Dassier cita muitos casos semelhantes, extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s arquivos judiciários da Inglaterra (146).Uma certa Joana Brooks, em se des<strong>do</strong>bran<strong>do</strong>, causara muitos malefícios àqueles de quem nãogostava. Haven<strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> uma criança, esta entrou a deperecer rapidamente, sem que ninguémsoubesse a que atribuir o mal que a tomara, quan<strong>do</strong>, em da<strong>do</strong> momento, disse a criança, apontan<strong>do</strong>para um ponto da parede: E Joana Brooks, que está ali! Um <strong>do</strong>s presentes saltou e deu um golpe depunhal no lugar indica<strong>do</strong> e a criança declarou que a mulher ficara ferida na mão. No dia seguinte,foram à casa da feiticeira e verificaram que ela estava realment e ferida, como o afirmara a criança.Em circunstâncias quase semelhantes, outra mulher, Juliana Cox, foi ferida em sua pernafluídica, por uma moça a quem ela obsidiava e, in<strong>do</strong> -lhe depois a casa algumas pessoas,comprovaram que a lamina da faca, que lhe at ingira o duplo fluídico, se adaptava exatamente àferida que se lhe abrira na perna material.Recordemos a última frase <strong>do</strong> Sr. de Rochas: A imagem da Sra. Lux emitia radiações commáximas e mínimas. Ora, como essas radiações são imperceptíveis à visão ordi nária, temos perdemonstra<strong>do</strong> ser possível fotografar -se matéria invisível, o que pode fazer se compreenda afotografia <strong>do</strong>s Espíritos.Ação <strong>do</strong>s medicamentos a distânciaPor outra série de provas, podemos evidenciar a existência <strong>do</strong> perispírito no homem. Fa -loemosexaminan<strong>do</strong> os efeitos que se produzem em certos pacientes hipnotiza<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> se lhesaproximam <strong>do</strong> corpo substâncias encerradas em frascos cuida<strong>do</strong>samente arrolha<strong>do</strong>s.Os fatos expostos pelos Srs. Bourru e Burot (147) escapam a toda explicação cien tífica, pelaboa razão de que, desconhecen<strong>do</strong> o perispírito e suas propriedades, <strong>era</strong> impossível aos sábioscompreender o gênero de ação que nesse caso se exerce. Graças às experiências <strong>do</strong> Sr. de Rochas,fazen<strong>do</strong> intervir nelas o perispírito exterioriza<strong>do</strong>, to rna-se mais fácil explicar os fenômenos.Depois de haver toma<strong>do</strong> todas as precauções, para evitar a simulação ou as sugestões,aqueles observa<strong>do</strong>res comprovaram os fatos seguintes:Conservada a uma distância de dez a quinze centímetros de um paciente a<strong>do</strong>rmec i<strong>do</strong>, a cubade um termômetro lhe produzia <strong>do</strong>r muito viva, convulsões e uma contração <strong>do</strong> braço. Um cristal deiodeto de potássio determinava espirros. O ópio fez <strong>do</strong>rmir. Um frasco de jaborandi acarretavasalivação e suor. Continuadas com a valeriana, a cant árida, a apomorfina, a ipecacuanha, o emético,a escamônea, o aloés, as mesmas experiências d<strong>era</strong>m resulta<strong>do</strong>s precisos e concordantes. Apenascoloca<strong>do</strong>s perto da cabeça <strong>do</strong> paciente, mas sem contacto, cada um daqueles medicamentosproduzia efeito de acor<strong>do</strong> com a sua natureza, isto é, verdadeira ação fisiológica, como se o aludi<strong>do</strong>paciente o houvesse introduzi<strong>do</strong> em seu organismo.Foi também experimentada a ação de venenos diluí<strong>do</strong>s na água e comprovaram -se osmesmos sintomas que se produziriam se o paciente os h ouvesse ingeri<strong>do</strong> pelas vias ordinárias. Olouro-cereja determinou uma crise de êxtase numa mulher judia, que acreditou ver a Virgem Maria.O Dr. Luys, muito céptico a princípio, afinal se convenceu. Refere ele que dez gramas deconhaque num tubo sela<strong>do</strong> a f ogo e aproxima<strong>do</strong> da cabeça de um paciente hipnotiza<strong>do</strong> causam aembriaguez ao cabo de dez minutos. Dez gramas dágua, sempre em tubo sela<strong>do</strong>, produzem, depoisde alguns minutos, a constrição da garganta, a rigidez <strong>do</strong> pescoço e os sintomas da hidrofobia.Quatro gramas de essência de tomilho, encerradas da mesma maneira num tubo e postas diante <strong>do</strong>pescoço de uma mulher hipnotizada, perturbaram -lhe a circulação, fiz<strong>era</strong>m-lhe sair das órbitas osolhos, intumesc<strong>era</strong>m-lhe o pescoço de mo<strong>do</strong> assusta<strong>do</strong>r e ocasionaram, na inervação circulatória <strong>do</strong>pescoço, da face e <strong>do</strong>s músculos inspiratórios, uma crescente desordem, acompanhada de um ruí<strong>do</strong>de pulmoeira de caráter sinistro, que aterrou o experimenta<strong>do</strong>r e o obrigou a deter -se, para evitaracidentes fulminantes. (148)Diante de tão claras manifestações tangíveis, escreve o Dr. Luys, e tão precisas, de que fuicom freqüência testemunha; diante de tão surpreendentes casos de repercussão das ações a distânciasobre a inervação visc<strong>era</strong>l <strong>do</strong>s pacientes, em os quais ocasionei náusea s e vômitos, apresentan<strong>do</strong>lhesum tubo que continha ipecacuanha em pó, e vontade de defecar, colocan<strong>do</strong> -lhes no pescoço umtubo com vinte gramas de óleo de rícino, não hesito em reconhecer que assistimos a uma série defenômenos singulares que se desenvolve m com exclusão das leis naturais, e à evolução normal78
