O Sr. Bonner ainda obteve a fotografia de sua defunta mulher numa posição previamentedesignada por um médium de Nova York que não a conhecia, nem vira a fotog rafia que se achavaem Boston.O jornal O Médium, de 1872, também fala de uma fotografia de Espírito, obtida ao mesmotempo em que o médium declarava o que se ia dar. Diz o jornal:No momento em que a chapa ia ser exposta, a Sra. Connant (o médium) voltou -se para adireita e exclamou: Oh! Aqui está a minha Was -Ti! (Era uma menina índia, que se manifestavafreqüentemente por seu intermédio.) E estendeu a mão esquerda, como se quisesse pegar a daaparição. Na fotografia, vê-se, perfeitamente reconhecível, a f igura da indiazinha, com os de<strong>do</strong>s damão direita na mão da Sra. Connant.Temos, pois, aqui, a fotografia de uma figura astral, assinalada e reconhecida pelo pacientesensitivo, no momento da exposição da chapa. É mais uma confirmação das experiências <strong>do</strong> Sr .Beattie.Poderíamos multiplicar o número das citações deste gênero; mas, a exigüidade <strong>do</strong> nossoquadro nos obriga a remeter o leitor às mencionadas obras <strong>do</strong> eminente naturalista e <strong>do</strong> sábio russo.Em precedente trabalho (154), reproduzimos a fotografia de um Espírito obtida em plenaobscuridade, pelo Sr. Aksakof, com o médium Eglinton. Veremos, dentro em pouco, que também ogrande físico inglês William Crookes obteve uma série de fotografias de uma forma materializada.Examinemos outro aspecto <strong>do</strong> fenômeno.Impressões e moldagens de formas materializadasOs casos de aparições de duplos de pessoas vivas ou de Espíritos após a morte terrestre,comprovadas e referidas pela Sociedade de Pesquisas Psíquicas, são manifestações isoladas, reais,porém, relativamente muito raras e que se produzem somente em circunstâncias tão excepcionais,que se torna difícil fazer delas outra análise além da que resulta da narração verídica <strong>do</strong>acontecimento. Os espíritas, familiariza<strong>do</strong>s desde longo tempo com esses fenômenos, hão fe ito umestu<strong>do</strong> minucioso de to<strong>do</strong>s os possíveis gêneros de comunicação <strong>do</strong>s Espíritos conosco. Entre osmais notáveis de tais fenômenos, podem citar -se as diversas impressões deixarias em substânciasmoles ou friáveis, pelos seres <strong>do</strong> espaço, durante sessões e m que foram evoca<strong>do</strong>s. Resumamos empoucas palavras tão probantes experiências, de que voltaremos a tratar no capítulo seguinte.Pretendem os cépticos que ninguém pode estar certo de não se achar alucina<strong>do</strong>, ao observara presença de uma aparição, senão se e sta houver deixa<strong>do</strong>, da sua passagem, um traço que subsistaapós o desaparecimento da imagem.Os fatos que se seguem respondem a esse desid<strong>era</strong>tum.O eminente astrônomo alemão Zoellner obteve, em folhas de papel enegreci<strong>do</strong> e postas entreardósias, colocadas estas sobre os seus joelhos, duas marcas, de um pé direito uma, a outra de umpé esquer<strong>do</strong>, sem que o médium houvesse toca<strong>do</strong> as lousas. Doutra vez, colocou o papel enegreci<strong>do</strong>sobre uma prancheta e a marca de um pé foi aí feita, medin<strong>do</strong> quatro centímetros me nos <strong>do</strong> que o péde Slade (155). Num vaso cheio de farinha finíssima, achou -se a marca de uma mão, com todas assinuosidades da epiderme nitidamente visíveis.Já fizemos notar que as aparições sempre se assemelham, traço a traço, às pessoas de quemelas são o des<strong>do</strong>bramento. Faremos notar agora que os Espíritos que se materializammomentaneamente tomam um corpo físico idêntico a um corpo material ordinário, porquanto asmarcas ou impressões que eles deixam revelam semelhança perfeita com as que as mesmas part esde um corpo vivo produziriam.O professor Chiaia, de Nápoles, experimentan<strong>do</strong> com Eusápia Paladino, teve a idéia de semunir de argila <strong>do</strong>s escultores e o Espírito imprimiu nessa matéria plástica o seu rosto. Derraman<strong>do</strong>gesso no molde assim produzi<strong>do</strong>, obt eve ele uma bela cabeça de homem, de melancólico semblante.(156)Na América, conseguiram-se resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mesmo gênero, chegan<strong>do</strong> -se até a descobrir umnovo meio de se obterem reproduções fiéis das aparições. Derreten<strong>do</strong> -se parafina em água quente,aquela sobe à superfície desta. Pede-se então ao Espírito que mergulhe repetidas vezes na parafina aparte <strong>do</strong> seu corpo que se deseja conservar. Feito isso e desmaterializan<strong>do</strong> -se, quan<strong>do</strong> o envoltório82
