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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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Exemplo: Se por sugestão se faz aparecer um retrato sobre um cartão, cujas duas faces sejamde aparências inteiramente idênticas, a Imagem será sempre vista sobre a mesma face <strong>do</strong> cartão e,qualquer que seja o senti<strong>do</strong> em que se lhe apresente, a hipnotizada saberá sempre colocar as faces eos bor<strong>do</strong>s na posição que ocupavam no momento da sugestão, de tal mo<strong>do</strong> que a imagem não fiqueinvertida, nem inclinada. Se Inverterem as faces <strong>do</strong> cartão, o retrato deixará de ser visto. Seinverterem apenas os bor<strong>do</strong>s, o retrato será visto de cabeça para baixo. Nunca a hipnótica éapanhada em falta. Quer se lhe cubram os olhos, quer se mudem as posições <strong>do</strong> objeto, op<strong>era</strong>n<strong>do</strong>por detrás dela, as respostas são se mpre perfeitamente conformes à localização primitiva.Se, depois de misturar com vários outros o papelão sobre que figura um retrato imaginário, opaciente for desperta<strong>do</strong> e se lhe pedir que examine a coleção assim formada, ele o faz o sem saberporquê. Em seguida, ao dar com o papelão sobre o qual se operou a sugestão, aponta a imagem quese quis que ele visse.Quan<strong>do</strong> se olham objetos exteriores, colocan<strong>do</strong> diante de um <strong>do</strong>s olhos um prisma, osobjetos parecem duplos e uma das imagens sofre um desvio cujo sen ti<strong>do</strong> e grandeza se podemcalcular. Ora, eis o que se obtém durante o sono hipnótico. Se Inculca à <strong>do</strong>ente a idéia de que,sobre a mesa de cor escura que lhe está na frente, há um retrato de perfil, ela, despertada, vêdistintamente o mesmo retrato. Se, ent ão, sem a prevenir, se lhe coloca um prisma diante de um <strong>do</strong>solhos, a paciente logo se admira de ver <strong>do</strong>is perfis, sen<strong>do</strong> a imagem falsa colocada sempre deacor<strong>do</strong> com as leis da Física. Dois <strong>do</strong>s nossos pacientes podem responder conformemente no esta<strong>do</strong>de catalepsia, sem terem, no entanto, qualquer noção das propriedades <strong>do</strong> prisma. Aliás, pode -sedissimular para eles a posição precisa em que se coloca o prisma, esconden<strong>do</strong> -se-lhe os bor<strong>do</strong>s. Se abase <strong>do</strong> prisma está para cima, as duas imagens ficam colocadas uma sobre a outra; se a base élat<strong>era</strong>l, as duas imagens ficam lat<strong>era</strong>lmente colocadas. Enfim, pode -se aproximar suficientemente amesa para que não seja duplica<strong>do</strong>, o que serviria de indício.Quan<strong>do</strong> se substitui o prisma por um binóculo, a imagem aumenta ou dim inui, conforme opaciente olha pela ocular ou pela objetiva. Houve a precaução de dissimular a extremidade <strong>do</strong>binóculo que se lhe apresentou numa caixa quadrada, com <strong>do</strong>is furos nas faces opostas, emcorrespondência com os vidros. Evitou -se assim que o paciente percebesse, no campo <strong>do</strong> binóculo,objetos cujas mudanças de dimensões poderiam servir de indício. Teve -se também que pôr em focoo binóculo, para a vista <strong>do</strong> alucina<strong>do</strong>.Continuan<strong>do</strong>-se a aplicar as leis da refração, pôde -se, por meio de uma lente, aumen tar oretrato sugeri<strong>do</strong>. Coloca<strong>do</strong> este a uma distância dupla da distância focal da lente pequena, foi elevisto inverti<strong>do</strong>. Verificou-se, certa vez, com o microscópio, que se tornara enorme uma pataalucinatória de aranha.Coloquemos agora o retrato imaginá rio diante de um espelho. Se houver sugeri<strong>do</strong> que operfil está volta<strong>do</strong> para a direita, no espelho ele aparecerá vira<strong>do</strong> para a esquerda. Logo, a imagemrefletida é simétrica da imagem alucinatória. Inverta -se pelos bor<strong>do</strong>s o quadra<strong>do</strong> de papel, op<strong>era</strong>n<strong>do</strong>por detrás da <strong>do</strong>ente: no espelho, o retrato aparece de cabeça para baixo e, circunstância digna denota, com o perfil volta<strong>do</strong> para a direita, o que também está de acor<strong>do</strong> com as leis da óptica.Recapitulemos: o retrato imaginário está volta<strong>do</strong> para a direita, o espelho o faz parecervolta<strong>do</strong> para a esquerda e, se inverter o papel, ele parece volta<strong>do</strong> para a direita. Aí já temoscombinações que absolutamente não se inventam. Vamos, porém, complicar ainda mais aexperiência. Substituamos o retrato por uma inscrição q ualquer em muitas linhas. No espelho, ainscrição imaginária é lida às avessas, isto é, invertida da direita para a esquerda. Se invertemos asbordas <strong>do</strong> papel, a inscrição é lida com inversão de cima para baixo, tornan<strong>do</strong> -se última à primeiralinha e cessan<strong>do</strong>, ao mesmo tempo, a inversão da direita para a esquerda. Esta experiência nemsempre é bem sucedida, mas muitas vezes o é ao cabo de uma série que exclui toda suspeita defraude. Haverá muita gente que, saben<strong>do</strong> que a escrita é vista invertida da direita para a esquerda noespelho, se aperceba de que, inverten<strong>do</strong> -se a folha escrita, a inscrição fica invertida de cima parabaixo, mas deixa de o estar da direita para a esquerda? O hipnótico zomba de todas essasdificuldades, que para ele não existem, porquant o ele vê, sem precisar de qualquer raciocínio. (232)Como se hão de interpretar esses fenômenos? Se admitirmos que à vontade <strong>do</strong> op<strong>era</strong><strong>do</strong>r criamomentaneamente, atuan<strong>do</strong> sobre os flui<strong>do</strong>s, uma imagem invisível para os assistentes, mas140

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