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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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Evidentemente, segun<strong>do</strong> o que se acaba de ler, Katíe não <strong>era</strong> a figura nem <strong>do</strong> corpo, nem <strong>do</strong>duplo <strong>do</strong> médium. Tinha uma individualidade distinta, se bem nem sempre aparecesse por inteiro.Numa sessão com Varley, engenheiro -chefe das linhas telegráficas da Inglaterra, estan<strong>do</strong> a médiumfiscalizada eletricamente, Katie só se mostrou materializada a meio, até à cintura apenas, faltan<strong>do</strong>ou conservan<strong>do</strong>-se invisível o resto <strong>do</strong> corpo.Apertei a mão àquele ser estranho, diz o célebre engenheiro, e , ao terminar a sessão, man<strong>do</strong>uKatie que eu fosse despertar a médium. Achei a Srta. Cook em transe, isto é, a<strong>do</strong>rmecida, como eu adeixara, e intactos to<strong>do</strong>s os fios de platina. Despertei -a.Segun<strong>do</strong> Epes Sargent, nos primeiros tempos, apenas se via o rosto; não havia cabelos, nemcoisa alguma acima da fronte. Parecia uma máscara animada. Após cinco ou seis meses de sessões,apareceu a forma completa. Esses seres então se condensam mais facilmente e mudam de cabelos,de vestuário, de cor da tez, à vontade. Mas , note-se bem que é sempre o mesmo tipo, nunca umaoutra forma.Neste ponto, faz-se necessário precisemos bastante o que entendemos pelo termo tipo.Quan<strong>do</strong> se comparam fotografias de um indivíduo, tiradas em diversas épocas de sua vida,reconhecem-se grandes diferenças entre as que ele tirou na idade de 15 anos e as que o representamaos 30 anos. Tu<strong>do</strong> se modificou profundamente. Os cabelos embranquec<strong>era</strong>m ou rarearam, os traçosse acentuaram ou ampliaram; notam -se rugas onde antes só se via plena juvenilidad e. Entretanto,com um pouco de atenção, chega -se a perceber que essas divergências não são fundamentais, que seencerram dentro de limites defini<strong>do</strong>s, dentro <strong>do</strong> que constitui, durante a vida toda, a característica daindividualidade: o tipo. Podemos perfeit amente conceber que o perispírito seja capaz de reproduziruma dessas formas, pois que evolveu através delas neste mun<strong>do</strong>. Essa faculdade de fazer que umaimagem reviva de si mesma assemelha -se a um avivamento de lembranças, o qual evoca uma épocapassada e a torna presente para a memória. Desde que nada se perde no envoltório fluídico, asformas <strong>do</strong> ser se fixam nele e podem reaparecer sob o influxo da vontade. Isso se demonstra pormeio de alguns exemplos.Voltemos ao testemunho <strong>do</strong> Sr. Brackett, cita<strong>do</strong> pelo Sr. Erny.Numa sessão de materialização, vi um mancebo de grande estatura dizer -se irmão dasenhora que me acompanhava e que lhe replicou: Como poderia eu reconhecê -lo, se não o vejodesde criança? Para logo, a figura diminuiu de talhe pouco a pouco, até chegar à <strong>do</strong> menino que asenhora conhec<strong>era</strong>. Observei outros casos <strong>do</strong> mesmo gênero, acrescenta Brackett.Aqui está outro testemunho seu:Uma das formas que aparecem em casa da Sra. F... disse ser Berta, minha sobrinha porafinidade. Como eu me mostrasse duv i<strong>do</strong>so, a forma desapareceu e voltou com a voz e o talhe deuma criança de quatro anos, idade em que morr<strong>era</strong>. Não <strong>era</strong> um des<strong>do</strong>bramento, porquanto omédium tem sotaque alemão e Berta não. Quanto ao ser uma figurante paga pela Sra. F..., desafioseja quem for que se desmaterialize diante de mim, como Berta se desmaterializou.Façamos aqui uma observação importante. Os <strong>do</strong>is Espíritos que se reportam à sua meninicetêm uma estatura e uma aparência diversas das que se lhes conhec<strong>era</strong>m neste mun<strong>do</strong>. Pode -seadmitir sejam estatura e aparência de uma vida anterior à precedente, o que nos conduz à lei g<strong>era</strong>l,ensinada por Allan Kardec, de que um Espírito suficientemente adianta<strong>do</strong> pode assumir, à suavontade, qualquer <strong>do</strong>s tipos pelos quais tenha evolvi<strong>do</strong> no curso de suas existências sucessivas.Com essa questão, porém, não temos que nos ocupar, <strong>do</strong> ponto de vista da identidade, porquantoapenas nos interessa a última forma, a que conhecemos.Não se deverá concluir <strong>do</strong> que fica dito que um Espírito farsista não possa disfarç ar-se, demaneira a simular uma personagem histórica, mais ou menos fielmente. Claro que a um farsanteserá possível sempre criar o redingote cinzento e o chapéu de Napoleão, bem como uma auréola eum par de asas, a fim de que o tomem por um anjo. Se, porv entura, ele tiver uma vaga parecençacom Bonaparte ou com as tradicionais imagens de São José, poderá enganar os inexperientes, osingênuos, os desprovi<strong>do</strong>s de senso crítico. Esse gênero de embuste pode mesmo ser emprega<strong>do</strong> porEspíritos pouco escrupulosos no tocante à escolha <strong>do</strong>s meios para sustentar certas crenças: mas,grande distância vai dessas caricaturas às experiências cientificamente realizadas, quais as quetemos cita<strong>do</strong> neste livro.125

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