de parafina se ache seco, a aparição deixa um molde perfeito. De rrame-se gesso dentro deste e terse-áuma lembrança dura<strong>do</strong>ura <strong>do</strong> Espírito desencarna<strong>do</strong> que se prestou à op<strong>era</strong>ção. Vamostranscrever o relato de uma dessas sessões, reproduzin<strong>do</strong> o que publicou o célebre sábio russoAksakof. (157)Para completar as experiências <strong>do</strong> Sr. Reimers acrescentar-lhes-ei a resenha de uma sessãoque se realizou em Manchester, a 7 de abril de 1875, e à qual deu publicidade The Spiritualist de 12de maio seguinte. Da mesma resenha apareceu uma tradução alemã no Psychische Studien de 187 7,páginas 550-553. Dentre as cinco testemunhas, conheço pessoalmente os Srs. Marthèze, Oxley eReimers, dignos to<strong>do</strong>s de absoluto crédito:Nós, abaixo assina<strong>do</strong>s, certificamos pela presente os fatos seguintes, que se produziram nanossa presença, em casa <strong>do</strong> Sr. Reimers a 7 de abril de 1875. Pesamos cuida<strong>do</strong>samente três quartosde libra de parafina, pusemo-los numa cuba e despejamos em cima água a ferver, o que logo aderreteu. Se introduzir muitas vezes uma mão nesse liqui<strong>do</strong>, a parafina que sobre ela se depo sitar,forma, depois de resfriada, um molde perfeito. A cuba, assim como outro vaso conten<strong>do</strong> água fria,fora colocada a um canto da sala. Duas cortinas de seis pés de altura e quatro de largura, suspensaspor varões de ferro, formavam um gabinete quadra<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em cada extremidade aberturas dequinze polegadas de largo. A parede ficava distante da casa ao la<strong>do</strong> e, quase cheio de móveis ogabinete, a ninguém podia acudir a idéia da existência de alçapões, tanto mais que também oassoalho estava coberto de vasos, cadeiras, etc.Uma senhora de nossa amizade, <strong>do</strong>tada desse misterioso poder a que se dá o nome demediunidade, foi envolvida numa rede de malhas, que lhe cobria a cabeça, os braços, as mãos ecujos cordões, passan<strong>do</strong> em corrediças, foram aperta<strong>do</strong>s o mai s possível e amarra<strong>do</strong>s com um nó.Meteu-se ao demais na rede um pedaço de papel que cairia se desfizesse o nó. Todas as testemunhasforam acordes em declarar que seria impossível ao médium, por si só, libertar -se, sem se trair.Nessa situação foi ela conduzida ao canto <strong>do</strong> gabinete onde só havia a cadeira, alguns vasos e umaestante de livros. Nada que se visse havia perto desses objetos, que examinamos a toda luz <strong>do</strong> gás.Fechou-se a sala. Baixamos a luz, mas de mo<strong>do</strong> que alguma coisa sempre se podia distingu irno aposento, e sentamo-nos a distância de quatro ou seis pés da cortina. Decorri<strong>do</strong> algum tempo,que passamos a cantar ou a ouvir música, uma figura apareceu na abertura <strong>do</strong> meio da cortina e semoveu para o la<strong>do</strong>. To<strong>do</strong>s os assistentes notaram distintament e a bela e brilhante coroa que trazia àcabeça e a fita preta que lhe rodeava o pescoço e da qual pendia uma cruz de ouro. Logo outrafigura feminina surgiu, também com uma coroa visível. Mostran<strong>do</strong> -se ao mesmo tempo em que aprimeira elevou-se acima <strong>do</strong> gabinete em direção ao teto e graciosamente sau<strong>do</strong>u os assistentes.Uma voz fortíssima de homem, vinda <strong>do</strong> canto, anunciou que ia tentar fazer moldes.Então, na abertura da cortina apareceu de novo a primeira figura, fazen<strong>do</strong> sinal ao Sr.Marthèze para que se aproximasse, a fim de lhe apertar a mão. Tirou -lhe <strong>do</strong> de<strong>do</strong> o anel e o Sr.Marthèze viu, naquele mesmo instante, o médium no canto oposto, envolto na rede já descrita. Afigura, porém, se desvaneceu rapidamente na direção <strong>do</strong> médium.Ten<strong>do</strong> o Sr. Marthèze volta<strong>do</strong> à sua cadeira, a voz perguntou de dentro <strong>do</strong> gabinete que mãodesejávamos e pouco depois aquele senhor foi outra vez chama<strong>do</strong> à abertura da cortina, para recebero molde de uma mão esquerda. Inspecionan<strong>do</strong> -a, descobriu-se-lhe num <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s o anel <strong>do</strong> Sr.Marthèze. O Sr. Reimers foi chama<strong>do</strong> a seu turno e recebeu da mesma maneira a mão direitadestinada a seus sábios amigos de Leipzig, em cumprimento da promessa que lhes eleexpressamente fiz<strong>era</strong>. Em seguida, ouviu -se tossir o médium, cuja tosse desaparec<strong>era</strong> du rante to<strong>do</strong> otempo (mais de uma hora), tosse que fiz<strong>era</strong> recear um malogro, tão violentos tinham si<strong>do</strong> emcomeço os acessos. Quan<strong>do</strong> ela saiu <strong>do</strong> gabinete, examinamos os nós e... achamos tu<strong>do</strong> no mesmoesta<strong>do</strong> que anteriormente. Retiramos toda a parafina que res tava no vaso e, pesan<strong>do</strong>-a juntamentecom os <strong>do</strong>is moldes obti<strong>do</strong>s, encontramos pouco mais de três quartos de libra, sen<strong>do</strong> o pequenoexcesso devi<strong>do</strong> ao anel que aderira à parafina, como se verificou, tiran<strong>do</strong> -o <strong>do</strong> molde. A proporçãodágua <strong>do</strong>s moldes correspondia perfeitamente ao restante. Com isso terminaram as nossasexperiências.As mãos obtidas diferem consid<strong>era</strong>velmente, sob to<strong>do</strong>s os aspectos, das <strong>do</strong> médium, masambas revelam as pequenas marcas (muito bem visíveis com o auxílio de um vidro de aumento) de83
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