deles, fenômenos que derrocam o que julgamos saber sobre a ação <strong>do</strong>s corpos. Mas, eles existem,impõem-se à observação e, ce<strong>do</strong> ou tarde, servirão de ponto de partida para a explicação de grandenúmero de fenômenos invulgares da vida normal. (149)Sem dúvida alguma, são singulares esses fatos, mas não é impossível explicá -los, depois quea exteriorização <strong>do</strong> perispírito e <strong>do</strong> fluí<strong>do</strong> nervoso se tornou fenômeno demonstra<strong>do</strong>. Numa dasexperiências <strong>do</strong> Sr. de Rochas, observamos que a água acumula a sensibilidade e que, atuan<strong>do</strong> -sesobre essa água, se transmitem sensações ao corpo. Devemos admitir que no mesmo caso estejamoutros líqui<strong>do</strong>s; mas, então, as sensações experimentadas estarão em relação com as propriedadesdesses líqui<strong>do</strong>s, poden<strong>do</strong>-se notar no paciente os mesmos fenômenos que apresentaria, se oshouvesse ingeri<strong>do</strong> naturalmente.Nas experiências precedentes, as substâncias estavam encerradas em frascos fecha<strong>do</strong>s aesmeril, ou sela<strong>do</strong>s a fogo. O flui<strong>do</strong> perispirít ico, porém, penetra to<strong>do</strong>s os corpos, o mesmo fazen<strong>do</strong>o flui<strong>do</strong> nervoso em grande número deles. Somente, pois, se observaram fenômenos, quan<strong>do</strong> omedicamento em experiência <strong>era</strong> capaz de ser assimila<strong>do</strong>, quanto à sua parte volátil, pela forçanervosa.CAPITULO III – FOTOGRAFIAS E MOLDAGENS DE FORMAS DE ESPIRITOSDESENCARNADOSSUMARIO: A fotografia <strong>do</strong>s Espíritos. – Fotografias de Espíritos desconheci<strong>do</strong>s <strong>do</strong>sassistentes e identifica<strong>do</strong>s mais tarde como sen<strong>do</strong> de pessoas que viv<strong>era</strong>m na Terra. – Espíritosvistos por médiuns e ao mesmo tempo fotografa<strong>do</strong>s. – Impressões e moldagens de formasmaterializadas. – História de Katie King. – As experiências de Crookes. – O caso da Sra.Livermore. – Resumo. – Conclusão. – As conseqüências.A fotografia <strong>do</strong>s EspíritosVimos que um <strong>do</strong>s fenômenos que de mo<strong>do</strong> autêntico demonstram a existência da almadurante a vida é a fotografia <strong>do</strong> duplo, durante a sua saída temporária <strong>do</strong> corpo. A grande lei decontinuidade, que rege os fenômenos naturais, havia dê conduzir os espíritas a pond<strong>era</strong>r que, sen<strong>do</strong>a alma humana – durante o seu desprendimento – capaz de impressionar uma chapa fotográfica, amesma faculdade há de ela ter após a morte. E efetivamente o que se chegou a comprovar, desdeque se pud<strong>era</strong>m estabelecer as condições necessárias a es sas manifestações transcendentes.Aqui, nenhuma objeção pode prevalecer. A prova fotográfica tem um valor <strong>do</strong>cumentário deextrema importância, porque mostra que a famosa teoria da alucinação é notoriamente inaplicável atais fatos. A chapa sensível constit ui um testemunho científico que certifica a sobrevivência da almaà desagregação <strong>do</strong> corpo; que atesta conservar ela uma forma física no espaço e que a morte não lhepode acarretar a destruição.Em face de semelhantes resulta<strong>do</strong>s, que restará de todas as cos tumeiras declamações acerca<strong>do</strong> sobrenatural e <strong>do</strong> maravilhoso? Há -se de convir em que os Espíritos se obstinaramsingularmente em contrapor-se aos que lhes negam a existência. Não satisfeitos com o se fazeremvisíveis aos seus parentes e amigos, aparec<strong>era</strong>m em fotografias e forçoso foi se reconhecesse quedessa vez o fenômeno <strong>era</strong> verdadeiramente objetivo, pois que a chapa fotográfica lhes conservavaindelével a imagem. Resumamos sumariamente, segun<strong>do</strong> o eminente naturalista Russel Wallace,alguns fatos bem verifica<strong>do</strong>s. (150)E freqüente zombarem <strong>do</strong> a que se chamou fotografias espíritas, porque algumas podem serfacilmente imitadas. Refletin<strong>do</strong>-se, porém, um pouco, ver-se-á que essa mesma facilidade tambémfaz que a gente se precate da impostura, pois bastante co nheci<strong>do</strong>s são os meios de imitação. Emto<strong>do</strong> caso, ter-se-á de admitir que um fotógrafo experimenta<strong>do</strong> não pode ser iludi<strong>do</strong> a tal ponto,desde que ele próprio forneça as chapas e fiscalize as op<strong>era</strong>ções, ou as execute.Aliás, há um meio muito simples de se ver ificar se a figura que aparece é a de um Espíritodesencarna<strong>do</strong>. Consiste esse meio em ver se a pessoa que posa ou os membros da sua famíliareconhecem a figura que se apresenta na chapa. Se reconhecerem, o fenômeno é real. E o caso deWallace, que o narra assim:79
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(7) Xaspéro - Arqueologia Egípcia
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Entretanto, vendo que o Dr. Moroni
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