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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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ConclusãoO problema da imortalidade da alma, que outrora pertencia à alçada da Filosofi a, pôde, nosdias atuais, ser ataca<strong>do</strong> pelo méto<strong>do</strong> positivo. Já observamos umas orientações novas, criadas pelapesquisa experimental. O hipnotismo prestou serviço imenso à Psicologia, com o facultar que sedissecasse, por assim dizer, a alma humana e fecun da foi o emprego que dele se fez, para obter -se oconhecimento <strong>do</strong> princípio pensante em suas modalidades conscientes e subconscientes. A isso,entretanto, não se reduziu o seu papel; ele deu ensejo a que se pusessem em foco fenômenos malconheci<strong>do</strong>s, quais os da sugestão mental à distância, da exteriorização da sensibilidade e damotricidade, que levam diretamente à telepatia e ao Espiritismo.Essa evolução lógica mostra que a Natureza procede por transições insensíveis. Há certosfenômenos em que a ação ext racorpórea da alma humana se pode explicar por uma simplesirradiação dinâmica, produzin<strong>do</strong> os fenômenos telepáticos propriamente ditos, ao passo que outrosabsolutamente necessitam, para serem compreendi<strong>do</strong>s, da exteriorização da inteligência, dasensibilidade e da vontade, isto é, da própria alma.Assinalamos, de passagem, essa sucessão das manifestações anímicas e, embora fôssemosconstrangi<strong>do</strong>s a resumir extremamente os fatos, temos para nós, contu<strong>do</strong>, que a atenção <strong>do</strong> leitor foiatingida por essa continuidade, que de mo<strong>do</strong> ainda mais empolgante ressalta quan<strong>do</strong> se chega àsmanifestações extraterrestres. São preciosas as observações <strong>do</strong>s sábios da Sociedade de PesquisasPsíquicas, no senti<strong>do</strong> de que fazem se apreenda bem a notável semelhança que existe entre asaparições <strong>do</strong>s mortos e as <strong>do</strong>s vivos. Melhor então se compreendem as narrativas de que sãocopiosos os anais de to<strong>do</strong>s os povos. Chegamos a persuadir -nos de que, se a vida de além-túmulofoi negada com tanta fúria por muitos espíritos bons, é que ela <strong>era</strong> Inc ompreensível, quer fizessemda alma uma resultante <strong>do</strong> organismo, quer a supusessem formada de uma essência puramenteespiritual.Pudemos, com efeito, convencer-nos de que a alma humana não é, conforme o julgam osmaterialistas, uma função <strong>do</strong> sistema nervos o; que ela é um ser <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de existência independente<strong>do</strong> organismo e que se revela precisamente com todas as suas faculdades: sensitivas, inteligentes evoluntárias, quan<strong>do</strong> o corpo físico se tornou inerte, insensível, completamente aniquila<strong>do</strong>. A almahumana não é, tampouco, qual o afirmam os espiritualistas, uma entidade imaterial, um serintangível. Ela possui um substratum material, porém forma<strong>do</strong> de matéria especial, Infinitamentesutil, cujo grau de rarefação ultrapassa de muito to<strong>do</strong>s os gases até hoje c onheci<strong>do</strong>s.Se bem, desde o instante <strong>do</strong> nascimento, alma e corpo se achem intimamente uni<strong>do</strong>s, demaneira a formarem um to<strong>do</strong> harmonioso, não é tão profunda essa união, nem tão indissolúvelquanto se pensava. Sabemos, por fatos de observação e de experiência, que o princípio pensante seevade por vezes da sua prisão carnal e percebe a natureza, com exclusão <strong>do</strong> ministério <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s.Os casos de Varley, <strong>do</strong> Dr. Britten, <strong>do</strong> jovem grava<strong>do</strong>r cita<strong>do</strong> pelo Dr. Gibier são, a esse respeito,inteiramente probantes. O desprendimento anímico pode ser provoca<strong>do</strong>, como vimos nas pesquisas<strong>do</strong> Sr. de Rochas, nas quais apanhamos ao vivo o processo de desintegração que, quan<strong>do</strong> secompleta, dá lugar à formação de um fantasma que reproduz com exatidão o corpo físico. Aliás, asexperiências <strong>do</strong>s magnetiza<strong>do</strong>res conduzem ao mesmo resulta<strong>do</strong>. Os casos <strong>do</strong> negro Lewis e da Sra.Morgan estabelecem, com caráter de certeza, que é possível à alma separar -se voluntariamente <strong>do</strong>corpo.Foi sempre experimentalmente que se observou ter esse corpo da alma uma realidade física,pois que ele pode ser visto (caso de Lewis e <strong>do</strong> Dr. Britten) e não raro fotografa<strong>do</strong>, conforme odemonstramos várias vezes (casos <strong>do</strong> capitão Volpi, <strong>do</strong> Sr. Stead, <strong>do</strong> Dr. Hasdeu, etc.). Finalmente,a realidade física <strong>do</strong> des<strong>do</strong>bramen to está inteiramente provada com a Sra. Fay e o médium Eglinton,de cujo duplo a materialização se tornou Irrecusável por um molde em parafina.Esse duplo, sósia <strong>do</strong> ser vivo, não é, pois, uma miragem, uma imagem virtual, ou umaalucinação E a própria alma que se revela, não só pela sua aparição, mas também Intelectualmente,por mensagens que lhe atestam a individualidade. O que reproduzimos de forma experimental sedeu naturalmente e foi observa<strong>do</strong> grande número de vezes, porquanto os sábios da Sociedade dePesquisas Psíquicas reuniram considerável acervo de <strong>do</strong>cumentos acerca desse assunto, tãoeminentemente instrutivo e interessante. O cepticismo, em verdade, não pode sentir -se à vontade143

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