Mapes, o grande juiz Edmonds, Alfred Russel Wallace, Crookes, Aksakof, Zoellner ou o Dr. Gibierse hajam conluia<strong>do</strong> para mistificar seus contemporâneos. Seria tão absurda semelhante suposiçãoque temos por inútil insistir sobre esse ponto.Será, no entanto, mais admissível que esses homens eminentes se hajam deixa<strong>do</strong> enganarpor hábeis charlatães que no caso seriam os médiuns? Não o cremos tampouco, visto que algunsmédiuns, como Eusápia Paladino, foram estuda<strong>do</strong>s por diversas comissões científicas, de quefaziam parte homens <strong>do</strong> valor de Lombroso, Ch. Richet, Carl du Prel, Aksakof, Morselli, Maxwell,de Rochas; astrônomos quais Schiapparelli e Porro, etc., e to<strong>do</strong>s esses investiga<strong>do</strong>res,separadamente, chegaram à comprovação de fenômenos idênticos.Fora, pois, necessária a mais insigne má -fé, para se não reconhecer o imenso alcance dessasexperiências. Os adversários <strong>do</strong> Espiritismo guardam silêncio acerca desses trabalhos, et pourcause, mas os que se resolv<strong>era</strong>m a consultá-los, certo se impressionarão com o prodigioso concursode afirmações unânimes, que dão aos fatos espíritas verdadeira consagração científica.Quererá isso dizer que devamos aceitar todas as afirmações espíritas que nos forem feitaspor quaisquer individualidades?Evidentemente, não. Sobretu<strong>do</strong> nessas matérias, faz -se preciso nos mostremosexcessivamente severos quanto ao valor <strong>do</strong>s testemunhos e proceder a uma seleção séria no acervodas observações. Entretanto, não se nos afigura licito despre zar os relatos que provenham dehomens instruí<strong>do</strong>s, de posição independente, que nenhum interesse tenham em mentir e cuja palavraé acatada sobre qualquer outro assunto. São extremamente numerosos e merecem inteiro crédito osdepoimentos de engenheiros, pad res, magistra<strong>do</strong>s, advoga<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>utores que hão experimenta<strong>do</strong>seriamente e que referem como foram convenci<strong>do</strong>s. Há cinqüenta anos esse vasto inquérito se vemprocessan<strong>do</strong> e imensos números de <strong>do</strong>cumentos possuem sobre cada classe de fenômenos, de sorteque, aparta<strong>do</strong>s os casos duvi<strong>do</strong>sos, resta eleva<strong>do</strong> número de narrativas, idênticas quanto ao fun<strong>do</strong>,mostran<strong>do</strong> que esses narra<strong>do</strong>res, desconhecen<strong>do</strong> -se uns aos outros, assinalaram fatos precisos.As fraudes <strong>do</strong>s médiunsSe, g<strong>era</strong>lmente, é pouco suspeita a boa -fé <strong>do</strong>s assistentes, o mesmo não se dá com a <strong>do</strong>smédiuns, a qual pode exigir muita reserva. É certo que os médiuns profissionais são às vezestenta<strong>do</strong>s a suprir a falta de manifestações, quan<strong>do</strong> longo tempo se passa sem que elas se produzam.A simulação, porém, só pode dar-se no tocante aos fenômenos mais simples e unicamente osobserva<strong>do</strong>res ingênuos e inexperientes se deixam enganar, caso que não é o <strong>do</strong>s sábios cujos nomesvimos de citar, os quais op<strong>era</strong>vam toman<strong>do</strong> todas as precauções necessárias. Os fenômenos dematerialização, pela sua singularidade, foram sempre os que constituíram objeto de vigilância maissev<strong>era</strong> e os experimenta<strong>do</strong>res, cépticos ao iniciarem suas investigações, somente adquiriram acerteza da realidade <strong>do</strong>s mesmos fenômenos quan<strong>do</strong> se lhes tornou evide nte que as materializaçõesnão podiam ser efeito de disfarces <strong>do</strong> médium, ou produzidas por um comparsa que desempenhasseo papel <strong>do</strong> Espírito. Tomemos para exemplo as clássicas pesquisas de Wiliiam Crookes. Só ao cabode três anos de investigações, feitas, pela maior parte, na sua própria casa, em seu laboratório,conseguiu ele ver e fotografar simultaneamente o Espírito e o médium (191) e certificar -se assim deque a aparição não <strong>era</strong> devida a um disfarce de Florence Cook. Aliás, esta, menina de quinze anos,passava semanas inteiras em casa <strong>do</strong> professor, onde lhe teria si<strong>do</strong> impossível preparar asmaquinações indispensáveis à execução de semelhante impostura.Em to<strong>do</strong>s os relatos sérios que se hão publica<strong>do</strong> sobre as materializações, a primeira parte danarrativa é consagrada à descrição das providências tomadas para evitar o embuste, sempresuspeitável. O gabinete <strong>do</strong> médium é cuida<strong>do</strong>samente examina<strong>do</strong>; verifica -se que não há alçapões,nem janelas dissimuladas, nem armários em que se possam esconder um ou mais com parsas. Porvezes, as portas <strong>do</strong> aposento onde a reunião se efetua são seladas com papel timbra<strong>do</strong>, de maneira anão poderem abrir-se sem ruí<strong>do</strong> e sem ruptura <strong>do</strong>s papéis. O próprio médium é sev<strong>era</strong>mente117

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