também a configuração física, que se patenteia pelas marcas que deixa no papel enegreci<strong>do</strong> e pelasmoldagens! Que descoberta mara vilhosa essa possibilidade de qualquer um se convencer dasobrevivência integral <strong>do</strong> ser pensante, por meio de provas materiais!Vemos, finalmente, nas experiências de Crookes, que o Espírito materializa<strong>do</strong> é, porcompleto, um ser que vive temporariamente, c omo se houvesse nasci<strong>do</strong> na Terra. Bate -lhe ocoração, funcionam-lhe os pulmões, ele vai e vem, conversa, dá uma mecha de cabelos existentesna própria cabeça. Seu perispírito tem, pois, em si tu<strong>do</strong> o que é necessário à criação de to<strong>do</strong>s essesórgãos, com a força e a matéria que haure <strong>do</strong> médium. É o des<strong>do</strong>bramento completo <strong>do</strong> fenômeno,que vimos apenas esboça<strong>do</strong> nas aparições falantes. (168)Pouco importa que os sábios oficiais fechem os olhos, que a imprensa, obstinadamente,guarde silêncio sobre tão notáveis f atos. Isso não impedirá que a verdade brilhe aos olhos <strong>do</strong>s quenão sejam espíritos preveni<strong>do</strong>s. Essa demonstração material da sobrevivência tem capitalimportância para o futuro da humanidade. Ninguém poderá destruir o feixe de provas queapresentamos. Ce<strong>do</strong> ou tarde, ainda os mais orgulhosos terão que se curvar à evidência e dereconhecer que os espíritas, tão escarneci<strong>do</strong>s, hão, todavia, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> a ciência com a maior e a maisfecunda descoberta que já se fez na Terra.ConclusãoParece-nos, conseguintemente, firma<strong>do</strong> pela observação e pela experiência, que:1 – o ser humano pode des<strong>do</strong>brar-se em duas partes: o corpo e a alma;2 – a alma, separada <strong>do</strong> corpo, lhe reproduz exatamente a imagem;3 – as manifestações anímicas independem <strong>do</strong> corpo físico; durante o desp rendimento,quan<strong>do</strong> a alma está totalmente exteriorizada, o corpo nada mais é <strong>do</strong> que uma massa inerte;4 – a aparição pode denotar to<strong>do</strong>s os graus de materialidade, desde a de uma simplesaparência até a de uma realidade concreta, que lhe permite andar, fala r e atuar sobre a matéria bruta;5 – a forma fluídica da alma pode ser fotografada;6 – a forma fluídica da alma, durante a vida, ou depois da morte, pode deixar marcas oumoldes;7 – durante a vida, pode a alma perceber sensações, sem o concurso <strong>do</strong>s órgão s <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s;8 – a forma fluídica reproduz não só o exterior, mas também toda a constituição interna <strong>do</strong>ser;9 – a morte não destrói a alma; esta subsiste com todas as suas faculdades psíquicas e comum organismo físico, visível e imponderável, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, em esta<strong>do</strong> latente, de todas as leis biológicas<strong>do</strong> ser humano.As conseqüênciasQue se deve concluir de to<strong>do</strong>s esses fatos? Em primeiro lugar, somos força<strong>do</strong>s a admitir queo corpo e a alma são duas entidades absolutamente distintas, que se podem separar, c ada uma delascom caracteres inequívocos de substancialidade. Também devemos notar que o organismo físiconão passa de um envoltório que se torna inerte, logo que o princípio pensante se separa dele. A partesensível, inteligente <strong>do</strong> homem reside no duplo e se mostra como causa da vida psíquica. Desdeentão, será lógico que, para explicar os fenômenos espíritas, se imaginem outros fatores, comexclusão da alma humana?Evidentemente não e todas as teorias que recorrem à intervenção de seres extraordinários,como demônios, elementais, elementares, ogros, idéias coletivas, não suportam o exame <strong>do</strong>s fatos,nem explicam os fenômenos observa<strong>do</strong>s. No caso em que o Espírito de um vivo se manifesta dequalquer maneira, possível se nos torna remontar <strong>do</strong> efeito à causa e descobrir a razão eficiente <strong>do</strong>fenômeno: é a psique humana, em ação temporária fora <strong>do</strong>s limites <strong>do</strong> seu organismo.Sabemos que ela haure <strong>do</strong> corpo material a força de que necessita para suas manifestações.Aban<strong>do</strong>ne definitivamente o seu corpo material, e ess a alma será obrigada a recorrer a um médium,para dele tomar aquela energia indispensável. Assim, claramente se explicam todas asmanifestações. Há nesses fatos, que se desenrolam em séries paralelas, não só evidente parentesco,94
