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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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Aparição coletiva de um mortoSr. Charles A. W. Lett, <strong>do</strong> Real Clube Militar e Naval, rua Albermale, Londres. (113)A 5 de abril de 1873, o pai de minha mulher morreu na sua residência, em Cambrook,Rosebay, perto de Sydney. Umas seis semanas depois de sua morte, certa noite, pelas nove horas,minha mulher entrou acidentalmente num <strong>do</strong>s quartos de <strong>do</strong>rmir da casa. Acompanhava -a umajovem, a Srta. Berton. Ao entrarem no quarto – achava-se aceso o bico de gás – tiv<strong>era</strong>m ambas asurpresa de dar com a imagem <strong>do</strong> capitão Towns, refletida na superfície polida <strong>do</strong> armário. Viam -se-lhe a metade <strong>do</strong> corpo, a cabeça, as espáduas e os braços. Dir -se-ia um retrato em tamanhonatural. Tinha páli<strong>do</strong> e magro o rosto, como ao morrer. Trazia uma jaqueta de flanela cinzenta, comque costumava <strong>do</strong>rmir. Surpreendidas e meio apavoradas, supus<strong>era</strong>m, a principio, ser um retratoque houvessem pendura<strong>do</strong> no quarto e cuja imagem viam refletida. Mas, não havia ali nenhumretrato daquele gênero.Estan<strong>do</strong> as duas ainda a olhar, entrou no quarto a irmã de minha mulher, Srta. Towns, e,antes que as outras lhe falassem, exclamou: Meu Deus! olhem o papai. Como na ocasião passassepela escadaria uma das criadas de quarto, chamaram -na e lhe perguntaram se via alguma coisa. Elarespondeu: Oh! Senhorita, o patrão! Mandaram chamar Graham, ordenança <strong>do</strong> capitão Towns, oqual, assim chegou ao quarto, foi exclaman<strong>do</strong>: Deus nos guarde! Senhorita Lett, é o capitão.Chamaram também o mor<strong>do</strong>mo e, de pois, a Sra. Crane, ama de minha mulher, e ambos diss<strong>era</strong>m oque viam. Finalmente, pediram à Sr Towns que viesse. Ao deparar com a aparição, encaminhou -separa ela de braços estendi<strong>do</strong>s, como para segurá -la; mas, ao passar a mão pela face <strong>do</strong> armário, aimagem começou a desaparecer pouco a pouco e nunca mais foi vista, embora o quarto continuasseocupa<strong>do</strong>.Tais os fatos como se d<strong>era</strong>m, sen<strong>do</strong> impossível duvidar deles. As testemunhas de nenhummo<strong>do</strong> foram influenciadas. A todas <strong>era</strong> feita a mesma pergunta, logo que chegavam ao quarto, etodas respond<strong>era</strong>m sem hesitação. Eu, no momento, estava em casa, mas não ouvi chamarem -me.63C. A. W. LETT.As abaixo assinadas, depois de lerem a narrativa acima, certificam que está exata. Todas nósfomos testemunhas da aparição.3 de dezembro de 1885.Sara Lett. – Sibbie Singth (Towns em solteira).Além <strong>do</strong>s casos cita<strong>do</strong>s, As Alucinações Telepáticas trazem sessenta e três outros análogos.Tanto custa às verdades novas abrir caminho através da inextricável balseira das idéiaspreconcebidas, que a inevitável alucinação não deixou de ser invocada, para explicar os casos emque as aparições de Espíritos são vistas simultaneamente por muitas pessoas. Com a maiorsimplicidade imaginável, com espantosa desenvoltura, dizem os nega<strong>do</strong>res que a alucinação, emvez de ser única, é coletiva. Em vão se lhes objeta que as testemunhas gozam de perfeita saúde e seacham no uso de todas as suas faculdades; que essas testemunhas, conquanto diversas, se referem aum mesmo objeto, descrito ou reconheci<strong>do</strong> identicamente por to<strong>do</strong>s os observa<strong>do</strong>res, o que constituisinal certo da sua realidade: os incrédulos abanam a cabeça desdenhosamente e, fazen<strong>do</strong> garbo dasua ignorância, preferem atribuir o fato a um desarranjo momentâneo das faculdades mentais <strong>do</strong>sobserva<strong>do</strong>res, a uma ilusão que se apod<strong>era</strong> de to<strong>do</strong>s os assistentes, antes que reconhecer lealmente amanifestação de uma inteligência desencarnada.A negação, porém, para legitimar -se, precisa de limites, porquanto não lhe é possívelmanter-se, desde que seja posta em face das provas experimentais, que permanecem quaistestemunhos autênticos da realidade das manifestações.Notemos que, em to<strong>do</strong>s os casos precedentemente referi<strong>do</strong>s, a certeza da visão em si mesmanão é contestada; o que os opositores negam é que seja o bjetiva, isto é, que se haja produzi<strong>do</strong>algures, que não no cérebro <strong>do</strong> ou <strong>do</strong>s assistentes. Pretendem eles que os relatos das testemunhasnão podem ter valor absoluto, da<strong>do</strong> que, a admitir -se uma coisa tão inverossímil como a aparição de

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