mas uma semelhança tão grande, que chega à identidade. Logo, em boa lógica, a causa énecessariamente a mesma: em to<strong>do</strong>s os casos, a alma.Essa continuidade foi tão bem sentida, que alguns incrédulos, como Hartmann, tentaramexplicar to<strong>do</strong>s os fatos espíritas pela ação incorpórea e in consciente <strong>do</strong> médium. Mas, osfenômenos, em grandíssimo número, respond<strong>era</strong>m vitoriosamente a essa inexata asserção. OsEspíritos, por provas irrecusáveis, revelaram -se <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s de uma personalidade inteiramenteautônoma e independente por completo das <strong>do</strong>s a ssistentes. Demonstraram de mo<strong>do</strong> peremptório asobrevivência de que gozavam, por uma quantidade prodigiosa de comunicações, fora, em absoluto,<strong>do</strong>s conhecimentos de to<strong>do</strong>s os experimenta<strong>do</strong>res (169). Firmaram sua identidade, por meio deassinaturas autênticas; pela narração de fatos que só eles podiam conhecer; por predições queminuciosamente se cumpriram. Numa palavra: provaram cientificamente a imortalidade.Foi certamente a mais importante e a mais fecunda descoberta <strong>do</strong> século XIX. Chegar aconhecimentos positivos sobre o amanhã da morte é revolucionar a humanidade inteira, dan<strong>do</strong> àmoral uma base científica e uma sanção natural, à revelia de to<strong>do</strong> e qualquer cre<strong>do</strong> <strong>do</strong>gmático earbitrário.Sem dúvida, mesmo quan<strong>do</strong> essas consola<strong>do</strong>ras certezas hajam penetra<strong>do</strong> as massashumanas, a humanidade não se achará só por isso bruscamente mudada, nem se tornará melhorsubitamente; disporá, todavia, da mais forte alavanca que possa existir para derribar o montão deerros acumula<strong>do</strong>s desde há seis mil anos. Seus instrutores po derão falar com autoridade <strong>do</strong>s deveresque correm a to<strong>do</strong> aquele que vem a este mun<strong>do</strong>. Exporão aos olhos <strong>do</strong>s mais recalcitrantes osdestinos que os aguardam, e a vida futura, na qual a maioria já não crê, se tornará tão evidentequanto a claridade <strong>do</strong> Sol. Compreender-se-á então que a morada terrestre não é mais <strong>do</strong> que umdegrau nos destinos <strong>do</strong> homem; que alguma coisa de mais útil há <strong>do</strong> que a satisfação <strong>do</strong>s apetitesmateriais e que cada um terá que conseguir, a to<strong>do</strong> custo, refrear suas paixões e <strong>do</strong>mar seus ví cios.Esses os benefícios indubitáveis que o Espiritismo traz consigo.Bendita e emancipa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>utrinam! Que as tuas irradiações se estendam rapidamente portoda a Terra, a fim de levarem a certeza aos que duvidam, de abrandarem as <strong>do</strong>res <strong>do</strong>s coraçõesdilac<strong>era</strong><strong>do</strong>s pela partida de seres ama<strong>do</strong>s com ternura e de darem aos que lutam com as asperezas davida a coragem de sup<strong>era</strong>r as duras necessidades deste mun<strong>do</strong> ainda tão bárbaro.TERCEIRA PARTEO ESPIRITISMO E A CIÊNCIACAPITULO I – ESTUDO DO PERISPIRITOSUMARIO: De que é forma<strong>do</strong> o perispírito? – Obrigação que tem a ciência de se pronunciara respeito. – Princípios g<strong>era</strong>is. – O ensino <strong>do</strong>s Espíritos. – O que é preciso se estude.De que é forma<strong>do</strong> esse perispírito, cuja existência, assim durante a vida, como dura nte amorte, se acha demonstrada? Qual a substancia constituinte desse envoltório permanente da alma?Tal a primeira questão que tentaremos resolver.Nenhuma das narrativas, nenhuma das experiências acima referidas nos instruíram sobreesse ponto importante. Não ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> possível submeter esse corpo abmaterial aos reativosordinários, forçoso é, ainda agora, que nos atenhamos à observação e ao que os Espíritos hão dito atal respeito. Aliás, dificilmente poderíamos encontrar melhores instrutores <strong>do</strong> que aq ueles mesmosque produzem as aparições. Não esqueçamos que eles põem em jogo leis que ainda teremos dedescobrir, pois mostraram que Una matéria invisível aos olhares humanos pode impressionar umachapa fotográfica, mesmo na mais absoluta obscuridade (170) . Os fenômenos de trazimentoconstituem outra prova da ação <strong>do</strong>s Espíritos sobre a matéria, ação que se op<strong>era</strong> por processos deque nem sequer suspeitamos. E que dizer dessas materializações que engendram, por algunsinstantes, um ser tangível, tão vivo quan to os assistentes, senão que a ciência humana é de to<strong>do</strong>impotente para explicar tais manifestações de uma biologia extraterrena?95
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Entretanto, vendo que o Dr. Moroni
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